terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CRTR/DF autua FIFA por acobertamento de exercício ilegal das técnicas radiológicas.

3Durante a Copa das Confederações, 89 pessoas exerceram ilegalmente as técnicas radiológicas no setor de inspeção, salvaguardas e segurança do Estádio Nacional de Brasília, um crime praticado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) e seus parceiros com o aval dos governos local e federal contra a segurança e a vida das pessoas que assistiram à vitória de 3 a 0 do Brasil sobre o Japão no dia 15 de junho passado.
Sem saber, milhares de espectadores foram expostos aos efeitos das radiações ionizantes sem o menor controle de doses absorvidas ou adoção dos requisitos mínimos de segurança previstos na legislação específica. Não é recomendado, por exemplo, que gestantes passem por inspeção com RX. Mas, no mundo do futebol, quem se preocupa com os grupos de risco?
A constatação das irregularidades foi feita pelo Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 1ª Região (CRTR/DF), que realizou fiscalização no dia anterior ao início do torneio e autuou a Fifa, A União e as empresas privadas Griffo e A&C Eventos e Promoções – terceirizadas, para não dizer, quarteirizadas - por acobertar e promover o exercício ilegal das técnicas radiológicas, num claro atentado contra o conjunto normativo que regulamenta a atividade no Brasil.
Veja as fotos da fiscalização, clique aqui
De acordo com o presidente do CRTR/DF, Adriano Alberto Xavier Levay, o processo administrativo foi instaurado e distribuído às autoridades competentes no DF, ao governo federal e à própria Fifa, de quem se requer providências. “Encontramos escâneres de bagagens, de pessoas, de carros, de todo tipo. Não havia uma pessoa qualificada sequer na operação desses equipamentos. A própria instalação deles denotava a imperícia e total burla dos requisitos de segurança. Relatamos todas essas ocorrências e informamos às autoridades. Se quiserem, os responsáveis podem corrigir tudo a tempo da Copa do Mundo de 2014. Mas, como vivemos em um estado de exceção, não confio que isso ocorra, a não ser por força judicial”, lamenta.
De acordo com o CRTR/DF, a Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa/GDF) não sabia do uso dos equipamentos no estádio. Portanto, não houve a liberação por qualquer órgão do estado. Tudo foi feito à revelia, sem consulta técnica.
Segundo a fiscal Eliana Martins, a situação era crítica. Não havia dosimetria e muito menos forma de conferir se os equipamentos estavam calibrados. “Das 89 pessoas que encontrei operando escâneres de inspeção que emitem radiação ionizante, nenhuma possuía formação ou habilitação profissional e estavam trabalhando sem qualquer tipo de supervisão. Conversando com elas, percebi que eram pessoas comuns, que foram captadas às pressas, sem nenhum critério de seleção. A maioria tinha medo até de falar comigo”, lembra.
O país, que naquele dia venceu e tem chances reais de levar a melhor na próxima copa, continua tomando de goleada no campo da cidadania. “O estado é o maior descumpridor da nossa legislação, seja na área da saúde ou qualquer outro setor em que se aplique a tecnologia, que é altamente insalubre. Sempre na busca do menor custo, a Fifa burla as leis para lucrar algo estimado em R$ 4 bilhões, sem socializar uma parte sequer desse montante”, opina a presidenta do CONTER Valdelice Teodoro.
A legislação que disciplina o exercício profissional das técnicas radiológicas são as Leis n.º 1.234/50 e 7.394/85. Esses marcos regulatórios deixam claro qual é a formação mínima necessária para operar equipamentos emissores de radiação ionizante. Já os requisitos de proteção radiológica são definidos pela Portaria ANVISA n.º 453/98 e pela Convenção OIT 115, ratificada pelo Brasil ainda na década de 1960.
Mas, qual é o problema?
A radiação ionizante não tem cheiro, não tem cor ou gosto, mas tem a capacidade de entrar no corpo e, inclusive, provocar alterações genéticas. Portanto, é necessário que haja um controle rigoroso das doses absorvidas, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que a estrutura seja construída com material que limite o alcance da ionização e que o profissional que opera o equipamento tenha formação adequada para garantir a eficiência do sistema. Sem isso, além de inseguro, o processo se torna ineficiente e o investimento, ineficaz.
Os efeitos das radiações ionizantes são classificados em dois tipos: os estocásticos e os determinísticos. O primeiro ocorre em função de pequenas exposições por longos intervalos de tempo, não possuindo um limiar de dose e se manifesta, principalmente, por alterações genéticas malignas (câncer). Os efeitos determinísticos ocorrem em função de altas doses de radiação em curtos intervalos de tempo. Um indivíduo que seja exposto a uma alta dose no cristalino, por exemplo, terá catarata; um indivíduo exposto na região das gônadas poderá ficar estéril temporariamente ou permanentemente, em função da dose que recebeu. Uma irradiação de corpo inteiro ou uma contaminação, como ocorreu em Goiânia com o Césio 137, pode gerar efeitos imediatos como náuseas, vômito, diarréia, dor de cabeça e até mesmo aborto espontâneo, colapso do sistema nervoso e a morte do indivíduo.
“A radiossensibilidade celular está diretamente relacionada com a taxa de reprodução do grupo celular. Quanto maior a taxa de reprodução, maior a radiossensibilidade. Então as células da pele, tireóide, gônadas e cristalino estão mais suscetíveis aos efeitos biológicos das radiações ionizantes. Portanto, devem estar protegidas no momento da exposição. Contudo, atualmente, os operadores desses equipamentos na área de segurança trabalham sem nenhum cuidado ou acompanhamento à saúde”, esclarece Valdelice Teodoro. É recomendado que os operadores de escâneres façam exame de sangue com contagem de plaquetas a cada seis meses e, ao sinal de queda, o profissional seja afastado preventivamente até o reestabelecimento das taxas.
Há riscos para qualquer indivíduo exposto ocupacionalmente, mesmo que o equipamento produza baixas taxas de dose, em função das características de ocorrência dos efeitos estocásticos. Os riscos gerados por esse tipo de equipamento mudam em função das pré-disposições genéticas de cada indivíduo, podendo se agravar em crianças.
Limites
Os limites pessoais determinados pela legislação são de 50 milisieverts (mSv) de dose efetiva por ano, devendo possuir uma média de 20 mSv em 5 anos, segundo a Portaria ANVISA n.º 453/98, além de valores intermediários durante os meses, que traduzem níveis sujeitos à investigação e/ou intervenção laboratorial (exames citogenéticos) e notificação às autoridades reguladoras. Para outras regiões, o valor muda, como também muda a grandeza dosimétrica avaliada. Nas extremidades, o nível de investigação é de 150 mSv por ano ou 20 mSv de Dose Equivalente em qualquer mês e, no cristalino, 6 mSv por ano ou 1 mSv em qualquer mês, segundo a Posição Regulatória 3.01/004:2011. Para monitorar essas doses, o profissional que lida diretamente com o equipamento deve usar um dispositivo chamado dosímetro.
Independente da dose, há riscos
A tese de que a radiação ionizante de baixa intensidade não é nociva à saúde humana já foi derrubada por diversos artigos científicos. É consenso no meio acadêmico que a exposição à radiação sem um rigoroso controle das doses absorvidas provoca alterações do material genético das células e pode causar problemas de saúde, como câncer, anemia, pneumonia, falência do sistema imunológico, problemas na pele, entre outras doenças não menos graves, que podem induzir ao infarto ou derrame.
Existem grupos de risco. É de extrema importância que uma gestante seja submetida a exames que utilizam radiação ionizante apenas quando for comprovadamente necessário. Principalmente, se estiver no primeiro trimestre da gravidez, pois o feto tem maior nível de radiossensibilidade neste período. Uma vez comprovada a extrema necessidade do exame, recomenda-se que o profissional utilize as técnicas radiográficas (kV e mAs) mais otimizadas possíveis, caso essa via (radiologia), para o diagnóstico, seja fundamental e única. A lactante, pelos mesmos motivos que não pode tingir o cabelo, deve evitar exames de medicina nuclear, pois os radiofármacos administrados no paciente podem ser transmitidos como conteúdo radiativo por meio da amamentação. Dependendo da meia-vida efetiva do radioisótopo e do procedimento realizado, pode perdurar uma contagem significativa, gerando risco de efeitos biológicos para a criança.
Aeroportos
De acordo com o mestre em Radioproteção e Dosimetria pelo IRD/Cnen, professor Giovane Teixeira, ler radiografias e assimilar a radioproteção exigem treinamento em cadeiras paralelas à simples formação da imagem, como a física das radiações e a radiobiologia, o que não é possível a um agente de segurança sem formação específica. “Um profissional com uma formação em análise de imagens, que estudou sobre a física das radiações e, especificamente, os parâmetros de imagem convencional e digital seria capaz de uma interpretação mais eficiente nessas inspeções, reduzindo assim os riscos envolvidos e aumentando a efetividade do sistema”, garante.
Em resposta ao Ministério Público Federal (MPF), nos autos do Inquérito Civil n.º 1.16.000.000094/2011-62, a Infraero afirma que os scanners de inspeção são seguros e não representam risco à saúde por serem dotados de uma cavidade interna, blindada e protegida.
O CONTER refuta o argumento, pois não existe nenhum equipamento de raios X sequer que tenha a ampola geradora da radiação ionizante exposta. Todas são, de fato, internas. Todavia, não são totalmente blindadas e, muito menos, “protegidas”. O fato de a fonte emissora de radiação ficar dentro do equipamento não evita a dispersão dos raios X que são emitidos, é o que se chama de radiação secundária.
Em resumo, isso significa dizer que quando um feixe de raios X é acionado e entra em contato com a superfície a que foi direcionado, embora seja colimado, há o espalhamento de radiação ionizante no ambiente. De forma isolada, isso não representa risco, pois é considerada uma radiação de baixa intensidade. Todavia, os raios X possuem efeito acumulativo e estocástico e, em médio e longo prazo, podem resultar em efeitos biológicos.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

MS - Radiologia realiza palestra sobre exame de mamografia para acadêmicos.

O curso de Tecnologia em Radiologia da UNIGRAN é pioneiro no Estado. Para encerrar o ano o curso promoveu a III Semana Acadêmica de Radiologia que teve como tema a importância do tecnólogo para a medicina. Conforme a professora e responsável pela organização do evento Daiane Madureira, “a grande importância da jornada acadêmica, nada mais é do que oferecer aos alunos o que acontece fora da faculdade. Estamos mostrando o dia a dia do profissional da área seus benefícios, dificuldades e o que eles irão encontrar pela frente assim que se formarem” explica.Foram três dias de palestras e troca de conhecimento. No primeiro dia, os acadêmicos puderam participar da palestra “Radioterapia Industrial”. Em outro momento o coordenador do curso de Odontologia da UNIGRAN, Reinaldo Akamine, conversou com os alunos a respeito das atividades que o profissional de tecnologia radiológica executa na área odontológica.No segundo dia a médica Ana Maria Abdo, falou especialmente sobre mamografia, a importância do diagnóstico e também sobre a prevenção do câncer. “O tecnólogo tem uma grande parcela de responsabilidade na procura das mulheres pelo exame. Dependendo do relacionamento, a delicadeza, a maneira de esclarecer para o paciente como será feito os procedimentos; caso ele seja bem atendido e sentir segurança, com certeza irá indicar o exame. É a prevenção de uma doença muito séria e muitas mulheres fogem de medo”, esclarece Ana Maria.Professora Daiane explica que infelizmente existem profissionais da área que não tem a sensibilidade para tratar um paciente que muitas vezes já chega com um diagnóstico de câncer. “A forma de você tratar um paciente na nossa área é primordial; não só a técnica, mas também conversar com o paciente, mostrar a importância do exame. Porque se você atende uma senhora de 60 anos que acaba de descobrir que está com câncer e mostra a importância de se fazer o exame desde os 20 anos de idade, ela vai trazer a filha, neta; toda a família”.De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o INCA, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e o segundo mais frequente no mundo. “As taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Portanto, fazer o autoexame e a mamografia é extremamente importante e o profissional de radiologia deve estar preparado para atender essas mulheres”, conclui Daiane.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Minas Gerais - Uberaba - Técnicos de radiologia esperam por pagamento de horas extras.

Técnicos em radiologia cobram compromisso feito pelo secretário de Saúde, Fahim Sawan, de pagamento de horas extras. Trata-se de profissionais contratados por meio de concurso público na administração passada, que por meses trabalharam quatro horas a mais durante a semana, sendo que a legislação determina que os técnicos devem trabalhar 20 horas semanais. O grupo espera por esse acerto há bastante tempo.
Uma das técnicas em radiologia que procuraram o Jornal da Manhã, mas pediu para não ser identificada, conta que foi contratada em setembro de 2011, e assim que assinou a folha para receber o salário, percebeu que constava que ela tinha trabalhado 20 horas por semana, sendo que na verdade foram 24 horas. Ela chegou a questionar os representantes da secretaria no momento, que disseram que o documento estava desta forma por conta da legislação, e que receberiam pelas horas extras.
“Trabalhei diversos meses com a carga horária de 24 horas por semana. Somente mudaram em maio deste ano e nós nunca recebemos estas horas extras, que é direito do trabalhador. Acredito, que assim como eu, mais 19 profissionais estão na mesma situação. Tentamos resolver junto à Secretaria, mas foi em vão”, explica a técnica.
O caso passou a ser acompanhado pelo vereador Marcelo Machado Borges, o Borjão, que junto ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais agendou para junho deste ano uma reunião com o secretário de Saúde, Fahim Sawan, para discutir o assunto e ficou decidido que todos receberiam o que era de direito.
Segundo a técnica, o secretário disse ainda que somente não iria pagar o extra naquele mês porque a folha de pagamento já estava fechada, e então ficaria para o próximo mês. Diante da boa notícia, todos comemoraram, entretanto, já se passaram mais de cinco meses desde o compromisso e ninguém recebeu o extra. “Sempre que posso procuro o pessoal da Secretaria para saber quando sai o pagamento, mas arrumam um jeito de nos enrolar e nunca há previsões”, afirma ela, lembrando que o salário do técnico em radiologia na Prefeitura não é bom, pois enquanto em  alguns locais pagam R$ 1.800, em Uberaba este profissional recebe o salário mínimo.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde encaminhou nota esclarecendo o fato e garantiu que os técnicos em radiologia vão receber as horas extras a partir do mês que vem. De acordo com a nota, foi um erro da gestão passada, onde, por dois anos, os técnicos trabalharam 24 horas e só receberam por 20h. O secretário de Saúde, Fahim Sawan, conversou com eles, diminuiu a carga horária (hoje eles trabalham 20h), e prometeu pagar todas as horas atrasadas dos anos anteriores. Isso é um processo burocrático e demorado, mas, como disse o secretário, todos receberão o que é devido.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ribeirão Preto - SP - Secretaria da Saúde moderniza Serviços de Radiologia das UBDSs

A Prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria da Saúde, está mais uma vez investindo na modernização de equipamentos de exames para os usuários do SUS –
Sistema Único de Saúde. “Vamos instalar equipamentos na UBDS (Unidades Básicas Distritais de Saúde) nos serviços de radiologia que permitirão a digitalização de imagens”, informa a enfermeira Ilka Barbosa Pegoraro, diretora do Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas.
instalação destes equipamentos será feita de acordo com cronograma elaborado pela Secretaria da Saúde. Na UBDS da Vila Virgínia começou no sábado (30), e termina nesta segunda-feira (2). “Na terça-feira, dia 3, o serviço volta a funcionar normalmente”, adiantou a enfermeira.
Na UBDS Sumarezinho os equipamentos serão instalados de segunda-feira (2), a quarta-feira (4). Já Na UBDS Quintino II será na terça-feira (3). “Nesse período, os pacientes que necessitarem dos respectivos exames serão direcionados pela própria equipe da Secretaria da Saúde para a unidade mais próxima onde o equipamento esteja disponível”, acrescentou a diretora.
Atualmente, tanto a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), da avenida 13 de maio, quanto a UBDS Central, na avenida Jerônimo Gonçalves, da rede municipal de saúde, já contam com equipamentos que permitem a digitalização das imagens.

Ceará - Novo Serviço de Diagnóstico por Imagem tem equipamentos de última geração.

Imagem: Equipamentos de ultrassonografia 3D e 4D e de raio-X telecomandados estão à disposição de pacientes do SUS (Foto: Jr. Panela)O Reitor da UFC, Prof. Jesualdo Farias, presidiu na manhã desta segunda-feira (2) a inauguração do novo Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem que funciona no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). O setor recebeu o que de mais inovador existe na área: aparelho de ressonância magnética de Alto Campo (1,5 Tesla), tomografia Multi-slice 64 canais, equipamentos de ultrassonografia 3D e 4D e de raio-X telecomandados. As instalações físicas também foram reformadas e ampliadas. Com os novos equipamentos, o Serviço passa a ser o mais moderno Centro de Radiologia do Estado a atender pelo Sistema Único de Saúde.
Na solenidade, o Reitor destacou que as melhorias são mais uma etapa do plano de reestruturação dos hospitais universitários da UFC. Além de melhorar a assistência aos pacientes (na grande maioria, "pessoas mais pobres desassistidas do sistema privado de saúde"), as inovações no setor irão aperfeiçoar a formação dos futuros profissionais que ali fazem residência médica, bem como permitirão o aumento de oportunidade de pesquisas.
O Reitor falou da emoção de acompanhar os avanços do complexo hospitalar da UFC, reconhecendo que são fruto do trabalho coletivo de cada "colega professor, servidor e dos estudantes". O Hospital Universitário, que é referência em transplantes de fígado, rins, medula, pâncreas e córnea, ficará, afirma o Reitor, "mais qualificado para realizar mais exames e mais transplantes".
Lembrou ainda dos desafios referentes à gestão dos hospitais, especialmente quanto à situação de pessoal. Para solucionar essas questões como o déficit de servidores para atender os hospitais da UFC, o Reitor ressaltou que o Governo Federal criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), instituição pública de direito privado vinculada ao Ministério da Educação, com a qual a UFC já assinou contrato, a exemplo de outros hospitais universitários do País. Entre as medidas já anunciadas para 2014 está a realização de concurso para a contratação de 1.920 novos servidores. O Reitor fez questão de esclarecer que a UFC tem um ano para fazer a transição para a Ebserh e que a futura gestão será compartilhada, em nada prejudicando as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. Todo o atendimento continuará sendo feito através do SUS.
Imagem: As instalações físicas do Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem também foram ampliadas no HUWCDIAGNÓSTICO – O chefe do Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Prof. Jesus Irajacy da Costa, disse que para um hospital inserido na área de ensino, é muito importante a equipe de professores, alunos e servidores contar com o aparato tecnológico ora inaugurado. Para os pacientes significa diagnósticos mais precisos, especialmente no pré e pós-operatório na área de transplantes. Antes os pacientes, em muitos casos, precisavam se deslocar para unidades de imagens fora da Universidade, o que representava desconforto, demora e mais custos para a Instituição.
O superintendente dos Hospitais Universitários da UFC, Florentino Cardoso, falou da satisfação de ver inaugurado o novo serviço no HUWC, onde nasceu a primeira residência de Radiologia no Ceará. Ele agradeceu ao "time interno" por considerar que as melhorias são resultado do trabalho não só da Superintendência, mas de "todo o staff, de outros diretores, tudo muito coletivo". Antes da solenidade, apresentou as novas salas com os equipamentos recém-adquiridos a um custo de R$ 7 milhões, oriundos dos ministérios da Educação e da Saúde, através da Ebserh. Mostrou também as salas de laudos, onde alunos e professores poderão estudar e avaliar bem os diagnósticos.
O diretor do Hospital Universitário, Prof. Eugênio Lincoln, afirmou que as inovações no serviço vão provocar grande impacto na qualidade do atendimento. Os aparelhos vão oferecer melhor qualidade de imagens, facilitando os diagnósticos.
Para o residente de Medicina Vítor Lima, o "Serviço agora está completo quanto aos métodos de imagem". Satisfeito como ele, também estava o transplantado Rony César Bezerra de Figueiredo, que há 22 anos fez transplante de rim e trimestralmente realiza exames de rotina para averiguar sua condição de saúde. "Antes para o paciente se preparar para o transplante era demorado para conseguir os exames. Hoje vejo que os pacientes terão encaminhamento mais rápido", disse.
Imagem: O Reitor da UFC, Jesualdo Farias, e o superintendente do Complexo Hospitalar, Florentino Cardoso, estiveram à frente da solenidade de inauguraçãoHOMENAGEM – Na solenidade, foi prestada homenagem ao Prof. Pedro Mauro Rola de Souza, que iniciou o Serviço de Radiologia na UFC. "Foi como fazer uma viagem ao túnel do tempo. Vi-me em 1950 como era aqui e agora visitei o Serviço com qualidade de primeiro mundo e com profissionais já qualificados", afirmou. Emocionando, fez todos sorrirem ao se dizer "surpreso, confuso, taquicárdico e preocupado" pela homenagem. "Grandes emoções matam", brincou. E acrescentou que o trabalho no Hospital lhe proporcionou o mais gratificante: "Ajudar alguém necessitado sem pensar em receber nada de volta".
A solenidade de inauguração foi prestigiada por alunos, professores e servidores. Entre os presentes, estavam o professor emérito da UFC e ex-secretário de Saúde do Estado, Elias Boutala Salomão; o presidente da Sociedade de Assistência à Maternidade-Escola Assis Chateabriand (Sameac), Dr. Sulivan Mota; o diretor de Ensino e Pesquisa do HUWC, Prof. Renan Montenegro; o diretor da MEAC, Carlos Augusto Alencar Júnior; a coordenadora do Curso de Medicina, Profª Yacy Mendonça; a diretora da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Profª Maria Gorette Rodrigues; o diretor da Faculdade de Medicina, Prof. José Luciano Bezerra Moreira, e o coordenador de Projetos e Obras da UFC Infra, Rafael Henriques, dentre outras autoridades universitárias.
Fonte: Divisão de Imprensa e Marketing dos Hospitais Universitários da UFC – fone: 85 3366 8183