quarta-feira, 8 de julho de 2015

No Hospital Geral de Feijó, no Acre, tem população sem atendimento e equipamento radiológico novo encaixotado há um ano

A fiscalização do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 18ª Região encontrou situação de calamidade pública no Hospital Geral de Feijó, quinta maior cidade do Estado do Acre, com mais de 30 mil habitantes. Mas não é por falta de investimento e material humano que a instituição de saúde está na pior. O problema é falta de gestão e interesse público mesmo.
De acordo com o presidente da Coordenação Nacional de Fiscalização (CONAFI), Antônio Ubirajara Jardim, o equipamento radiológico da unidade é velho e não atende a necessidade da população. Enquanto isso, tem um equipamento de raios X moderno e encaixotado no corredor do hospital há mais de um ano. “Uma tristeza ver a população sem atendimento de qualidade e um bom equipamento esquecido como lixo, sofrendo a ação do tempo sem ser usado”, lamenta.
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No pronto socorro, trabalha um dos técnicos em Radiologia mais antigos em atividade no Estado do Acre. O profissional, em mais de 42 anos de serviço, nunca teve dosímetro ou qualquer outro equipamento de proteção radiológica à disposição para se proteger dos efeitos biológicos das radiações ionizantes. A situação dos outros trabalhadores é ainda pior.
Não é por falta de fiscalização que as condições são ruins. “Nossa equipe já esteve lá mais de uma vez e tomou todas as providências legais que podia. Autuação, notificação, multa e recomendações de toda natureza foram dadas, fizemos de tudo. Infelizmente, a resposta não corresponde às expectativas”, lamenta o presidente Jardim.
O CONTER encaminhou o caso ao conhecimento do Ministério Público Federal (MPF) e vai notificar os responsáveis pelas irregularidades.    

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