sexta-feira, 24 de março de 2017

Reunião científica 2017: evento abordou a contribuição da tomossíntese no diagnóstico mamário

No dia 16 de março, a Oncomédica promoveu sua primeira edição da reunião científica de 2017, desta vez em parceria com a Med Imagem. O debate que abriu o ciclo de palestras deste ano vai tratou sobre a tomossíntese mamária, aparelho que está revolucionando a forma de se fazer mamografia e que já está disponível na Med Imagem - único centro médico no Piauí que possui o equipamento. O evento foi realizado no restaurante Cabaña Del Primo para médicos convidados.
Os principais oncologistas, mastologistas e radiologistas do Piauí assistiu à palestra do médico convidado de São Paulo (SP), Dr. Guilherme Silva Rossi - especialista em radiologia e diagnóstico por imagem, que explicou sobre a contribuição da tomossíntese no diagnóstico do câncer de mama.
“Esta nova tecnologia será apresentada aos médicos do Piauí diretamente envolvidos no diagnóstico e tratamento do câncer de mama. O objetivo das nossas reuniões cientificas é exatamente o de discutir como podemos melhorar o atendimento às nossas pacientes e no caso especificamente da tomossíntese, qual a contribuição que este novo exame traz no diagnóstico da doença”, destaca a diretora médica da Oncomédica, Dra. Nilshelena Bezerra.
O método de TOMOSSÍNTESE é um sistema de mamografia trazido para o Brasil pela GE Healthcare. Consiste em uma tecnologia de aquisição de imagens tridimensionais (imagens 3D) que utiliza varredura de baixa dose de raios X ao redor da mama, proporcionando diagnósticos mais precisos, com redução na taxa de reconvocação e dos resultados falso-positivos. Em comparação com a mamografia tradicional, o exame é capaz aumentar em 30% a taxa de diagnóstico do câncer de mama.
Dr. Guilherme Silva Rossi é médico da Unidade Radiológica Paulista (São Paulo – SP), especialista em Medicina Nuclear pela Associação Médica Brasileira e Colégio Brasileiro de Radiologia e especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela Associação Médica Brasileira e Colégio Brasileiro de Radiologia.

Cuiaba - MT - Prefeitura tem 60 dias para regularizar serviços de radiologia




A Prefeitura de Cuiabá tem 60 dias para sanar todas as irregularidades verificadas pela Vigilância Sanitária no serviço de radiologia ofertado pela empresa Qualimagem Serviços Diagnósticos por Imagem Ltda, dentro do Hospital e Pronto-Socorro Municipal.
A decisão da Justiça, em caráter liminar (provisório), atende, em parte, os pedidos formulados na ação civil pública ingressada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT).
Conforme o promotor de Justiça Alexandre Guedes, um inquérito foi instaurado para verificar os problemas nos serviços de radiologia dentro da unidade municipal de saúde.  Várias inspeções e fiscalizações apontaram uma série de inconformidades, entre elas a falta de alvará sanitário e problemas nos equipamentos de tomógrafo e raio x.
“A empresa Qualimagem foi insistentemente notificada a corrigir as irregularidades encontradas, contudo, as determinações da Vigilância Sanitária não foram cumpridas a contento, o que ocasionou o indeferimento de dois pedidos do Alvará Sanitário por dois anos consecutivos, 2014 e 2015”, diz os autos.
Em 2012 a empresa foi contratada via pregão eletrônico, pelo período de um ano. O contrato, porém, vem sendo sistematicamente prorrogado, por meio de termos aditivos. “Não obstante essas irregularidades e ausência de alvará sanitário, o contrato firmado entre os requeridos está em seu 4º termo aditivo, o qual, mais uma vez, prorrogou a vigência até o dia 01/08/2017”, cita a decisão judicial.
No contrato firmado entre o município de Cuiabá e a empresa foi estabelecido que seriam utilizados os aparelhos pertencentes ao Pronto Socorro para a realização dos exames.
Já Qualimagem ficaria responsável por zelar e fazer a manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos, bem como fornecer todos os materiais necessários a realização dos exames, inclusive, equipamentos de proteção e segurança individuais para os funcionários responsáveis pela execução dos serviços.
“Ocorre que a inércia do município de Cuiabá em exigir que os serviços sejam prestados de forma adequada e segura compromete a qualidade e a eficiência dos diagnósticos, além de colocar em risco tanto os usuários do Sistema Único de Saúde, que necessitam dos exames, quanto dos profissionais, que operam os equipamentos, em desconformidade com as normas técnicas e de segurança, expondo-os desnecessariamente a fatores de risco exacerbados, como a radiação”, diz trecho da decisão.
Na hipótese de descumprimento das determinações nos prazos estabelecidos, a Justiça fixou multa diária no valor de R$500, ficando o montante da multa limitado ao valor de R$1 milhão.

União de medicina nuclear com radiologia permite melhor visibilidade de imagens em exames

Exame PET/CT, chamado também de PET Scan, é de alta tecnologia e permite identificar tumores com precisão


O principal desafio da medicina, nos dias de hoje, é a identificação com precisão de tumores em sua fase inicial, aumentando drasticamente as chances de cura do paciente. 

O exame PET/CT ou PET Scan possibilita esse diagnóstico com imagens de altíssima qualidade, devido à junção da medicina nuclear com a radiologia. Isso significa que as imagens metabólicas da medicina nuclear conseguem se sobrepor às anatômicas da radiologia, permitindo melhor clareza e precisão nos resultados. 

Para sua realização, este exame utiliza o traçador FDG com flúor 18, uma glicose marcada com material radioativo. O traçador deve ser aplicado na veia do paciente no momento do preparo. 

Segundo a clínica IMEB (Imagens Médicas de Brasília), a vantagem desse exame em relação à ressonância e à tomografia é que ele permite avaliar a atividade metabólica das lesões, principalmente quando se fala de câncer. Ou seja, o PET/CT é capaz de identificar as lesões tumorais no organismo como um todo, em uma fase inicial da doença. 

Como é feito o PET/CT? 

O PET Scan ou PET/CT exige que o paciente reserve um período do dia para sua realização, que leva de duas a quatro horas. Ele é dividido em 3 etapas. A primeira, é a preparação. Ou seja, o paciente chega à clínica e sua vestimenta é verificada. Não é permitida nenhuma peça que contenha metal, como zíperes, ou ainda correntes, anéis e outros. 

Caso a roupa do paciente não seja aprovada, ele deverá vestir o avental fornecido pelo laboratório. Após essa adequação, sua glicemia é verificada, ou seja, sua taxa de açúcar no sangue é medida. Isso é muito importante para a próxima etapa, a aplicação do traçador à base de glicose. 

O segundo momento é ir à sala de repouso. Lá, é administrado o traçador na veia, ou seja, o material radioativo, glicose com FDG 18F. 

Após essa administração, o paciente deve ficar em repouso e aguardar de 60 a 90 minutos, dependendo de cada caso. 

Essa espera fará o material se concentrar por igual internamente em todo o corpo. Esse repouso significa que o paciente deve evitar se movimentar, conversar ou ainda mascar chicletes e balas. É importante também ficar bem aquecido, principalmente a região do tórax e do pescoço. 

Após o repouso, inicia-se o terceiro momento do exame, ou seja, quando o paciente vai à sala de exame. Nesse momento, ele deve deitar-se na maca para que as imagens sejam capturadas. Essa etapa demora de 15 a 25 minutos. 

Durante a realização das imagens, pode ser necessário aplicar ainda contraste, aquele igual ao da tomografia. Após as imagens, o paciente aguarda para que o médico verifique a qualidade das imagens. Estando boas, ele é liberado para ir para a casa. 

Preparo para o PET CT 

O paciente precisa se preparar também em casa para a realização do PET/CT. São necessárias, no mínimo, quatro horas de jejum para todos os pacientes adultos e crianças maiores de 5 anos. As menores de 5 anos precisam consultar um médico para verificar o tempo recomendado para jejum. 

Embora não seja necessário seguir uma dieta especial antes do exame, os médicos recomendam que o paciente evite comer doces, pães e massas em grandes quantidades no dia do exame, para que não haja aumento nas taxas de glicemia. Vale lembrar que para pacientes diabéticos são passadas orientações especiais de preparo - e elas podem variar caso a caso. 

Também é proibido fumar na véspera e no dia do exame. E o paciente deve evitar praticar exercícios físicos e ter relações sexuais na véspera e no dia do exame. 

Já a medicação habitual só pode ser suspendida após orientação médica. E todos os exames anteriores já realizados que se relacionem com os sintomas atuais do paciente devem ser levados à clínica no dia do exame e entregues ao médico responsável pelo procedimento. Entre eles, podemos citar Tomografia, Ressonância Magnética, Cintilografia, Relatos de Cirurgias e Biópsias.