O que é a radioterapia?
A Radioterapia ou Radioncologia é uma especialidade médica que emprega as irradiações no tratamento de diversas doenças.
A ação terapêutica da radioterapia está restrita exclusivamente à
área a ser tratada. Seus efeitos colaterais são fundamentalmente
localizados e dependem dos locais tratados. Efeitos gerais no organismo
são limitados e infrequentes.
As aplicações de Radioterapia têm poderosa ação anti-inflamatória e
anti-dolorosa. Apresentam também um efeito “esterilizante local”, uma
vez que têm grande capacidade de destruir células malignas que se
encontrem nas regiões irradiadas, sendo assim uma importante arma no
combate aos tumores malígnos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde a radioterapia é a pedra angular de muitos serviços de oncologia.
Em muitos países o radioterapeuta é o único especialista em câncer.
Estima-se que 70% de uma população oncológica se beneficie em alguma
fase de seu tratamento das aplicações de radioterapia. Radioterapy in
Cancer Management. The World Health Organization Chappman e Hall,
London, 1997. Relatórios de inúmeros organismos internacionais tem dado
conta do grande aumento da frequência dos tumores malígnos em todo o
mundo. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer, em
nosso país cerca de 268.000 novos casos da doença serão diagnosticados
este ano.
PRINCIPAIS CAUSAS DO AUMENTO DA FREQUÊNCIA DE TUMORES
AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO
Os tumores são considerados doenças crônico-degenerativas, ou seja
que incidem preferencialmente em etapas mais tardias da vida. A
expectativa (ou esperança) de vida da população brasileira tem aumentado
de forma impressionante No início do século vinte era de 35 anos, já na
década de 90 é de 65 anos.
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO
Fenômeno que tem permitindo a maior esposição a fatores cancerígenos.
Controle da mortalidade infantil.
Controle da mortalidade infantil.
CONTROLE DAS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
A frequência relativa de ocorrência no Brasil situa-se em uma posição
intermediária entre as taxas verificadas nos países de melhor ou pior
nível sócio-econômico.
TUMORES MALIGNOS MAIS FREQÜENTES NA POPULAÇÃO BRASILEIRA
* Mama
* Colo de Útero
* Estômago
* Pulmão
* Cólon e Reto
* Próstata
* Boca
* Esôfago
* Corpo de Útero
* Colo de Útero
* Estômago
* Pulmão
* Cólon e Reto
* Próstata
* Boca
* Esôfago
* Corpo de Útero
TUMORES MALIGNOS MAIS FREQUENTES POR SEXO NO BRASIL
Homens Mulheres
Pulmão Mama
Próstata Colo de Útero
Estômago Cólon e Reto
Cólon e Reto Estômago
Boca Corpo de Útero
Esôfago Pulmão
Esôfago
Boca
Pulmão Mama
Próstata Colo de Útero
Estômago Cólon e Reto
Cólon e Reto Estômago
Boca Corpo de Útero
Esôfago Pulmão
Esôfago
Boca
A radiação empregada em radioterapia é a chamada radiação ionizante. É
assim denominada por sua capacidade de ionizar os átomos e as
moléculas, ou seja, remover os elétrons que se movem em torno do núcleo.
Os átomos que perdem os elétrons se tornam muito reativos e no
sentido de se estabilizarem, se associam a outras moléculas que também
perderam elétrons. Isto leva a uma completa desorganização do
metabolismo celular. A ação fundamental da irradiação é a de bloquear a
divisão celular por lesão do DNA ou por destruição direta das células.
Age especialmente nas células que estão se dividindo com mais rapidez e
nas que são melhor oxigenadas. Porém, atua de maneira indistinta sobre
células normais e anormais. Sua ação benéfica se dá porque as células
tumorais tem baixa capacidade de se recuperar dos danos da radioterapia,
enquanto as células normais o fazem com facilidade. Das doenças
crônico-degenerativas, os tumores malignos são os que se podem curar com
mais facilidade .
Existe uma inexplicável crença muito difundida entre a população e
mesmo no meio médico que a cura nos tumores é rara. Isto certamemente
não é verdade. Define-se cura quando a pessoa passa a ter a mesma
possibilidade de sobrevida da população de mesma faixa etária. Em
algumas circunstâncias seqüelas crônicas podem advir do tratamento. Hoje
com os modernos métodos de reabilitação muitas destas consequências
podem ser evitadas ou diminuídas.
Por exemplo, a perda da voz pode ser quase totalmente recuperada
através da fonoaudiologia. A perda de um grupo muscular pode ser
compensada com a fisioterapia. Pergunte a seu médico se existe alguma
medida preventiva que possa ser tomada para evitar as complicações a
curto e a longo prazos. A saúde é definida pela OMS (Organização Mundial
de Saúde ) como um equilíbrio entre o bem estar biológico, psicológico e
social do indivíduo. Tradicionalmente a medicina busca alcançar o bem
estar físico, e secundariamente o pscológico. No entanto, como fica
claro da definição da OMS que eliminar a doença não é o bastante para o
indivíduo se tornar saudável.
Reintegrar-se a suas atividades cotidianas com mínimas limitações,
além de estar em paz consigo, sem temores, deve ser o objeto de nossa
busca. Em muitos casos a ajuda de um profissional da área da saúde
mental, psicólogo ou psiquiatra pode ajudar a restabelecer este
equilíbrio. Para a recuperação da saúde, entendida em sua plenitude, é
muito importante que a sociedade civil se organize através de
instituições não governamentais. Muitos grupos de pacientes e de
colaboradores desta causa tem se organizado em todo o país atráves de
associações de combate ao câncer. Estas auxiliam a divulgar a
importância do diagnóstico precoce; apoiam as pessoas durante o
tratamento; trocam informações entre si; ajudam na reabilitação, além de
atuarem como um importante fator de pressão sobre os organismos
governamentais. É a cidadania posta em prática. A radioterapia pode ser
utilizada no tratamento de lesões benígnas e em tumores malígnos.
INDICAÇÕES DE RADIOTERAPIA EM LESÕES BENIGNAS
* PTERÍGIO
* HEMANGIOMAS
* CICATRIZ QUELOIDIANA
* TUMORES DE HIPÓFISE
* DOENÇA DE PEYRONIE
* TUMORES DO CORPOS CAROTÍDEO
* MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS
* PSEUDO TUMOR ORBITÁRIO
* HEMANGIOMAS
* CICATRIZ QUELOIDIANA
* TUMORES DE HIPÓFISE
* DOENÇA DE PEYRONIE
* TUMORES DO CORPOS CAROTÍDEO
* MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS
* PSEUDO TUMOR ORBITÁRIO
INDICAÇÕES DE RADIOTERAPIA EM LESÕES MALIGNAS
A tabela abaixo mostra o percentual de atuação de cada arma
terapêutica no combate ao câncer, quando utilizada de forma isolada ou
seja, biópsia seguida apenas de cirugia, biópsia seguida de radioterapia
ou biópsia seguida de quimioterapia. Mostra também que a maior parte
dos pacientes são hoje tratados com uma combinação dos três tratamentos.
PRINCIPAIS TRATAMENTOS DAS DOENÇAS MALIGNAS
EMPREGO DO TRATAMENTO
* CIRURGIA ISOLADA 20%
* RADIOTERAPIA ISOLADA 10%
* QUIMIOTERAPIA ISOLADA 10%
* CIRURGIA + RADIOTERAPIA + QUIMIOTERAPIA 60%
* RADIOTERAPIA ISOLADA 10%
* QUIMIOTERAPIA ISOLADA 10%
* CIRURGIA + RADIOTERAPIA + QUIMIOTERAPIA 60%
INDICAÇÕES DE RADIOTERAPIA ISOLADA
* Tumores de pele
* Tumores cerebrais
* Tumores de cabeça e pescoço
* Linfoma de Hodgkin
* Linfoma não Hodgkin
* Tumores de esôfago
* Tumores de pulmão
* Tumores de colo uterino
* Tumores do corpo uterino
* Tumores de testículo
* Tumores de próstata
* Plasmocitoma
* Tumores cerebrais
* Tumores de cabeça e pescoço
* Linfoma de Hodgkin
* Linfoma não Hodgkin
* Tumores de esôfago
* Tumores de pulmão
* Tumores de colo uterino
* Tumores do corpo uterino
* Tumores de testículo
* Tumores de próstata
* Plasmocitoma
RADIOTERAPIA ASSOCIADA À CIRURGIA E/OU QUIMIOTERAPIA
* Tumores do reto
* Mama
* Bexiga
* Orgáos genitais femininos (colo e corpo uterino)
* Tumores de partes moles.
* Mama
* Bexiga
* Orgáos genitais femininos (colo e corpo uterino)
* Tumores de partes moles.
A radioterapia pode ser empregada de forma isolada ou em combinação
com outras formas de tratamento. Geralmente a finalidade do tratamento é
dividida em curativa e paliativa.
Curativa objetiva um controle permanente possibiltando ao cliente
obter cura, ou seja, ter a mesma expectativa de vida da polulação de sua
faixa de idade. Paliativa quando a finalidade é a de melhorar a
qualidade da sobrevida. A RADIOTERAPIA pode ser empregada isoladamente
ou em combinações com outras tratamentos, como podemos ver abaixo:
MODALIDADES DE RADIOTERAPIA
* RADIOTERAPIA ISOLADA
* RADIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA
* RADIOTERAPIA PRÉ- OPERATÓRIA
* RADIOTERAPIA ASSOCIADA À QUIMIOTERAPIA
* RADIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA
* RADIOTERAPIA PRÉ- OPERATÓRIA
* RADIOTERAPIA ASSOCIADA À QUIMIOTERAPIA
A descoberta da radioatividade artificial (raios x) ocorreu em 1895,
com o desenvolvimento de aparelhos emissores de irradiação. A
radioatividade natural foi descoberta em 1896. Os pioneiros destas
decobertas notaram que a radiação apresentava propriedades físicas e
biológicas.
A propriedade física mais notável se dava quando se interpunha um
objeto entre a fonte de irradiação e uma chapa fotográfica, pois esta
era capaz de registrar a imagem deste objeto. Esta propriedade de se
captar uma imagem permitiu o desenvolvimento da radiologia.
Sua propriedade biológica mais importante se dava ao se expor parte
de nosso organismo aos novos raios. A exposição das mãos a irradiação
provocava lesõs na pele semelhante as provocadas pelo sol, com posterior
recuperação tão logo esta exposição fosse interrompida. Nesta época
atribuia-se a luz solar muitas propriedades benéficas, como o combate as
bactérias e a sua função cicatrizante( era muito comum colocar os
pacintes sob o sol, expondo-se as áreas doentes). Ora, como os novos
raios, artificialmente produzidos apresentavam propriedades semelhantes a
da luz solar, foram rapidamente empregados em medicina.
Em 29 de janeiro de 1896, pela primeira vez, uma paciente portadora
de um volumoso câncer de mama, sangrante e inoperável foi submetida a
exposição com os recém descobertos raios-x. Houve uma surpreendente
resposta com grande diminuição do volume tumoral e do sangramento.
Registra-se assim pela primeira vez a benéfica ação da irradiação,
abrindo um novo horizonte no tratamento de diversas patologias, que até
então dependiam exclusivamente de abordagem cirúrgica. Estava inaugurada
a radioterapia.
A radioterapia pode ser administrada através do emprego de aparelhos
emissores de irradiação, externos ao paciente. Pode-se ainda colocar o
aparelho irradiador em íntimo contato com a lesão através da
braquiterapia.
A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE ARTIFICIAL
Wilhelm Conrad ROENTGEN nasceu em março de 1845 na cidade de Lennep
na Alemanha. Aos 23 anos graduou-se em engenharia mecânica, tendo obtido
o tÍtulo de doutor pela Universidade de Zurich. Em 1880 já obtivera
reconhecimento internacional por seus estudos sobre os efeitos
magnéticos. Em 1894, aos 49 anos de idade, foi escolhido reitor da
Universidade de Wusburg. Dedicou toda a sua vida acadêmica ao ensino e a
física experimental. Homem tímido, reservado e cordial, vestia-se
impecavelmente. Em 8 de novembro de 1895, sexta feira, Roentgen ao
trabalhar com um tubo de raios catódicos percebeu a presença de uma
luminosidade vinda de um ponto da bancada de trabalho. Notou que a
fluorescência brilhante provinha de um écran de cristais de
platinocianeto de bário que lá se encontrava acidentalmente. Roentgen
percebeu que certamente algum fenômeno desconhecido excitava a
fluorescência. Colocando sua mão sobre o écran notou a imagem de seus
ossos, realizando assim a primeira fluoroscopia. Substituiu o écran por
um filme fotográfico obtendo a imagem de diversos objetos. Em 22 de
dezembro ao expor a mão de sua esposa durante 15 minutos aos raios-x
realiza a primeira radiografia humana.
O trabalho de Roentgen ganhou repercusão imediata e universal nos
meios acadêmicos e entre a imprensa e o público leigo, impressionados
com as “fotografias do invisível” através dos chamados raios-x. Os
equipamentos necessários para a obtenção desta irradiação era de fácil
construção sendo rapidamente manufaturados em várias partes do mundo. De
acordo com inúmeros historiadores, das descoberta científicas fora da
área médica, o emprego dos raios-x, foi a que com maior rapidez e
repercussão se incorporou a prática clínica. Mais de 1000 trabalhos
científicos e cerca de 50 livros foram publicados na literatura mundial
em 1896 sobre sua aplicação. Roentgen foi agraciado com inúmeras
homenagens e distinções por sua descoberta, embora devido a sua extrema
modestia declinasse a maior parte dos convites. Agraciado em 1901 com
primeiro prêmio Nobel de Física, destinou o dinheiro do prêmio para a
Universidade de Wusburg.
A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE NATURAL
BECQUEREL, Antoine Henri, físico francês nascido em Paris em 1852,
era filho e neto de eminentes pesquisadores e físicos. Seu avô, inventou
a pilha voltaica e seu pai estudou o espectro ultra-violeta. Foi
catedrático de física do Museu de História Natural e professor em 1895
da Escola Politécnica.
Em 1896 pesquisava a relação existente entre a fosforecência de
certos minerais, depois de expostos à luz, e sua capacidade de
obscurecer chapas fotográficas. Descobriu acidentalmente que certos sais
fosforecentes de urânio podiam impressionar uma chapa fotográfica,
independentes de prévia exposição à luz. Podiam ainda provocar ionização
dos gases e penetrar a matéria, da mesma forma que os raios descobertos
por Roentgen. Descobriu portanto, a radioatividade natural, passo
fundamental para a criação da Física Nuclear. Compartilhou em 1903 o
premio Nobel de física com o casal PIERRE E MARIE CURIE
Marie Curie foi uma das mais notáveis cientistas do mundo. Nascida em
Varsóvia, em setembro de 1867, era filha de um professor de física e
matemática, e desde muito jovem destacava-se por seu amor aos estudos e
seu desejo de aprender.
Aos 24 anos de idade mudou-se para Paris, onde se graduou em Física
em 1893. Pierre Curie, nasceu em Paris, filho de pai médico, desde
criança já demonstrava uma inteligência incomum. Pierre e Marie Curie
casaram-se em 1895 constitundo uma das mais importantes parcerias. Ao
tomarem conhecimento dos recentes artigos publicados por Roentgen e por
Becquerel, decidiram por estudar este então enigmático fenômeno. Na
tentativa de encontrar outros elementos radioativos e após incansáveis
esforços foi capaz de, em 1898, isolar dois outros elementos, o Polônio e
o Radium. Seguiram-se 3 anos de renovado esforço até que em 1902 foi
possível obter um decigrama puro de radium. Becquerel e o casal Curie
sofreram queimaduras ao manipularem o radium, que cicatrizaram-se após
algumas semanas, a semelhança do que ocorria com a exposição aos
raios-x.
Esta tríade exposição, dano biológico aos tecidos e restituição
levou-os a especular se estas irradiações não poderiam ser usadas com
finalidade terapêutica. A combinação de raios-x e de radium foi aplicada
a seguir no tratamento de diversas patologias. A partir de 1904
descrevem-se as primeiras aplicações de radium para tratamento dos
tumores malígnos do colo do útero. Marie Curie, além do prêmio Nobel de
Física compartilhado com Pierre e Becquerel em 1903, recebeu o prêmio
Nobel de Química em 1911, sendo a única pessoa a receber este prêmio
duas vezes. Marie Curie e sua filha Irene (também prêmio Nobel de
Química) visitaram o Brasil em 1906. Estiveram no Rio de Janeiro e em
Belo Horizonte, onde visitaram o primeiro hospital da América Latina
dedicado ao tratamento do câncer: O Hospital do Radium, hoje Hospital
Borges da Costa.
BRANQUITERAPIA
A utilização de material radioativo em contato direto com o tumor é
chamado de braquiterapia. Desde 1091 pequenas quantidades de radium
passaram a ser empregadas nos tratamento de lesões de pele. Nesta época
limitava-se a inserir tubos dde radium dentro do tumor por um certro
período de tempo, removendo-os em seguida.
O primeiro sucesso do emprego da braquiterapia foi divulgado em 1903
no tratatamento de dois tumores malignos de pele. Desde 1904 o
tratamento de tumores do colo do útero tambem vem sendo realizado com o
emprego de fontes de radium. Em 1913 foi inaugurado em Paris um pavilhão
destinado a pesquisas médico científicas com o emprego de elementos
radioativos, sendo dirigido por Claude Regaud. Desde então Paris se
tornou grande centro difusor das técnicas de braquiterapia acolhendo
cientístas de todo o mundo. A partir de 1914 o gáz radônio, sob a forma
de tubos, também passou a ser utilizado no tratamento de inúmero
tumores.
No final da década de 30 o local de convergência dos estudiosos
mudou-se para a Inglaterra. No Christie Hospital em Manchester, foi
desenvolvido um sistema didático de braquiterapia, com base em uma nova
unidade de radiação, o roentgen, com regras e tabelas que muito
facilitaram a utilização dos elementos radioativos. Seus trabalhos
conhecidos como da escola de Manchester são ainda hoje utilizados.
Durante a Segunda Grande Guerra foram suspensas todas as atividades
médico nucleares, só retornando seu emprego a partir de 1948. Até 1953
todo o material radiaticvo era diretamente colocado na lesão. Desta
forma os médicos e os profissionais de saúde recebiam durante a operação
grande quantidade de radiação. Em 1953 Ulrich Henschke desenvolveu emn
sistema chamado de carga postergarda. Este método utiliza tubos de
plasticos ocos que são colocados na lesão. Só posteriormente quando
completado o procedimeneto é que as cargas radiativas serão inseridas
nos tubos. Isto em muito diminuiu a exposição dos médicos a radiação.
A partir da década de 80 um renovado interesse pela braquiterapia
passou a acontecer. Surgiram técnicas que com a ajuda da computação
permitiu a administração mais precisa das doses. Novos isótopos foram
incorporados ao arsenal terapêutico. e outras técnicas de carga
postergada, praticamente eliminaram a exposição dos profissionais de
saúde a irradiação. Atualmente a braquiterapia pode ser utilizada com
cargas de baixa taxa de dose, quando o pacinete permanece internado com o
material radioativo no local da lesão por 2 a 4 dias, ou com aparelhos
de alta taxa de dose ( a chamada radioterapia “high dose”), em que a
mesma dose é administrada em poucos minutos, sem a necessidade de
internação.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE BRAQUITERAPIA
* Tumores de cabeça e pescoço
* Tumores de partes moles
* Tumores do colo do útero
* Tumores do corpo do útero
* Tumores de próstata
* Tumores de partes moles
* Tumores do colo do útero
* Tumores do corpo do útero
* Tumores de próstata
O emprego de aparelhos de baixo poder de penetração constitue a
chamada radioterapia de ortovoltagem. As tentativas de se sistematizar o
emprego da irradiação datam de 1906 quando Williams passou a padronizar
o tratamento relacionando o tempo de exposição com a milamperagem,
tendo construído uma tabela mostrando a intensidade de dose e as doses
de segurança em função de diferentes distâncias.
Desde 1902 existe a preocupação de se realizar dosimetrias. As
tentativas iniciais tentavam medir a energia calórica emitida pelos
aparelhos; a medida de dose pela mudança de cor que a irradiação
provocava em certas substâncias químicas, a cromoradiometria;
quantimetrias baseadas na ação dos raios em papel fotográfico; métodos
de medida baseados na condutividade no ar sob a ação da radiação
ionizante e finalmente a determinação da camada semi redutora. Nos
primórdios da radioterapia administrava-se tanta dose de irradiação
quando se julgava ser o paciente capaz de tolerar, sendo geralmente o
limite da dose estabelecido pela tolerância da pele (dose eritema).
A partir de 1928 estabelece-se uma unidade básica de dose, o
roentgen, que uniformizou os critérios de sua mensuração.O roentgen
prevaleceu até 1962 quando foi substituído pelo rad. A unidade
atualmente empregada é o cGy (centiGray), em homenagem ao famoso físico e
radiobiologista inglês L.H. Gray, de acordo com a orientação da
Comissão Internacional de Unidades e Medidas Radiológicas (ICRU). Por
volta de 1915 conseguia-se produzir energia da ordem de 100 KV. Em 1920
Seitz e Wintz na Alemanha introduziram a radioterapia profunda com um
aparelho de 200 KV, fundando a moderna radioterapia. Em 1928 o Instituto
de Tecnologia da California dispunha de um aparelho de 550 KV.
Em 1920 Coutard na França passou a utilizar filtração no sentido de
aumentar a percentagem de dose profunda e pioneiramente iniciou a
radioterapia em doses fracionadas. Em 1931 o Memorial Hospital de Nova
York instalou um aparelho de 750 KV desenvolvido pelo Dr. Coolidge onde
pioneiros da física como Quimby, Marinelli e Henshaw trabalharam. Em
1935 o Laboratório Kellogg constrói um enorme aparelho de radioterapia
externa de 1 MeV, com um tubo de cerca de 10 metros de comprimento,
capaz de tratar 4 pacientes ao mesmo tempo, emitindo 20 r por minuto a
DFP de 70 cm, ao custo de 50.000 dólares. Necessitava da presença de
engenheiros e físicos para sua operação e manutenção.
O progressivo desenvolvimento tecnológico permitiu a construção de
aparelhos produtores de radiação, de alto poder de penetração, os
aceleradores lineares, que produzem energia de 4 MeV a 20 Mev.
GAMATERAPIA
Entende-se por Gamaterapia a utilização de substâncias radioativas
(isótopos) naturais ou artificialmente produzidos, no tratamento dos
tumores. As primeiras fontes de gamaterapia usavam o radium como
material radioativo.
Em 1912, constrói-se o primeiro aparelho para tratamento de câncer pélvico, o “canhão de radium”, rapidamente abandonado por necessitar de grande quantidade de material radioativo para seu funcionamento. Tinha ainda como grande limitação o alto custo do radium, pois 1 g no início do século custava 100.000 dólares.
Em 1912, constrói-se o primeiro aparelho para tratamento de câncer pélvico, o “canhão de radium”, rapidamente abandonado por necessitar de grande quantidade de material radioativo para seu funcionamento. Tinha ainda como grande limitação o alto custo do radium, pois 1 g no início do século custava 100.000 dólares.
Em 1922, foi construído no Hospital Radiumhemmt em Estocolmo o que
provavelmente pode ser considerado até então, como o mais poderoso
aparelho de gamaterapia, pois utilizava 2 gramas de radium, trabalhando
com distância entre a fonte e a pele de 6,0 cm. Até 1929 apenas 6
unidades similares estavam disponíveis no mundo. Uma em Estocolmo,
Baltimore, Bruxelas, Nova York e duas em Paris. A partir de 1950, um
aparelho contendo 50 g de radium foi contruído no Roosevelt Hospital em
Nova York, emitindo 3 cGy por minuto, e trabalhando a distância
foco-pele de 10 cm. As limitações do uso dos aparelhos com radium ainda
decorriam da dificuldade de sua obtenção e de seu alto custo.
A partir da Segunda Grande Guerra tornaram-se disponíveis isótopos
radioativos artificialmente fabricados em um reator nuclear. O primeiro
substituto do radium foi o Cobalto 60. Em 1949, Grimmet, físico inglês,
trabalhando no Departamento de Física do Hospital MD Anderson, em
Houston no Texas, desenvolveu o primeiro protótipo, construído pela GE
Corporation, com cobalto irradiado no Canadá. Iniciou seu uso clínico em
setembro de 1953. A partir daí foi aperfeiçoado o mais importante
aparelho de radiação até então concebido: o telecobalto, impropriamente
conhecido como bomba de cobalto.
Embora já na década de 50 alguns aparelhos produzissem energia da
ordem de 1 MeV (milhões de elétron-volts), o emprego de energia desta
magnitude só se popularizou com o advento dos aparelhos de
telecobaltoterapia. O uso desses aparelhos cuja energia emitida é de 1,2
MeV, constituiu uma revolução na Radioterapia pela possibilidade de
tratar lesões profundas sem efeitos significativos sobre a pele. De
forma independente e simultânea T. A. Watson, Mayneord e Johns
desenvolveram um aparelho de telecobaltoterapia que foi manufaturado e
instalado na Universidade de Saskatchewan em Saskatoon, no Canadá.
Instalado em agosto de 1951, iniciou sua operação clínica em novembro do
mesmo ano.
Neste ínterim, o primeiro protótipo comercialmente disponível de uma
unidade de cobalto 60 foi produzido, o El Dorado, construído por El
Dorado Mining and Refining Company, em Otawa no Canadá. Foi instalado na
Clínica de Câncer do Hospital Vitória, em Ontário em 1951, tratando o
primeiro paciente em outubro daquele ano. Houve um grande
desenvolvimento e popularização dos aparelhos de telecobaltoterapia. Em
1961, cerca de 1.500 unidades estavam em operação em todo o mundo.
MEGAVOLTAGEM
Dois ou três MeV é o máximo de energia que se pode obter, através da
diferença de potencial com uma máquina de uso prático. Acima desta
energia é necessário acelerar as partículas de forma orbital ou em linha
reta. O último dos geradores de baixa megavoltagem em que o feixe de
raios x era gerado por um elétron acelerado em um campo elétrico foi o
gerador eletrostático de Van der Graaff, capaz de produzir energia de
até 5 Mev. O tubo acelerador era circular e mantido com alto vácuo. Os
elétrons ali injetados permaneciam em círculos em alta velocidade. O
aparelho pioneiro encontra-se hoje no Museu de Ciência de Boston. O
primeiro paciente foi tratado por esta máquina em março de 1937. Era um
enorme equipamento o que limitava seu uso, além de não ser isocêntrico.
O aparelho era sustentado por pilares pneumáticos, com um tubo
construído de porcelana de 3 metros de comprimento. Produzia energia da
ordem de 1 Mev, a taxa de 40 r por minuto a DFP de 80 cm. Seu custo
unitário de 26.000 dólares. Até 1969, 43 destas máquinas foram
instaladas, 35 nos EUA. A idéia de se acelerar elétrons por indução
magnética deve-se a Joseph Slepian em 1936. Donald Kerst da Universidade
de Ilinois, nos EUA, desenvolveu em 1940 o betatron, produzindo energia
de 2.3 MeV, e em 1942 energia de 20 MeV. Em 1949, a equipe de Harold
Johns na Universidade de Saskatchewan instalava o primeiro betatron no
Canadá e outro aparelho de 22 Mev passa a operar na Universidade de
Ilinois em 1951. A primeira unidade de acelerador linear de 1 Mev surgiu
em Londres em 1933, seguidas por aparelhos geradores de 2 MeV, os
chamados geradores de Van de Graff.
O primeiro acelerador de elétrons, betatron, surgiu em 1948 e era capaz de gerar energia da ordem de 20 MeV.
A idéia de se acelerar elétrons através de um guia de ondas surgiu
pela primeira vez na Suécia, em 1924, com Gustav Issing. Com o advento
da segunda Grande Guerra e da tecnologia derivada na construção de
radares foi possível produzir microondas de alta energia. Em virtude
desta tecnologia foi possível também a construção do primeiro acelerador
linear de partículas para uso médico, com 8 MeV de energia. Este foi
instalado no Hammersmith Hospital, em Londres, 1952, iniciando suas
atividades em agosto de 1953. Em seguida os EUA produziu o primeiro
acelerador isocêntrico, que se deveu a uma cooperação entre o MIT e a
Universidade de Stanford sob proposição do Dr. Henry S. Kaplan. Iniciou
suas atividades em 1956, gerando 5 MeV.
APLICAÇÕES DA QUIMIOTERAPIA
O número de aplicações varia de acordo com cada caso podendo variar
entre duas a sete semanas. O fato de se optar por um número maior de
sessões não significa de forma alguma que se trata de um caso mais
grave, mas que esta é a maneira de se obter os maiores benefícios com o
menor risco. As aplicações são feitas diariamente, 5 vezes por semana,
de segunda a sexta feira. Cada sessão demora de 5 a 15 minutos.
TRATAMENTO DA QUIMIOTERAPIA
Na hora do tratamento um grupo de enfermeiras especializadas irão
ajudá-lo. Você deitará na mesa do aparelho, permanecendo sem se
movimentar, respirando normalmente. Estes cuidados permitirão que a área
determinada por nós, seja corretamente tratada. As enfermeiras deixarão
a sala de tratamento e ligarão a aparelhagem, iniciando o tratamento.
Cada área será irradiada por cerca de 1 a 2 minutos.
Durante sua permanência na sala de tratamento você será acompanhado
por um circuito interno de televisão e um sistema de áudio que permite
pronta comunicação entre o local de tratamento e a sala de comando.
Os aparelhos contem diversos mecanismos de segurança que permitem a
administração precisa da dose. Semanalmente o Departamento de Física
Médica revê o planejamento realizado e controla as doses recebidas.
Poderá ser necessária a realização de radiografias durante a
radioterapia. Elas tem a função de avaliar se a área de tratamento está
adequadamente irradiada. Durante o tratamento algumas revisões clínicas
serão feitas. O dia e a hora destas avaliações serão previamente
informados.
OBJETIVOS DA RADIOTERAPIA
O princípio fundamental da radioterapia é o de tratar a lesão e as
áreas vizinhas protegendo-se ao máximo os tecidos sadios. O primeiro
princípio da medicina exposto por Galeno foi “Primun non nocere” (em
primeiro lugar não lesar). A fim de se obedecer a este princípio é
necessário que se tenha uma precisa localização da área que se vai
tratar. Por isto é necessário restringir ao máximo, delimitar e
localizar com precisão a área a ser irradiada.
Como os tecidos têm diferentes radiossensibilidades, proteções e
diminuições das áreas a serem tratadas às vezes precisam ser feitas. A
ação da radioterapia está geralmente restrita a área tratada. Desta
forma seu efeito tóxico sobre outros orgãos fora da área irradiada é
muito limitado. Alguns sintomas gerais podem ocorrer como: discreta
perda do apetite, irritabilidade, sonolência especialmente na parte da
tarde. Estes efeitos decorrem da ação do tratamento e em nada estão
relacionados com a doença.
COMO DIMINUIR OS EFEITOS COLATERAIS ?
Deve-se manter uma dieta frugal, sem super alimentação; manter uma
atividade física moderada, como caminhar por cerca de 20 minutos pela
manhã ou à tarde (obviamente se não houver outra contra indicação),
ingerir bastante líquido (cerca de 2 litros por dia) e dormir após o
almoço. Estas reações gerais são passageiras, devendo, quando ocorrer,
persistir por poucos dias depois do fim do tratamento. Você poderá ouvir
comentários sobre a radioterapia e seus efeitos colaterais. Alguns
poderão ser verdadeiros e outros nem sempre corretos. As reações ao
tratamento são muito variáveis dependendo de inúmeros fatores que devem
ser individualizados.
PRINCIPAL REAÇÃO
É aquela que ocorre sobre a pele. A radioterapia provoca uma
desidratação e descamação da pele. Ao final do tratamento sua pele
poderá estar mais sensível e de coloração mais escura, efeitos que
desaparecem com o tempo.
Ocasionalmente poderá ocorrer uma discreta sensação de fraqueza e
sonolência, de pequena intensidade, especialmente na parte da tarde, que
desaparecerá totalmente ao final do tratamento. Você não vai ficar
radioativo. Seu contato não vai trazer nenhum perigo a outras pessoas.
Ao se desligar a aparelhagem desaparece por completo toda a irradiação.
A DOR
A radioterapia é uma importante arma no combate a certos tipos de dores, sendo freqüentemente empregada em muitas ocasiões.
A dor pode ser considerada como um complexo de sensações tendo sido definida por Aristóteles como “uma paixão da alma”.
Quando sentir dor não tente se manter em silêncio, expresse
claramente seu sofrimento. A dor pode estar diretamente relacionada com a
área do problema. Porém, algumas vezes ocorre o que se denomina de dor
reflexa. Por exemplo, uma lesão na bacia pode provocar dor apenas no
joelho. Portanto não estranhe se a radioterapia não estiver sendo
realizada diretamente na área de maior dor.
Às vezes é muito difícil definir uma dor. Ela pode ser em pontada em queimação, peso, etc.
Descrever a dor com correção auxilia no seu diagnóstico.
Tente responder as questões abaixo para melhor compreender sua dor.
Tente responder as questões abaixo para melhor compreender sua dor.
* Onde dói?
* A dor é localizada ou difusa ?
* É constante ou aparece e desaparece ?
* É parecida com alguma dor que você já sentiu ?
* Existe alguma coisa ou alguma posição que melhora ou piora a dor ?
* Se pudesse dar uma nota de 1 a 10 à intensidade de sua dor, qual nota você daria ?
A medicação que combate a dor pode ser administrada de maneira oral, intra muscular, intra venosa ou sob a forma de adesivos.
* A dor é localizada ou difusa ?
* É constante ou aparece e desaparece ?
* É parecida com alguma dor que você já sentiu ?
* Existe alguma coisa ou alguma posição que melhora ou piora a dor ?
* Se pudesse dar uma nota de 1 a 10 à intensidade de sua dor, qual nota você daria ?
A medicação que combate a dor pode ser administrada de maneira oral, intra muscular, intra venosa ou sob a forma de adesivos.
EXISTEM ALGUMAS REGRAS QUE SEMPRE DEVEM SER SEGUIDAS
Os pacientes possuem o direito de serem ouvidos com respeito e
consideração em relação à suas queixas de dor. Portanto o médico deve
sempre acreditar no paciente, não subestimando suas queixas.
Contribuem para a sensação de dor não só a lesão em si, mas também
fatores físicos, emocionais como ansiedade e a raiva. Portanto não só as
medidas para combater a dor como medicação, radioterapia, etc., bem
como uma série de cuidados de suporte devem ser empregadas.
O correto tratamento da dor necessita do uso CONSTANTE E REGULAR de
analgésicos. Tomar o remédio para dor apenas quando esta aparece É
COMPLETAMENTE ERRADO.
Hoje existem médicos especializados no combate à dor. Discuta com seu médico a necessidade de ouví-los.
Hoje existem médicos especializados no combate à dor. Discuta com seu médico a necessidade de ouví-los.
LEMBRE-SE
Não tenha medo de ficar dependente dos medicamentos. Isto é algo
MUITO RARO, que só acontece com alguns tipos de medicamentos e depois de
um uso muito prolongado. Cada organismo reage de maneira muito pessoal à
dor, não existem esquemas pré definidos. Medicamentos adequados à uma
pessoa podem ser totalmente inadequados para outra. De uma maneira geral
o combate à dor requer algumas semanas para seu total controle.
ALGUMAS MEDIDAS PODERÃO AUXILIAR NA DIMINUIÇÃO DA DOR
* Pode ser necessário mudar de posição com freqüência quando você estiver sentado ou deitado;
* Travesseiros ajudam a apoiá-lo na cama
* Receba visitas curtas e freqüentes
* Se você tem fé não deixe de recorrer à seu pastor, padre ou orientador religioso.
* Travesseiros ajudam a apoiá-lo na cama
* Receba visitas curtas e freqüentes
* Se você tem fé não deixe de recorrer à seu pastor, padre ou orientador religioso.
Após alguns dias de medidas de combate a dor tente compará-la com a
intensidade anteriormente sentida e discuta claramente com seu médico
sua real sensação, seja de piora, melhora ou estabilidade da dor.
ITERRUPÇÃO DO TRATAMENTO
Ocasionalmente o tratamento poderá ser interrompido em virtude de
alguma reação colateral ou até mesmo por reparos no equipamento.
Esta interrupção não terá qualquer efeito na eficiência final da radioterapia.
Esta interrupção não terá qualquer efeito na eficiência final da radioterapia.
LEMBRE-SE
* A radioterapia é um tratamento indolor.
* Você não vai perder seus cabelos em decorrência da irradiação, a menos que a área tratada seja a cabeça.
* Você não vai perder seus cabelos em decorrência da irradiação, a menos que a área tratada seja a cabeça.
* Não altere seus hábitos alimentares nem faça uma dieta de super
alimentação.Em certos casos algumas restrições alimentares serão
necessárias. Você será informado a respeito recebendo uma dieta
específica para cada situação.
* A Radioterapia é um lugar movimentado e algumas vezes ocorrem
emergências que levam a alguns atrasos. Nós esperamos que isto raramente
ocorra e pedimos sua compreensão.
Talvez você tenha algumas dúvidas. Não deixe de expressá-las
claramente, pedindo todos os esclarecimentos que julgar necessário. Você
verá que a radioterapia é um tratamento relativamente simples e bem
tolerado.
DIETAS
As dietas abaixo relacionadas podem ajudá-lo a suportar a radioterapia com mais facilidade.
DE FORMA ALGUMA AS ORIENTAÇÕES DE DIETA PODEM SER VISTAS COMO UM
SUBSTITUTO DA ORIENTAÇÃO MÉDICA. ANTES DE PASSAR A USÁ-LAS ENTRE EM
CONTATO COM SEU MÉDICO ASSISTENTE DISCUTINDO COM ELE A NECESSIDADE DE
EMPREGÁ-LAS.
DIETA PARA DIARRÉIA
Um dos efeitos colaterais da radioterapia é a diarréia. Usualmente é
de moderada intensidade e contornável com algumas modificações em sua
dieta.
SIGA AS SEGUINTES SUGESTÕES
Alimente-se com pequenas porções várias vezes ao dia.
Evite alimentos gordurosos , condimentados e doces.
Evite vegetais folhosos(couve, alface, etc), frutas de bagaço e carnes fibrosas.
Evite alimentos gordurosos , condimentados e doces.
Evite vegetais folhosos(couve, alface, etc), frutas de bagaço e carnes fibrosas.
Beba bastante liquido entre as refeições e mastigue com a boca fechada.
Evite refrigerantes e cervejas.
Evite refrigerantes e cervejas.
DIETA
* Chá sem açúcar ou com adoçante artificial.
* Caldo de arroz simples(sem gordura ou sal).
* Torradas ou bolachas de água e sal.
* Ovos escaldados.
* Pire de batata, galinha cozida ou carne magra desfiada.
* Gelatina simples, banana crua ou cozida, maça raspada, crua ou cozida, limão e pêra.
* Caldo de arroz simples(sem gordura ou sal).
* Torradas ou bolachas de água e sal.
* Ovos escaldados.
* Pire de batata, galinha cozida ou carne magra desfiada.
* Gelatina simples, banana crua ou cozida, maça raspada, crua ou cozida, limão e pêra.
DIETA PARA NÁUSEAS E VÔMITOS
Normalmente as náuseas e vômitos provocados pela radioterapia são de
pequena intensidade. As orientações abaixo poderão ser úteis enquanto
estes efeitos perdurarem.
* Alimente-se com pequenas porções varias vezes ao dia.
* Evite alimentos quentes.
* Evite alimentos gordurosos
* Coma alimentos salgados e evite doces.
* Evite líquidos durante as refeições
* Não deite após as refeições
* Coma alimentos secos, como torradas e bolachas de água e sal.
* Tome bastante líquido, em pequenos volumes.
* Evite alimentos quentes.
* Evite alimentos gordurosos
* Coma alimentos salgados e evite doces.
* Evite líquidos durante as refeições
* Não deite após as refeições
* Coma alimentos secos, como torradas e bolachas de água e sal.
* Tome bastante líquido, em pequenos volumes.
ACRESCENTE A SUA DIETA
* Espaguete com molhos leves.
* Verduras e sucos de verduras.
* Frutas e sucos de frutas
* Sorvete ou gelatina gelada.
* Roscas, biscoitos e pães integrais.
* Verduras e sucos de verduras.
* Frutas e sucos de frutas
* Sorvete ou gelatina gelada.
* Roscas, biscoitos e pães integrais.
DIETA PARA CISTITE
Ocasionalmente a ação da radioterapia sobre a bexiga podera causar
ardor e dor ao urinar. Para alívio destes sintomas a dieta abaixo podera
ser útil.
Evite os seguintes alimentos:
* Chá
* Café
* Alcool
* Pimenta
* Condimentos
* Leite e derivados
* Chá
* Café
* Alcool
* Pimenta
* Condimentos
* Leite e derivados
CABEÇA E PESCOCO
A utilização de radioterapia na região da cabeça e pescoco pode levar a uma série de efeitos colaterais locais.
A partir da segunda semana do tratamento talvez ocorra sensação de ardor na língua, perda do apetite e do sabor dos alimentos.
Estas sensações embora um pouco desagradáveis são passageiras e vão
desaparecendo lentamente com o final da radioterapia. Inicialmente
mantenha sua dieta sem alterações. Se necessário siga as seguintes
sugestões:
* Evite limentos muito quente, muito frios, alimentos duros e crus
* Evite farinhas e condimentos
* Não use bebidas alcoólicas ou fumol
* Depois de cada refeição bocheche com água morna.
* Escove os dentes com uma escova macia e use fita dental. Abra a boca ao máximo, 20 vezes depois de cada escovação.
* Evite farinhas e condimentos
* Não use bebidas alcoólicas ou fumol
* Depois de cada refeição bocheche com água morna.
* Escove os dentes com uma escova macia e use fita dental. Abra a boca ao máximo, 20 vezes depois de cada escovação.
Com o progredir do tratamento é possivel que que a dificuldade em mastigar e engolir aumentem.
ESTES LEMBRETES PODERÃO SER ÚTEIS
* Coma pequenas quantidades de alimentos várias vezes ao dia.
* Coma o que realmente voce goste.
* Tente comer algo leve antes de dormir.
* Evite os alimentos gordurosos e diminua a quantidade de líquidos durante as refeições.
* Se necessário use canudo ou tome as refeições em uma xícara.
* Coma o que realmente voce goste.
* Tente comer algo leve antes de dormir.
* Evite os alimentos gordurosos e diminua a quantidade de líquidos durante as refeições.
* Se necessário use canudo ou tome as refeições em uma xícara.
REFEIÇÕES LEVES
* Sucos e vitaminas de frutas não ácidas.
* Gemada (ovo cozido)
* Leite, café, chá, pão, bolachas e torradas embebidas em líquido.
* Tente comer algo leve antes de dormir.
* Mingau de aveia com germe de trigo torrado.
* Iogurte, ricota e refrigerantes (não muito frios).
* Gemada (ovo cozido)
* Leite, café, chá, pão, bolachas e torradas embebidas em líquido.
* Tente comer algo leve antes de dormir.
* Mingau de aveia com germe de trigo torrado.
* Iogurte, ricota e refrigerantes (não muito frios).
ALMOÇO OU JANTAR
* Sopas cremosas e de legumes (se necessários cozidos e batidos no liquidificador.
* Carne cozida em fatias (cozer em fogo brando e ir adicionando água para torná–la mais macia).
* Purê de bata e ovo.
* Massas e espaguetti.
* Gelatina e pudim.
* Massas e espaguetti.
* Gelatina e pudim.
De forma geral, uma vez terminado o tratamento de radioterapia, não é
necessário que se faça de imediato qualquer reavaliação radiológica ou
laboratorial. O máximo efeito biológico do tratamento ocorrerá dentro de
4 a 6 semanas. Poderão ser necessários controles clínicos periódicos.
Estes têm por finalidade uma reavaliacão das condicões clínicas do
cliente, da lesão tratada, e a detecção de eventuais efeitos colaterais a
médio e longo prazo. Não existe uma frequência mínima em que estes
controles devam se dar. Cada caso necessita de cuidados individualizados
e por isto o intervalo dos controles podem variar.
DICAS DE ALIMENTAÇÃO
1. COMA MAIS VEGETAIS DA FAMÍLIA DAS CRUCÍFERAS
Estudos importantes mostram que esses vegetais protegem você contra o
câncer coloretal, estômago e do trato respiratório. Eles incluem o
brócolis, a couve, o repolho, a couve-flor e a couve de bruxelas, entre
outros.
2. INCLUA ALIMENTOS COM MUITA FIBRA
Uma dieta rica em fibras protege você contra câncer de cólon. Contém
fibras grãos, frutas e vegetais incluíndo pêras, morangos, batatas,
tomates, espinafre, cereais em geral, pipocas, arroz integral e pão
integral.
3. ESCOLHA LIMENTOS COM VITAMINA A E C
Isso pode proteger você contra o câncer do esôfago, estômago, laringe
e pulmão. Alimentos frescos que contém beta-caroteno como cenouras,
pepinos e brócolis. A vitamina C é encontrada em várias frutas e
vegetais frescos como mamão, acerola, laranja, tomates, morangos,
brócolis e pimenta verde e vermelha. Não substitua alimentos por pílulas
de vitaminas.
4. FAÇA UM CONTROLE DE PESO
Obesidade está ligada ao câncer do útero, vesícula, mama e intestino.
Exercícios físicos e ingestão de menos calorias vão ajudar você a não
ganhar peso. Andar é o exercício ideal para a maioria das pessoas e
prepara você para outros esportes. Consulte seu médico antes de praticar
atividades físicas extremas, ou uma dieta especial.
QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO ?
1. DIMINUA A GORDURA DA SUA DIETA
Uma dieta rica em gordura aumenta o risco de câncer de mama, cólon e
próstata. Calorias vindas da gordura representam um ganho de peso para
você, especialmente se você não pratica exercícios. Corte de uma maneira
geral a gordura comendo carnes magras, peixe, frango sem pele, e
produtos sem gordura. Evite doces e massas.
2. DIMINUA ALIMENTOS CURADOS, DEFUMADOS OU ENLATADOS
O câncer de esôfago e estômago são comuns em países onde se come
muito desses alimentos. Coma bacon, carne seca, presunto, “hot dogs” ou
peixes defumados apenas ocasionalmente.
3. PARE DE FUMAR
O fumo é o maior fator de risco de câncer que há – a principal causa
de câncer de pulmão e de 30 % de todos os tipos de câncer. Fumar em casa
significa mais doenças respiratórias e alergias para suas crianças.
Mulheres grávidas que fumam prejudicam seus bebês. Mascar fumo também
é prejudicial, pois aumenta o risco de câncer de boca e garganta.
4. VÁ DE LEVE COM O ÁLCOOL
Se você bebe muito, seu risco de câncer do fígado aumenta. O álcool
aumenta muito o risco de câncer da boca, garganta, laringe e esôfago. Se
você bebe álcool, seja moderado.
5. RESPEITE OS RAIOS SOLARES
Tomar muito sol causa câncer de pele além de danificá-la. Proteja sua
pele com filtro solar – pelo menos fator #15, use chapéus e evite o sol
das 11:00 às 15:00 horas. Se você notar mudanças em pintas na pele ou
feridas que não cicatrizam, procure o seu médico.
Fonte: www.sindipetro.org.br
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