quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Profissionais irregulares são notificados por Regional e se tornam Técnicos em Radiologia por amor à profissão

“Tenho o prazer de trabalhar na radiologia odontológica e sou muito grato às orientações do Conselho na minha formação profissional”. As palavras são do Técnico em Radiologia Wendell Magno que, antes, exercia a profissão de modo irregular e hoje é dono da própria clínica, no município de Chapecó (SC). O agradecimento ao Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 11ª Região (CRTR/SC) é dirigido à presidenta do Regional, Vanderléia da Silva, e ao agente fiscal Tiago Jasper, pelo bom senso ao constatar o exercício ilegal e posterior orientação, que permitiu a solução do caso de maneira pacífica.


A Radiologia ganhou tanto espaço na vida de Wendell que, atualmente, ele busca treinamentos específicos e investimentos pessoais para a clínica. O acompanhamento na formação de estagiários da área foi uma das iniciativas tomadas por ele, com foco na futura contratação desses alunos. “Assim como me orientaram, busco fazer o mesmo com quem ama a profissão. Tempos atrás, eu estava no outro lado da moeda. É legal fazer parte da valorização da Radiologia e ver que o mundo dá voltas”, relata.

Ao ser questionado sobre como sensibilizar os donos de clínicas e demais estabelecimentos a cumprir a lei e preservar os direitos sociais dos profissionais das técnicas radiológicas, Wendell Magno acredita que a união dos trabalhadores é o principal caminho para abrir novas portas para a classe. “Hoje, sou empregador e sei o quanto é difícil arcar com os encargos tributários e trabalhistas impostos pelo nosso governo. O técnico tem que aprender a dizer não ao salário ilegal e à carga horária estendida. O direto e o dever são iguais para todos, sem exceção”, defende.

Histórias como esta se repetem por todo o país. Em Brasília, o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 1ª Região (CRTR/DF) havia fiscalizado, em 2008, a Clínica Paulo Galvão Radiologia Oral e detectado a ausência de profissionais legalmente habilitados para exercer as atividades radiológicas. Na época, a fiscal Eliana Martins foi muito bem recebida pela proprietária Maria Alice Pimentel, que custeou o curso completo de técnico em Radiologia para os dois funcionários que se encontravam em situação irregular. 

Para Eliana, a ação mostra que, em alguns casos, os proprietários de clínicas simplesmente não tiveram conhecimento e acesso às leis. Entretanto, assim que tomam ciência das irregularidades, não veem problemas em corrigi-las no ambiente de trabalho. Pelo contrário, sentem-se até mesmo gratos pela orientação. “Apesar dos problemas, encontramos bons exemplos em nossas atividades de fiscalização. Todos saem ganhando com isso, o que torna o trabalho extremamente gratificante e produtivo”, acredita.

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