quinta-feira, 7 de julho de 2016

Doenças autoimunes também podem acometer os vasos sanguíneos

Especialista do Hospital São Luiz Jabaquara fala sobre as vasculites, doenças autoimunes do sistema vascular.

Existe um grande número de doenças autoimunes, que podem atacar órgãos distintos, e todas elas ocorrem quando o próprio organismo começa a destruir células saudáveis do nosso corpo.
Nas últimas semanas o Hospital São Luiz, em São Paulo (SP), está abordando as mais frequentes. Segundo o Dr. Annibal Rebello, cirurgião vascular do Hospital São Luiz Jabaquara, no caso das doenças autoimunes vasculares, de modo geral, as mais comuns são as vasculites.
As vasculites são, na verdade, um grupo de doenças que têm em comum o fato de causarem um processo inflamatório da parede dos vasos sanguíneos, como artérias ou veias de pequeno, médio ou grande calibre. De acordo com o especialista, na maioria dos casos elas são autoimunes.
Estas doenças vasculares podem acontecer em qualquer parte do corpo. O Dr. Annibal explica que a vasculite pode acometer os vasos cerebrais, as artérias carótidas, que levam sangue arterial do coração para o cérebro, as artérias renais ou dos membros inferiores, por exemplo.
Cada uma pode causar um comprometimento clínico diferenciado. “Algumas síndromes ainda podem acometer artérias em vários órgãos diferentes ao mesmo tempo. Outras já são bastante específicas. Cada caso é um caso e os aspectos clínicos são diferentes”, diz o médico.
Os sintomas e as consequências também são variáveis, pois dependem do quadro que o paciente apresenta, do grau de comprometimento e do órgão atingido. Na área vascular, nos membros inferiores, em geral a pessoa começa a ter lesões dermatológicas. “Quando acomete o cérebro, pode causar até um AVC. Nos rins, o paciente pode ter insuficiência renal e nos membros inferiores pode levar até a um quadro de gangrena ou perda do membro”, alerta o Dr. Annibal. Por isso, é muito importante ter um diagnóstico precoce.
O diagnóstico pode ser feito por meio da biópsia em alguns casos, por exames como arteriografia ou angiotomografia, ou até testes clínicos, dependendo da recomendação médica. “Para chegar a uma conclusão definitiva, é necessário avaliar os parâmetros clínicos e laboratoriais para encaixar em uma determinada doença”, afirma o cirurgião vascular.
Apesar de, assim como as outras patologias autoimunes, as vasculites não terem cura, existe controle para diminuir o processo inflamatório. Em geral, o tratamento é clínico, feito com remédios que diminuem a inflamação, e a intervenção cirúrgica só é realizada quando necessária.

Hospital público de Goiás inaugura com o que há de mais moderno em TI

Referência em urgência e emergência, Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL) garante excelência em serviços e transparência em gestão.

Em julho de 2015, o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira, mais conhecido como HUGOL, abriu as portas para a população do Estado de Goiás, oferecendo não só excelência em serviços de saúde, mas também o que há de mais moderno em tecnologia da informação.
Sendo o primeiro hospital público da cidade de Goiânia (GO) inaugurado com prontuário eletrônico do paciente, certificação digital e soluções mobile para gestão de informações, o HUGOL se diferencia por ter dados e processos clínicos, assistenciais, administrativos, financeiros e estratégicos integrados, acesso a informaçõeson time e, com isso, subsídios para uma gestão eficiente e transparente. Em relação ao atendimento aos pacientes, além da qualidade do serviço e do tratamento humanizado, a identificação eletrônica do médico para garantir autenticidade e segurança das informações é outro diferencial da instituição. No sistema MV, o profissional médico pode realizar prescrições, evoluções e solicitações de exames e transfusões. Especificamente sobre rastreabilidade de medicamentos, há segurança garantida desde a prescrição médica até a dispensação.
Para o supervisor de TI do hospital, Adriano Barbosa, “a tecnologia da informação no HUGOL não é apenas uma atividade-meio e, sim, algo altamente estratégico e determinante no desenvolvimento de um projeto que visa implementar, manter e refinar processos gerenciais, protocolos de assistência ao paciente, modelos de gestão e, principalmente, atendimento humanizado”. Não foi à toa que a alta gestão assumiu o desafio de iniciar a operação do hospital com as soluções MV em funcionamento pleno em todos os setores, dando condições de monitoramento de indicadores à vista para acompanhamento e controle de resultados alinhados à estratégia institucional.
Administrado pela Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR), o hospital construído para ser um dos maiores complexos de saúde de urgência e emergência da América Latina escolheu a MV como parceira por apresentar as melhores soluções para as necessidades da instituição que possui 100% do atendimento voltado a pacientes SUS. De acordo com a diretora Administrativa do HUGOL, Andréa Prestes, gerenciar uma unidade de saúde desse porte não é possível sem um software de qualidade. “A MV é uma parceira fundamental. A gestão perpassa por todos os processos parametrizados no SOUL MV, que ainda oferece subsídios para enxergarmos possibilidades de melhorias.”
Com capacidade para 514 leitos, o hospital inaugurou com 170 leitos ativos e atualmente está em operação com 215. Em dez meses de funcionamento, foram realizados 43 mil atendimentos, dez mil cirurgias e 316 mil exames. Para a conquista do máximo de precisão, confiabilidade, rapidez com o mínimo de controles paralelos e eliminação de papel, o objetivo do HUGOL com apoio da MV é evoluir no uso da tecnologia da informação e alcançar o status de hospital digital.

Projeto de rastreamento do câncer colorretal chega à 10ª expedição com mais de mil pacientes atendidos

Ação alia objetivos assistenciais, de ensino e de pesquisa, ao promover o atendimento gratuito a homens e mulheres com idades entre 50 e 70 anos.

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O projeto “Quem Procura, Cura” – Campanha de Prevenção e Detecção do Câncer Colorretal, realizado pelas equipes do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo (SP), na cidade de Belterra, no Pará, chegou à sua 10ª expedição. A ação alia objetivos assistenciais, de ensino e de pesquisa, ao promover o atendimento gratuito a homens e mulheres com idades entre 50 e 70 anos. Desde outubro de 2014, quando a primeira expedição foi realizada, até o último mês de junho, já foram atendidos mais de mil pacientes e realizados mais de dois mil exames para prevenção desse tipo de tumor, um dos mais prevalentes no Brasil e no mundo. O projeto conta com as participações da Boston Scientific, Gastrocon, da Prefeitura de Belterra e do Hospital Regional de Santarém.
A maioria dos tumores do cólon e do reto se desenvolve a partir de lesões precursoras, os pólipos, que se detectados e tratados adequadamente impedem o desenvolvimento do câncer. Além disso, se o câncer colorretal for diagnosticado em fase precoce, o seu tratamento tem elevados índices de cura.
O objetivo da equipe do projeto “Quem Procura, Cura” é justamente rastrear e remover esses pólipos, por via endoscópica, com o uso de tecnologia de ponta, para reduzir a incidência do tumor e também detectar eventuais tumores em fase inicial de desenvolvimento entre a população assistida.
“Belterra é bastante carente no que diz respeito à infraestrutura de saúde. Ao levar nosso conhecimento e experiência no manejo da doença, estamos contribuindo efetivamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, explica um dos coordenadores do projeto, o médico Marcelo Averbach, cirurgião e colonoscopista do Hospital Sírio-Libanês.
A equipe é formada pelo também coordenador Angelo Ferrari, gastroenterologista e endoscopista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), outros médicos endoscopistas e por profissionais de apoio, como enfermeiros, agentes comunitários de saúde, residentes e estudantes de medicina. Algumas regiões do município, de tão remotas, são acessíveis somente com apoio da embarcação Abaré, especialmente equipada para a realização dos procedimentos.
Novo protocolo para diagnóstico do câncer colorretal
No campo científico, o projeto busca desenvolver um modelo para o rastreamento de câncer colorretal em populações de pequeno e médio porte que habitam regiões distantes de grandes centros. Atualmente, o protocolo determina a realização de exames de sangue oculto nas fezes e a análise do histórico familiar como etapas iniciais para o diagnóstico.
Com o trabalho realizado em Belterra, em paralelo ao atendimento à população, está sendo feita a análise de custo-efetividade para o rastreamento primário da doença por meio de colonoscopia, considerada a mais eficaz.
Além do propósito assistencial e científico, o projeto contribui para a formação dos residentes e estudantes em uma realidade diferente de suas cidades de origem. Os médicos também orientam a população local sobre a prevenção do câncer colorretal e deixam informações igualmente relevantes para a comunidade médica paraense no que diz respeito ao cuidado aos pacientes. “Aproveitamos a oportunidade para conscientizar os moradores sobre a importância dos exames preventivos e do acompanhamento regular, inclusive para diminuir o preconceito relacionado a esses exames”, acrescenta o Dr. Marcelo.