quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Brasil é destaque no maior evento de radiologia do mundo

CDPI é novamente a instituição brasileira com o maior número de trabalhos aprovados pela RSNA
 
Este ano, a Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA) continua as celebrações pelos seus cem anos de existência, consolidando o seu encontro anual como o maior evento de radiologia do mundo. E, mais uma vez, o Brasil ocupa lugar de destaque entre os grandes centros de saúde mundiais, representado pela Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), instituição brasileira com o maior número de trabalhos aprovados: foram, ao todo, 48 estudos este ano, o que representa cerca de 60% da produção nacional em 2015. A 101ª edição acontece de 29 de novembro a 5 de dezembro, em Chicago, nos Estados Unidos.
 
Segundo o professor doutor Emerson Gasparetto, diretor médico da CDPI, o investimento em ciência e tecnologia é uma premissa da clínica. “A CDPI sempre procurou atuar no campo acadêmico com compromisso científico e social; é um grande reconhecimento participar da RSNA e nos orgulhamos de termos sido destaque nos últimos sete anos, com o maior número de resumos aceitos, e ter vários médicos participando do evento”, conta o neurorradiologista.
 
Entre os 48 estudos que serão mostrados pela CDPI em 2015, a área de medicina interna obteve destaque com 21 resumos, juntamente com as pesquisas sobre imagem musculoesquelética, com 14 trabalhos. Leonardo Kayat, radiologista integrante do corpo clínico da CDPI, destaca o grande volume de trabalhos científicos que a CDPI vem realizando. Segundo ele, a clínica possui cerca de 50% de toda a produção brasileira na RSNA entre 2008 e 2014. “Mesmo participando desse evento de grande magnitude há sete anos, a CDPI permanece como destaque na produção científica nacional, e o número de estudos aprovados cresce a cada ano, isso é motivo de muito orgulho para nossos profissionais”, revela Kayat.
 
Além da apresentação dos trabalhos, a programação contará com atividades que incluem dezenas de palestras sobre novidades do setor de imagem diagnóstica, fórum sobre as últimas inovações por parte de profissionais e da indústria médica. Para obter mais informações e saber como participar, acesse o site www.rsna.org.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Especialistas vão discutir radiologia pediátrica em novembro na Capital

Encontro será nos dias 06 e 07 do próximo mês, no auditório do CRM-PB
Foto: internet
Pediatras, radiologistas, clínicos, residentes e estudantes de medicina estarão reunidos nos dias 06 e 07 de novembro, no auditório do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), no Centro de João Pessoa, no 1º Simpósio de Radiologia Pediátrica da Paraíba. O evento está sendo realizado pelo Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade da rede própria de atendimento da Unimed João Pessoa.
Durante o evento, serão discutidos os cenários mais frequentes da prática médica pediátrica. Entre os temas abordados, estão “Diagnóstico diferencial de pneumonias”, “Malformação pulmonar e massas mediastinais”, “Infecção do trato urinário”, “Doenças císticas renais”, “Diagnóstico diferencial do vomitador” e “Trato digestivo do RN”.
O palestrante será o professor doutor Henrique Manoel Lederman, uma das maiores autoridades nessa área no Brasil. Lederman é titular do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina (Unifesp); chefe do Centro de Diagnóstico por Imagem do Instituto de Oncologia Pediátrica Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, também da Unifesp; e professor associado da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos.
“[O evento] Será um grande momento de interação entre duas especialidades de extrema importância para a saúde e o bem-estar da população”, declarou o coordenador médico do Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, Antônio Gualberto Chianca, que também integra a comissão organizadora do simpósio.
Inscrições
As inscrições para o simpósio são gratuitas e já estão abertas. Elas podem ser feitas antecipadamente por e-mail (simposio.radiologiapediatrica@unimedjp.com.br) ou pessoalmente no dia e local do evento.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (83) 2106-8690.

Tomógrafo reduz exposição à radiação e a necessidade de sedação em exames pediátricos

Equipamento moderno e rápido oferece mais conforto, tranquilidade e segurança às crianças.

Ter que submeter uma criança a um exame de diagnóstico por imagem, como uma tomografia computadorizada, pode ser uma tarefa difícil para os pais e para as equipes de saúde, pois os pequenos têm dificuldade de permanecer parados por muito tempo e têm medo do desconhecido. Com um equipamento moderno, é possível oferecer muito mais conforto, tranquilidade e segurança às crianças.
O médico Pedro Daltro, radiologista pediátrico e chefe do Serviço de Tomografia Computadorizada da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), informa que o novo tomógrafo Aquilion ONE, com 320 canais, considerado o mais moderno do mundo, é capaz de realizar exames mais rápido, sem a necessidade de sedar a criança e ainda com a mínima exposição à radiação possível.
“Enquanto nos aparelhos mais antigos levamos alguns segundos para fazer uma aquisição, nesse tomógrafo podemos fazer essa aquisição em 0,275 segundo, o que é uma fração de tempo mínima, fazendo com que sejam dispensáveis a sedação e/ou a anestesia na grande maioria de nossos pacientes, reduzindo a morbidade e também a ansiedade dos pais em relação ao exame”, afirma Pedro.
Segundo Daltro, esse aparelho consegue visualizar o tórax inteiro nessa fração de segundo em um único volume, ou seja, de uma só vez, e, mais importante, reduz a dose de radiação em cerca de 80% a 90%. “Isso significa dizer que essa tomografia de tórax emite uma dose equivalente a uma radiografia de tórax, contudo, oferece aos médicos muito mais informação, melhorando a acurácia do diagnóstico”, explica.
Para o médico, a redução da exposição à radiação é fundamental, especialmente para as crianças com doenças crônicas que se submetem a inúmeros exames de imagem ao longo da vida. Outro benefício importante é a redução da dose de contraste, quando necessário.
Além disso, um grande avanço é o estudo dinâmico do ciclo respiratório, em que podem ser avaliados de dois a três ciclos respiratórios completos, de forma dinâmica, ou seja, observando todos os movimentos do aparelho respiratório. “Esse estudo era inimaginável até então. Agora, com os aparelhos disponíveis no mercado e com ele, solucionamos alguns diagnósticos relativamente comuns em pediatria, reduzindo a necessidade de testes e procedimentos invasivos”, vibra o médico.
Atualmente, a clínica faz cerca de 1.500 exames por mês, com dois períodos exclusivamente para o paciente pediátrico, com equipe altamente treinada, desde a enfermagem e técnicos até a equipe médica.

Carreta do programa “Mulheres de Peito” volta à Taboão da Serra


Charles EliseuCarreta de Mamografia fica no estacionamento do Shopping Taboão até o dia 04 de novembro 
carretaA fim de incentivar mulheres entre 50 e 69 anos a realizar os exames preventivos de mamografia e promover o diagnóstico precoce do câncer de mama, Taboão da Serra recebeu, na última terça-feira (6), a carreta do programa “Mulheres de Peito”. O veículo chega ao município graças à parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo.  
A carreta itinerante atenderá a população até o dia 4 de novembro, e está situada no estacionamento do Shopping Taboão, na Rodovia Régis Bittencourt. O atendimento gratuito acontece de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 13h. As imagens captadas pelos mamógrafos são encaminhadas ao Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi), que emite laudos à distância. O resultado dos exames fica pronto em até 48 horas e, caso seja identificada alguma alteração, a paciente é encaminhada à ultrassonografia e biopsia.  
As unidades móveis contam com equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia, profissionais de enfermagem, funcionários administrativos e um médico radiologista especializado em mama. O veículo é equipado com mamógrafo, aparelho de ultrassom, conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, antenas de satélite, computadores, mobiliários e sanitários. 
Serviço 
Carreta da Mamografia – Programa “Mulheres de Peito”
Estacionamento do Shopping Taboão
Rodovia Régis Bittencourt, 2643
De 06 de outubro a 04 de novembro 
Segunda a sexta-feira: 10h às 19h
Sábado: 10h às 13h

Limeira - SP Ausência de servidora prejudica mamografias em plena campanha

: Problema aconteceu na Policlínica, onde técnica faltou e prejudicou campanha (Mário Roberto)
Problema aconteceu na Policlínica, onde técnica faltou e prejudicou campanha

Renata Reis
As ausências injustificadas de uma técnica em radiologia da Policlínica de Limeira prejudicaram dezenas de pacientes que se sensibilizaram com a campanha da Associação Limeirense de Combate ao Câncer (Alicc), do Outubro Rosa, e foram tentar realizar a mamografia. O exame pode identificar precocemente o câncer de mama e evitar mortes com o início imediato do tratamento.
De acordo com a assistente da coordenadoria de patologia mamária da Alicc, Mairi Lane Rodrigues, neste mês de campanha estão sendo agendados 40 exames por dia na Policlínica. No local, a Gazeta apurou que há duas técnicas que realizam os exames e uma delas tem faltado. 

FONTE  http://www.gazetainfo.com.br/ns/noticia.php?titulo=Aus-ncia-de-servidora-prejudica-mamografias-em-plena-campanha?r=noticias&id=37060

Sergipe - Pronto Atendimento do Ipesaúde realiza cerca de 1.800 atendimentos

Serviço de Pronto Atendimento (SPA) oferecido pelo Ipesaúde aos seus beneficiários, que passou a funcionar exclusivamente ao lado do Hospital da Polícia Militar, desde o último dia três de outubro, já realizou cerca de 1.800 atendimentos em pouco menos de 15 dias. Os números confirmam a estimativa da gestão ao redimensionar a capacidade de atendimento oferecida.
“Desde o início, nós já trabalhávamos com essa perspectiva quando programávamos essa mudança, e a centralização também permite esse novo dimensionamento na oferta dos serviços de saúde. Nesses quase 15 dias, nós já atingimos o total de atendimentos de todo o mês de setembro”, explica a coordenadora do Atendimento do SPA, enfermeira Renata de Pinho Alcântara. Segundo ela, nesse sentido, houve um aumento de profissionais para suprir essa demanda.
“Nós contamos com três clínicos gerais no turno do dia, ao invés de dois, e mantivemos mais dois clínicos no atendimento noturno”, explica a coordenadora. Ela explica que, dos cerca de 1800 atendimentos, aproximadamente 1300 foram casos de atendimento clínico, cerca de 400 de atendimento pediátrico, outra especialidade bastante procurada, além de 68 atendimentos ortopédicos e 41 cirúrgicos.
Organização de Fluxo
Para a enfermeira Renata Alcântara, o grande desafio do SPA a partir de agora é dinamizar a reorganização do fluxo de atendimento para aperfeiçoar cada vez mais o atendimento prestado aos usuários do Ipesaúde. “Como em todo serviço que atende urgência e emergência, nosso grande desafio é promover o mais rápido possível a triagem dos pacientes que chegam, encaminhando-os ao respectivo atendimento necessário. E esse é o desafio de todos os serviços de pronto-atendimento, tanto na rede pública, quanto particular”, exemplifica a enfermeira.
Auxiliando todo o processo de pronto-atendimento, foi realizado um esforço logístico para realizar todos os exames necessários ao diagnóstico e abordagem dos pacientes. “Já estamos realizando todos os exames laboratoriais, utrassonografia e radiologia que, antigamente, os pacientes teriam que fazer em outras unidades. Bem como a transferência de pacientes que necessitam de internamento para tratamentos específicos em outras unidades que, hoje, já estamos fazendo em até dois dias, quando atingamente isso poderia chegar a cinco, seis dias”, explica a enfermeira ao ilustrar a nova lógica de atendimento do SPA.
O Serviço de Pronto Atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, na avenida Minas Gerais, 1100, ao lado do Hospital da Polícia Militar. 
fonte - http://aquiacontece.com.br/noticia/2015/10/19/pronto-atendimento-do-ipesaude-realiza-cerca-de-1800-atendimentos

Angra dos Reis - Prefeitura entrega reforma da radiologia da Santa Casa

A prefeita de Angra, Conceição Rabha, realizou na sexta-feira, 16, a entrega das obras de reforma do Centro de Radiologia da Santa Casa. O evento contou com a presença do secretário de Estado de Saúde, Felipe Peixoto. As obras tiveram início em janeiro de 2014, porém o atendimento não foi interrompido, e as obras foram executadas por etapas, com o objetivo de manter a assistência ao cidadão. A reforma de ampliação teve investimento de quase R$ 80 mil, entre obras, pinturas, novos móveis, refrigeração e novos equipamentos.
– É uma felicidade imensa participar da cerimônia de entrega da reforma do setor de radiologia da Santa Casa, que tem uma importância histórica para o município de Angra dos Reis. A prefeita Conceição Rabha acertou ao convidar o secretário municipal Rodrigo Oliveira para compor sua equipe, uma vez que ele é um defensor aguerrido do Sistema Único de Saúde e trabalha com afinco para seu desenvolvimento. Em breve, o governo do Estado irá enviar mais um aparelho de raio-x para a Santa Casa, para que possamos atender a demanda da região – destacou o secretário de Saúde do estado, Felipe Peixoto.
Como parte da política de expansão e melhorias dos serviços, a Prefeitura de Angra dos Reis vem desde 2013 promovendo investimentos na Santa Casa, que se encontra sob sua responsabilidade, por meio de uma intervenção.
– A abertura do Hospital Geral da Japuíba foi importante para que a Santa Casa voltasse a seu caráter inicial, sendo referência em maternidade. Em muito pouco tempo, a equipe liderada pela Maricelma Datore se empenhou e aplicou os recursos de forma correta, propiciando melhorias que hoje se concretizam, como essa reforma completa do setor de radiologia. Em breve, entregaremos para a população o tão sonhado Centro de Oncologia, que irá amenizar o sofrimento dos que necessitam deste tipo de tratamento – disse a prefeita Conceição Rabha.
O Pronto-Socorro Municipal funcionava anexo à Santa Casa, assim como o Hemonúcleo da Costa Verde. Com a saída destes serviços da centenária unidade, o atual governo teve condições de ampliar os serviços para o cidadão e reestruturar a Santa Casa.
– A gestão da Secretaria de Saúde entende que a Santa Casa é uma unidade diferenciada, sendo referência para uma população de aproximadamente 250 mil pessoas. E por ter este perfil diferenciado, temos olhado com atenção para este hospital, garantindo que novos investimentos sejam realizados. A população de Angra dos Reis pode ter a certeza de que estamos empenhando o máximo de esforços pela garantia das melhorias nos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde – enfatizou Rodrigo Oliveira, secretário municipal de Saúde.
A entidade está sob intervenção desde 16 de janeiro de 2012 e recebe anualmente da Prefeitura uma verba de R$ 16 milhões para equilibrar as contas. No entanto, no período de intervenção da gestão anterior, nada de concreto havia sido feito para a melhoria da Santa Casa. O quadro se reverteu no governo da prefeita Conceição Rabha, e quem ganha é a população e profissionais que atuam na unidade.

– A reforma do serviço de radiologia demonstra o nosso compromisso em manter a Santa Casa como referência hospitalar em nossa região. Em um curto espaço de tempo, reformamos as enfermarias masculina e feminina, o refeitório, o Centro Obstétrico e o pronto atendimento obstétrico. Ações como estas demonstram o nosso comprometimento com a saúde da comunidade angrense e nos coloca em um patamar diferenciado, pois apesar da conjuntura econômica do país, vamos seguindo o nosso caminho – falou Leandro Silva.
O evento foi prestigiado pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Carlinhos Santo Antônio, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Beto Moreira, a médica e diretora da Santa Casa, Maricelma Datore, e representantes da sociedade angrense.

Curiosidade Como as novas diretrizes da mamografia nos EUA podem afetar você.

O oncologista Rafael Kaliks, especialista em câncer de mama e diretor científico do Instituto Oncoguia, comenta as novas diretrizes para o exame de detecção precoce e o que deve ser repensado à luz da realidade brasileira
A Sociedade Americana de Oncologia anunciou anteontem as suas novas diretrizes para a realização da mamografia nos Estados Unidos. Elas foram publicadas no dia 20 no Journal of the American Medical Association (JAMA). As condutas americanas influenciam mundialmente o tratamento, a detecção precoce e a prevenção do câncer. 
O que mudou: 
1 – Em vez de fazer mamografia anual a partir dos 40 anos, agora o rastreamento deve começar aos 45 anos  
A mudança está baseada em novos dados de diversos estudos que mostram que a mamografia em larga escala (para mulheres sem fatores de risco) leva a muitas falsas suspeitas e procedimentos desnecessários na faixa entre 40 e 45 anos de idade, quando a incidência de câncer não é tão alta. Portanto, como o benefício seria baixo, e os falsos positivos altos (o malefício), não estaria indicada. Conforme a Sociedade Americana de Oncologia, somente a partir dessa idade os benefícios superam os riscos.
O exame, indicado para detecção precoce no câncer de mama, tem sido alvo de discussões. Um estudo publicado em 2014 no British Medical Journal (BMJ) causou polêmica entre médicos por sugerir que a mamografia não contribui para a diminuição da mortalidade. O artigo foi muito criticado pela comunidade científica internacional. 
2 – A Sociedade Americana de Oncologia recomenda que o exame seja feito todo ano entre os 45 e os 55 anos. Depois, passa a ser realizado a cada dois anos 
As comparações dos dados sobre a eficácia anual e a cada dois anos indicam que na faixa entre 45 e 55 anos de idade, fazer anualmente a mamografia salvaria mais vidas que se ela fosse feita a cada dois anos. Depois dos 55, essa diferença diminui muito, e não se justificaria fazer anualmente, de acordo com a sociedade americana. 
“Isso se aplica à população norte-americana, com base na incidência de câncer na população deles, não necessariamente pode ser estendida para qualquer país”, explica o oncologista Rafael Kaliks, do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor científico do Instituto Oncoguia.
3 – Para os americanos, não compensa indicar a mamografia para mulheres que tenham menos de dez anos de expectativa de vida
A partir dos dados analisados, os pesquisadores consideraram que nos casos em que a expectativa de vida é muito baixa (menor do que 10 anos), a probabilidade de se morrer de um câncer de mama detectado com base em rastreamento é pequena, já que outros problemas de saúde poderiam levar à morte antes de o câncer causar maiores problemas.
Do ponto de vista populacional, não valeria a pena promover rastreamento para mulheres com expectativa de vida menor que 10 anos. Isso pode ser uma verdade os Estados Unidos, onde a expectativa de vida é alta. 
No entanto, em um país com contrastes sociais tão grandes como o Brasil, é muito difícil calcular a expectativa de vida de uma mulher que chegou aos 60 ou 70 anos de idade. “Essa é uma das recomendações que precisam ser analisadas à luz da realidade brasileira antes de se pensar em colocá-la em prática”, diz o especialista Kaliks. 
Técnica em radiologia faz exame de mamografia. O teste tem sido alvo recente de intensas discussões. Foto: Ingimage
Técnica em radiologia faz exame de mamografia. O teste tem sido alvo recente de intensas discussões. Foto: Ingimage


 Brasil não é os Estados Unidos
– Mais uma conclusão dos americanos é que não se justifica recorrer ao exame clínico das mamas como estratégia de rastreamento do câncer
Para os médicos americanos, examinar as mamas da paciente em busca de nódulos ou alterações associadas aos tumores passa a não ser mais um recurso eficiente para identificar a doença precocemente.
O oncologista Kaliks afirma que a orientação é compreensível para o contexto dos Estados Unidos, onde 75% a 80% das mulheres se submetem à mamografia com regularidade – um exame que é muito mais sensível para detectar alterações do que o exame clínico.
“No Brasil, onde apenas cerca 35% das mulheres com indicação para o exame chegam realmente a fazê-lo de maneira regular (ao menos a cada 2 anos), deixar de fazer o exame clínico nas outras 65% faria com que perdêssemos a única e última chance de detectar alguns cânceres de maneira relativamente precoce”, diz o médico. 
Uma das dificuldades é o acesso aos mamógrafos, o que sabidamente prejudica o alcance detecção precoce, mas outros fatores interferem – como a falta do entendimento da importância do exame. “Muitas deixam de fazer”, afirma Kaliks.   
Para fundamentar sua afirmação, o especialista cita o resultado de ação no bairro do M’Boi Mirim, zona sul de São Paulo, para realização de mamografias. De um total de mais de 30.000 mulheres agendadas para realizar a mamografia, quase um terço não compareceram no dia do exame. “Em uma circunstância como essa, o exame clínico continua sendo um recurso para ajudar, de alguma forma, a identificar sinais da doença”, analisa o especialista. 
Os médicos também tem sua parcela de responsabilidade na falta de compreensão das mulheres sobre as rotinas de deteccão precoce da doença. Como revelou uma pesquisa encomendada ao DataFolha pelo Instituto Oncoguia e pelo laboratório Roche, pouco mais de um terço das mulheres entre 50 e 69 anos haviam sido submetidas ao exame clínico das mamas durante a consulta médica.
“Isso quer dizer que o exame clínico não está acontecendo de fato, o que é mais um problema em um país onde a adesão à detecção precoce com mamografia já é baixa. Neste aspecto, a falha é dos médicos”, aponta o especialista.

Quais são as recomendações brasileiras 
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) ligado ao governo, indica que o exame seja feito a partir dos 50 até os 70 anos com intervalo de até dois anos. Essa é a recomendação adotada pelo Ministério da Saúde. 
No SUS, a mamografia é autorizada a partir dos 40 anos. Por aqui, a prioridade ainda é conseguir que as mulheres façam o exame. 
Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia seja feita todo ano dos 40 até os 70 anos de idade. 
Kaliks diz que as  sociedades brasileiras precisarão analisar os dados da publicação da Sociedade Americana do Câncer (ACS, sigla em inglês) que dão suporte as novas diretrizes e considerar possíveis mudanças face aos novos dados. 
fonte - http://brasileiros.com.br/2015/10/como-novas-diretrizes-da-mamografia-nos-eua-podem-afetar-voce/

Curiosidade - Projeto-piloto da Unidade Móvel de Radiologia da ARS Algarve

ARS Algarve lança projeto-piloto da Unidade Móvel de Radiologia amanhã, 27 de outubro, pelas 16h30, em Silves.

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve vai iniciar um projeto-piloto de uma nova tecnologia que flexibiliza o acesso a dados clínicos através da Unidade Móvel de Radiologia. A cerimónia de lançamento do projeto decorre amanhã, dia 27 de outubro, pelas 16h30, no Estabelecimento Prisional de Silves.
Este novo equipamento permite trabalhar em rede, permitindo aos profissionais de saúde da Administração Regional de Saúde do Algarve realizar um número ilimitado de imagens de rastreio na Unidade Móvel de Radiologia.
Esta tecnologia permite, através de rede 4G/LTE, o acesso à rede da ARS Algarve e aos dados imprescindíveis para a realização do rastreio no próprio local de execução. Além disso, possibilita o envio imediato das imagens, o que confere a todo o processo maior segurança, celeridade e melhor gestão de tempo dos profissionais.
Contorna-se, desta forma, o procedimento anterior, que implicava transferir fisicamente as imagens clínicas entre a unidade móvel e o centro de saúde, sem poder efetuar um diagnóstico entretanto. Com este novo software, o processo torna-se mais eficaz, mais imediato e mais racional, em caso de detecção de patologia, tornando também a notificação médica e o tratamento do utente mais céleres.