terça-feira, 27 de novembro de 2012

Paraná - Sespa investiga contaminação de técnicos em Radiologia no hospital de Curuçá


A Secretaria de Saúde do Estado (Sespa) investiga o que pode ter acontecido com funcionários de um hospital de Curuçá, nordeste do Pará. A suspeita é que eles tenham sido intoxicados por um produto químico, usado em aparelhos de raio-x. Segundo a Sespa, o material não é radioativo.
A técnica em enfermagem Keila Almeida, que trabalha no hospital Henrique de Cristo Alves, em Curuçá, ainda está internada. Ela se queixa de dores no corpo, irritação nos olhos, indisposição e fadiga. Keila afirma que teve contato com um produto químico usado no aparelho de raio-x odontológico. "A gente circula lá dentro, entra muito em contato com os impressos, que vem de lá, que são as fichinhas. E a gente pega e coça o olho... Por isso que a gente começou a se sentir assim, super hiper mal", conta.
Além da Keila, outras nove funcionárias do hospital também se sentiram mal após terem contato com o produto. "No dia que aconteceu isso, eu estava no plantão. Tanto é que eu que verifiquei a pressão das moças que passaram mal. Entrei em contato direto com elas lá", lembra a técnica em enfermagem.
Outras duas funcionárias estão internadas em um hospital de Belém, e os demais estão sendo tratados em casa mesmo. O diretor do hospital não concedeu entrevista para esclarecer o caso. Uma equipe da Sespa esteve no local para analisar a situação. Seguindo as orientações do 3º Centro Regional de Saúde do Estado, os pacientes devem ser removidos dentro de 24 horas de Curuçá para o Centro de Perícias Científicas de Castanhal, para fazer o exame toxicológico a fim de confirmar, ou não, a suspeita de intoxicação pelo fixador de raio-x.
De acordo com a Sespa, o material não é radioativo. Por causa dos sintomas, a Secretaria trabalha com duas suspeitas: intoxicação pelo fixador de raio-x ou infecção hospitalar. "Não se trata de material radioativo, isso é muito importante ressaltar, para que as pessoas até se acalmem. O material já foi retirado e já está sendo levado. Isso precisa realmente ser investigado pra gente definir a causa do que essas pessoas estão sentindo", explica Ana Patrícia Bittencourt, da Vigilância Sanitária/Sespa.
O secretário municipal de saúde de Curuçá, Rui Carvalho, não foi encontrado para falar sobre o assunto, mas segundo a Sespa, a prefeitura está colaborando com as investigações do caso.

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