sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dica - Organize sua apresentação de trabalho!

Para fazer sua plateia entender a pesquisa que você escreveu, é preciso fazer alguns ajustes. Um dos maiores erros de quem vai fazer uma apresentação oral é ler tudo o que está escrito. Isso porque a organização do texto escrito segue um padrão diferente de uma conversa, por exemplo. E se ninguém entende, quem está apresentando começa a ver bocejos e pode ficar nervoso, piorando ainda mais a situação!
Depois de te ajudar a fazer a pesquisa, o Zé Moleza vai te dar cinco passos para mandar bem na apresentação! Segue aí!
1. Organize as informações mais importantes – você não precisa falar tudo o que está escrito, só o essencial.
2. Faça um guia para acompanhar a apresentação – nunca é bom ter um branco!
3. Use slides pequenos no Powerpoint – ele é para a plateia acompanhar o seu raciocínio, e não para ler longos trechos.
4. Inicie com uma informação marcante – isso atrai a atenção dos ouvintes.
5. Treine em casa – isso ajuda a ter uma fala mais organizada!

Dica - Como fazer fichamentos

Quem está na época da monografia ou precisa escrever um trabalho que exige muita pesquisa de conteúdo terá um grande aliado se aprender a fazer fichamentos. A técnica ajuda a organizar as referências e facilita a elaboração do trabalho acadêmico e o entendimento dos conteúdos estudados. Você pode utilizar suas “fichas” para catalogar obras, identificar citações, fazer análises, construir críticas, anotar idéias decorrentes do texto e auxiliar na construção de embasamento teórico. Analise seu objetivo ao fazer um fichamento e escolha o modelo ideal pra você!
  • Fichamento bibliográfico: indicado para quem precisa destacar e catalogar frases de textos de referência. O ponto mais importante dessa técnica é preservar o sentido das frases, copiando-as sem retirar palavras cruciais e lembrando de utilizar “(…)” quando for necessário cortar um pedaço. Se você não tomar o cuidado de copiar exatamente como está escrito e anotar todos os dados da obra e do autor, existe o risco de ser acusado por plágio. Portanto, anote sempre a página onde estava a frase original!
  • Fichamento de leitura: perfeito para quem quer se aprofundar em determinado tema e precisa fazer uma leitura crítica do assunto. Esse tipo de fichamento permite que você construa um pensamento em torno das idéias apresentadas pelo autor e, para isso, você precisa dividi-lo em duas partes. A primeira é destinada a citações importantes do autor que você precisa destacar, seja por terem chamado sua atenção de forma positiva ou negativa; já a segunda é reservada às suas considerações pessoais, onde você pode escrever o que entendeu do texto, explicações, hipóteses, opiniões e, até mesmo, relacionar as idéias com aspectos relevantes de outros textos.

Dica - Corrija suas falhas!

Na vida acadêmica e profissional, saber quais são suas principais deficiências é fundamental para começar um processo de aprimoramento. Se a nota do seu trabalho não veio muito boa, você tem a chance de avaliar os erros e fazer disso um grande aprendizado!
Reconhecer o erro é o primeiro passo e é claro que a auto-confiança é importante, mas, em excesso, vira “salto-alto”. Um bom exercício é reler um trabalho e identificar as partes em que ele está ruim. Não deixe também de perguntar ao professor os porquês da nota baixa – isso vai te ajudar a saber onde melhorar.
Essa auto-crítica é parte fundamental do processo de aprendizagem. Muitas vezes, ficamos tão presos a uma ideia que não percebemos que ela não “funciona” mais. Trocar algumas certezas pelo hábito de se questionar é um bom mecanismo para deixar seus trabalhos mais apurados. Depois de avaliar onde errou, você tem a chance de fazer de novo e melhor! Não deixe de aproveitar essas oportunidades para aprimorar seus conhecimentos!

Dicas para escrever um artigo acadêmico

Se você precisa escrever um artigo acadêmico e nem sabe por onde começar, o primeiro passo é saber do que se trata. Um artigo contém pensamentos acerca da elaboração e defesa de uma ideia. Seu principal objetivo é demonstrar o conhecimento adquirido em uma pesquisa acadêmica ou científica.
Escrever um artigo de qualidade vai além de apresentar equações ou “jogar” ideias em um texto. O mais importante é conduzir o leitor, apresentando os objetivos e a metodologia utilizados para chegar a um resultado e também levantar um debate sobre o tema. É preciso fazer com que as pessoas tenham interesse em tal leitura, entretanto sem deixar que a linguagem caia no popular. Por ser um trabalho de natureza acadêmica, você deve prezar sempre pela norma culta. Além disso, existem outros pontos muito importantes:
  • Clareza de expressão
  • Objetividade
  • Fluência
  • Páginas limitadas
  • Informações relevantes
  • Conclusões e ideias precisas
  • Apresentação clara e atraente de tabelas, gráficos e imagens
  • Comparação com trabalhos existentes
Não se esqueça de revisar a forma e o conteúdo do trabalho antes de entregá-lo!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mundo pode sofrer escassez de material radioativo para medicina

Líderes na área de medicina nuclear preveem para 2016 uma grave crise mundial de abastecimento de uma matéria-prima radioativa utilizada em exames para detectar tumores e avaliar o funcionamento de órgãos como coração, cérebro, tireoide, rins, entre outros. Na semana passada, autoridades de todo o mundo se reuniram na França, convocados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), para discutir estratégias de enfrentamento dessa crise.
O isótopo radioativo que pode minguar em um prazo de dois anos é o molibdênio-99. Ele dá origem ao tecnécio-99, substância utilizada em 80% dos exames diagnósticos na área de medicina nuclear. Nessa especialidade, a administração de materiais radioativos ao paciente permite a obtenção de imagens precisas de tecidos do corpo humano.
Para esse tipo de diagnóstico, o material radioativo é unido a moléculas que participam de reações fisiológicas no órgão a ser investigado. Quando essa união de materiais – chamada radiofármaco ou radiotraçador – é injetada no paciente, ela é atraída para o local de interesse e detectada pelas imagens obtidas nos exames. São as cintilografias.
“Praticamente todos os órgãos do corpo podem ser estudados com a medicina nuclear. Além da detecção de tumores, é possível detectar risco de infarto e diagnosticar a doença de Alzheimer, por exemplo”, explica o médico Celso Darío Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).
O tecnécio-99 é obtido por meio da fissão do urânio em reatores específicos, com potência energética muito menor do que a das usinas nucleares. Existem atualmente cinco grandes reatores responsáveis por fornecer 85% do molibdênio-99 utilizado em todo o mundo, que ficam no Canadá, França, Bélgica, África do Sul e Holanda. O Brasil não possui reatores capazes de produzir o isótopo.
Segundo o médico Cláudio Tinoco Mesquita, vice-presidente da SBMN, o mercado mundial de fornecimento de isótopos médicos é muito concentrado e frágil. Ele foi o representante da sociedade médica na reunião da OCDE, na França. “É frágil porque os reatores já têm décadas de uso e estão enfrentando problemas recorrentes. No próximo biênio, devem sair de operação os reatores do Canadá e França, o que pressionará o mercado”, diz Mesquita.
De acordo com o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Isaac José Obadia, o Grupo de Alto Nível sobre a Segurança do Suprimento de Radioisótopos Médicos (HLG-MR), reunido na França, está elaborando um estudo sobre a previsão de oferta e demanda de molibdênio-99 para o período entre 2015 e 2020.
"Um dos cenários considerados nesse estudo leva em conta os novos projetos que se encontram em desenvolvimento nos seguintes países: Alemanha, França, Austrália, Russia, EUA, Canadá, China, Brasil e Argentina", completa Obadia.
Uma crise de abastecimento semelhante já ocorreu em 2008, quando um dos reatores interrompeu suas atividades. O Brasil tem um projeto para se tornar autossuficiente na área. As discussões sobre a criação do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) começaram em 2008, mas ele não deve entrar em atividade antes de 2018 (leia mais abaixo).
A garantia de ter material suficiente para a realização dos exames nessa época dependerá, portanto, de acordos diplomáticos e comerciais firmados entre os países. “Esses acordos devem ser costurados com a maior celeridade possível, pois todos perceberam que momentos difíceis estão por chegar”, completa o especialista.
Imagem mostra projeto do RMB (Foto: CNEN/Divulgação)Imagem mostra projeto do RMB, que deve ser 

construído em Iperó (Foto: CNEN/Divulgação)
Reator Multipropósito Brasileiro

O projeto que pode tornar o Brasil autossuficiente em molibdênio-99 é o do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), em desenvolvimento pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

De acordo com o coordenador-técnico do projeto, José Augusto Perrotta, já foram pedidas as duas primeiras licenças para a construção do reator na cidade de Iperó, no interior de São Paulo: a licença ambiental, para o Ibama, e a licença de segurança, para a Diretoria de Proteção e Segurança da CNEN.

O complexo deve ser construído em um grande terreno cedido em parte pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (1,2 milhões de metros quadrados, ou 120 hectares) e em parte pelo governo do Estado de São Paulo (800 mil metros quadrados, ou 80 hectares, que ainda devem ser desapropriados). 

De acordo com uma previsão feita em 2011, o custo total do projeto será de US$  500 milhões. Concluída a fase de licenciamento, segundo Perrotta, será feita uma avaliação mais refinada sobre os gastos reais da obra.

A ideia é que o RMB tenha capacidade de produzir o dobro da quantidade de molibdênio importada atualmente pelo Brasil. “Queremos atender e aumentar o fornecimento para consumo nacional e eventualmente podem ter sobras para exportação”, diz o coordenador.

Pesquisas

O complexo também vai ter vários laboratórios de pesquisas básicas ou para aplicação na indústria e na agricultura. “Vamos fazer um laboratório nacional de feixe de nêutrons, que serve para analisar e caracterizar materiais em várias áreas do conhecimento”, diz Perrotta.

O objetivo é que pesquisadores de universidades e de indústrias de todo o país possam utilizar a infraestrutura. “O investimento de US$ 500 milhões não é muito levando em conta que é para o país inteiro. No futuro, ele vai atrair muitos pesquisadores que vão utilizá-lo”, diz.

O projeto teve aprovação do Ministério do Planejamento para receber R$ 400 milhões no Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. “Porém isso não nos garante efetivamente o recurso. Estamos buscando a efetivação desse PPA para a fase seguinte do projeto, que é a do projeto detalhado”.

Pacientes enfrentam fila de 2 meses para radioterapia no HC de Ribeirão

Demanda de pacientes poderia ser atendida em outras unidades, diz médico. 
Secretaria de Saúde diz que fará reunião com DRS para discutir problema. 

Pacientes com câncer têm enfrentado até dois meses de espera por sessões de radioterapia no serviço de oncologia do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto (SP). Segundo o coordenador do serviço de radioterapia do HC, Harley de Oliveira, a fila poderia ser menor se a Prefeitura e o Departamento Regional de Saúde (DRS) redistribuissem os pacientes entre hospitais como a Beneficência Portuguesa e a Santa Casa de Ribeirão - aptos a oferecer o tratamento. Atualmente, 178 pacientes esperam pelo serviço no HC.

Em nota, a Secretaria de Saúde do município informou que discute o problema com a DRS, e que uma reunião será realizada no dia 11 de fevereiro para definir as providências a serem tomadas.

De acordo com Oliveira, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado há dois anos junto ao Ministério Público, na tentativa de o DRS realizar uma divisão equacionária dos pacientes com câncer no município. "Surgiu um grupo técnico onde faríamos essa divisão entre Santa Casa, Beneficência Portuguesa e HC.  Isso vem acontecendo, porém ainda de uma forma desproporcional. Tanto que os hospitais poderiam receber um número maior de pacientes", diz.

O coordenador do serviço de radioterapia do HC explica que a demanda pelo serviço na unidade é cada vez maior - o serviço de oncologia no hospital cresce 20% ao ano - e que isso dificulta o atendimento imediato de pacientes. "Anualmente, atendemos cerca de 80 mil procedimentos em oncologia. Na radioterapia, são 150 pacientes por dia", afirma.

Na última semana, o HC realizou uma reunião com representantes dos DRSs da região. O acordo feito determina que os serviços mais ociosos ou que têm capacidade para atender um número maior de pacientes poderia receber parte das pessoas que constam na lista de espera do HC. "Esses serviços estão disponíveis em Barretos e São Carlos, por exemplo.

Porém, a maioria desses pacientes é de Ribeirão Preto. Eles teriam que se deslocar para outras cidades, sendo que eles poderiam fazer o tratamento em outros hospitais de Ribeirão", explica.

Aquém da capacidade

Segundo o diretor do departamento de oncologia da Beneficência Portugues, Vilson Kater, o hospital recebe, em média, 20 pacientes por mês encaminhados pela Prefeitura. O número, segundo ele, está bem abaixo da capacidade da unidade, que pode oferecer o tratamento de radioterapia para até 100 pessoas.

"Desconheço o motivo pelo qual a Prefeitura não nos encaminha mais pacientes. Temos duas máquinas de radioterapia instaladas no hospital. Poderíamos atender até 100 pacientes por mês. Não é por falta de condições que o hospital não recebe mais pacientes", diz. 

Nova reunião

A Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Prefeitura informou que a Secretaria de Saúde já discute o problema com a DRS. Uma nova reunião será realizada no dia 11 de fevereiro para definir as providências a serem tomadas em relação ao encaminhamento de pacientes com câncer nos hospitais do município.

Serviço de radioterapia superficial do Oswaldo Cruz, no Recife, é suspenso.

Vinte e sete pacientes que utilizam o serviço de radioterapia superficial do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife, serão transferidos, a partir desta quarta-feira (05), devido à suspensão de atendimento na unidade, por falta de profissional habilitado para operá-la. Esses pacientes possuem lesões do tipo quelóide -- cicatrizes com formações benignas que ultrapassam os limites de um ferimento causado por inflamação, queimadura ou cirurgia.
De acordo com informações repassadas pela unidade de saúde, o Conselho Nacional de Energia Nuclear exige que um médico físico nuclear, habilitado pela própria entidade e também pela Associação Brasileira de Medicina Nuclear, seja o responsável pelo funcionamento do serviço.
No caso do Oswaldo Cruz, o profissional que preenchia essas duas características se aposentou há três anos. O médico que atua hoje no setor só tem a habilitação junto à Associação, mas não possui o treinamento dado pelo Conselho.
Em nota, a assessoria de comunicação do hospital informou que o problema se deve a "ausência de profissional disponível especializado no mercado". No último concurso realizado pela unidade de saúde, nenhum médico com as duas qualificações se apresentou. Caso esse profissional apareça, o serviço poderá ser reaberto.
O hospital diz ainda que a radioterapia superficial era oferecida exclusivamente na unidade, mas o tratamento para esse tipo de quelóide pode ser feito através do chamado "tratamento conservador", que dispensa a técnica e se utiliza de outros procedimentos para tratar o problema. Os pacientes serão redistribuídos para a rede pública, mas não há informação sobre quais hospitais há disponibilidade para esse tipo de tratamento.
Outra radioterapia
Em julho próximo, o serviço de radioterapia de alta complexidade do HUOC -- destinado ao atendimento de pacientes com câncer -- deverá começar a funcionar. A direção da unidade ainda vai avaliar a necessidade de haver ou não o profissional com dupla certificação.

Os equipamentos para o novo setor de radioterapia foram comprados em 2007 e ainda não entraram em uso. Dois mil pacientes de câncer, por ano, podem ser beneficiados com a inauguração da unidade. A diretoria do Hospital Oswaldo Cruz informou que está aguardando liberação de recursos do Ministério da Sáude para a conclusão dos 5% restantes da obra.
Veja, abaixo, a íntegra da nota divulgada pelo Hospital Oswaldo Cruz:
"O Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), ligado à Universidade de Pernambuco (UPE) suspende, a partir desta quarta-feira (05), o serviço de Radioterapia Superficial para o tratamento de pacientes com quelóides. A decisão prende-se ao fato da ausência de profissional disponível especializado no mercado, de acordo com exigência do Conselho Nacional de Energia Nuclear.
A diretoria ainda informa que os 27 pacientes em tratamento com lesões benignas serão encaminhados à rede de hospitais públicos.
Enquanto isso, o hospital acelera o processo de conclusão das novas instalações do serviço de Radioterapia de Alta Complexidade, para tratamento oncológico, com início previsto para julho deste ano".

Cnen debate melhoria da qualidade e segurança em radioterapia

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) promove hoje (11) em sua sede, no Rio de Janeiro, um workshop com profissionais de diversas áreas ligadas à radioterapia, visando debater recomendações que levem à melhoria da qualidade e da segurança do tratamento de radioterapia no país. A incorporação dessas recomendações será sugerida ao Ministério da Saúde e à Sociedade Brasileira de Radioterapia.
O objetivo é aperfeiçoar o sistema regulatório, a fim de evitar a repetição de acidentes como o registrado em 2012, quando a menina Maria Eduarda, de 7 anos, que se tratava de uma leucemia, morreu vítima de queimaduras graves durante sessões de radioterapia no Centro Radioterápico San Peregrino, que funciona dentro do Hospital Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, na Tijuca, zona norte do Rio.
Logo após o acidente, foi formada uma comissão técnica de estudos na Cnen, composta por especialistas em radioterapia, em radioacidentados, em física médica, além de representantes da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro (Visa-RJ) e da própria Comissão Nacional de Energia Nuclear, para analisar as causas e consequências do caso, bem como elaborar um relatório sobre o episódio.
A titular da Coordenação Geral de Instalações Médicas e Industriais (CGMI) da Cnen, Maria Helena Marechal, disse à Agência Brasil que a comissão técnica constatou que não houve falha do ponto de vista de controle da regulação. “Na verdade, houve um erro, uma falha no planejamento do tratamento da criança. E esse erro não foi constatado pelo físico nem pelo médico”.
Maria Helena explicou que quando ocorreu o acidente com Maria Eduarda, a Cnen se achava em processo de revisão da norma específica de radioterapia. Essa norma incorporou várias recomendações da comissão de estudos, muitas das quais já estão sendo implementadas. Elas estão sendo discutidas hoje, com foco no tratamento do paciente, embora essa responsabilidade seja do médico.
“Nós já introduzimos melhorias em relação a obrigatoriedade de uma dupla assinatura do planejamento do tratamento do paciente por dois físicos, o acompanhamento da primeira sessão e ao longo do tratamento pelo médico responsável e pelo físico, com assinatura. Isso tudo já foi incorporado na nossa norma e nas nossas inspeções”, disse a coordenadora da CGMI. 
Maria Helena destacou a importância do envolvimento das vigilâncias sanitárias para atuar nas inspeções desses casos, embora reconheça que esses órgãos não dispõem, em sua maioria, de um corpo técnico como a Cnen. Também a sociedade dos médicos deve ajudar, “porque eles (médicos) são o maestro de todo esse time”, para que esses profissionais tenham um compromisso de sempre supervisionar o tratamento do paciente.
“Tem que haver um acompanhamento muito próximo, para evitar que falhas como a de Maria Eduarda voltem a ocorrer”, indicou. Essa recomendação já consta de documento da Sociedade de Física Médica e da Sociedade Brasileira de Radioterapia em relação ao programa de controle de qualidade dos serviços de radioterapia. A coordenadora da CGMI salientou a necessidade de implantação de um modelo padrão para a ficha de tratamento do paciente, de maneira que quando o técnico pegar aquela ficha, esteja muito claro quais os parâmetros que ele tem que introduzir na máquina para o tratamento do paciente. 
Segundo Maria Helena, o Brasil está vivendo um momento muito importante para a área de radioterapia, com a introdução de 80 novos aceleradores, que foram adquiridos pelo Ministério da Saúde. Os projetos começarão a ser analisados para a instalação das salas. “Nós temos o desafio de 80 novas salas de tratamento. Hoje em dia, nós contamos com 250 serviços de radioterapia no país. É um percentual de aumento importante no atendimento à população, porque tem aí uma demanda reprimida”. 
Ela acredita que o controle vai ser maior a partir de agora, “na presença do físico e do médico, na dupla assinatura do planejamento, na ficha de tratamento do paciente, no acompanhamento desse paciente. E cada serviço tem que passar, anualmente, por uma auditoria de qualidade independente”. Essa já é uma exigência da Cnen, para ver o controle de qualidade que existe implementado no serviço. A padronização da ficha minimiza a possibilidade de ocorrência do tipo de acidente que matou Maria Eduarda, disse Maria Helena.
A norma da Cnen consta da Resolução 130 da Cnen e foi publicada no final de 2012. Os serviços que se encontram em funcionamento têm dois anos para se adaptarem à nova norma. Já os serviços novos têm que obedecer integralmente aos requisitos da Comissão. O ano de 2014 é o prazo para que todos os serviços estejam integralmente atendendo à norma.
Segundo Maria Helena, é preciso que haja uma maior divulgação das recomendações feitas pela comissão de estudos, para que sejam adotadas e assimiladas pelos serviços de radioterapia em todo o Brasil.
A adoção das recomendações pelas clínicas de radioterapia impedirá que acidentes como o de Maria Eduarda voltem a ocorrer. “Você minimiza a probabilidade de ocorrer esse tipo de acidente e outros. É assim que você trabalha no mundo”, acrescentou.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

São Paulo - Setor de Radiologia do Hosp. das Clinicas estão de greve


Os profissionais da radiologia do HC estão em greve por tempo indeterminado com a reivindicação de melhorias salariais, melhores condições de trabalho, 40% da insalubridade em cima de dois salários mínimos, PIN (prêmio Incentivo) nos valores correspondentes ao HC ribeirão Preto, correção no PPP (plano profissional psicográfico), vale refeição que por mais de 10 anos foi no valor de R$ 4,00, depois reajustado para R$ 8,00, com promessa de aumento semestral para R$ 12,00 e depois R$ 16,00 mas que nunca aconteceu, entre outras reivindicações.

 A categoria luta também para pedir um basta ao assédio moral que vêm sofrendo por parte dos seus superiores, e relatam ainda que acordos anteriores já foram fechados, mas não foram cumpridos, por isto, não aceitaremos mais promessas em vazias, sem comprometimento e verdade.

O Sintraresp abraçou esta causa e dará todo apoio necessário aos companheiros HCnianos, pois a luta destes companheiros, também é nossa luta.

Foi realizado um ato aos arredores do HC, e esperamos contato dos representantes do Hospital, ou mesmo do secretário de saúde ou do Governador para que possamos abrir um canal de diálogo e discutir as melhorias necessárias

O absurdo no HC está tão grande, que, os profissionais da radiologia recebem atualmente do Governo de São Paulo, o valor lastimável de R$ 339,00 como salário base, com vales- refeição que não compram nem uma simples coxinha e outras mínimas gratificações que completam um salário minúsculo e sem mínimas condições para sobreviver.

As condições de trabalho também são caóticas e estes funcionários ainda são obrigados a se submeter ao assédio moral praticado pelos seus superiores. Assim como o sindicato tem lutado pela categoria, está será mais uma causa que sairemos vencedores, pois, o Sintaresp não recuará.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Dica - Nada de desculpas no trabalho

R7 Mentira 300x200 Nada de desculpas no trabalho
Culpar o trânsito e inventar doenças para justificar atrasos ou faltas no trabalho é uma atitude bastante perigosa. Não pense que o chefe vai acreditar sempre nas suas mentirinhas. Ele vai desconfiar, embora muitas vezes não questione o verdadeiro motivo dos atrasos. Vai correr o risco? Não esqueça que há colegas que percebem e correm pra contar, como forma de ganhar pontos com ele.

1 - Não minta quando precisar faltar ou chegar mais tarde no emprego.
2 - Profissional mentiroso acaba sendo descoberto.
3 - Converse com seu chefe antes de faltar, você poderá compensar a falta em outra oportunidade.
Pior é entregar atestado médico falso. Conheço alguns casos de profissionais que foram demitidos por dizer que estavam doentes e depois o chefe descobrir fotos de viagens postadas no Facebook ou comentários do funcionário nas redes sociais de que estava passeando. Cuidado também ao inventar sintomas de doença ou indisposição para ficar em casa ou porque tem outra entrevista de emprego.
Ainda que a mentira não traga prejuízos imediatos, a imagem do empregado pode ser queimada no mercado. As empresas conversam entre si e um erro pontual pode ser argumento utilizado contra a contratação do profissional no futuro. Por isso, fique esperto. Nada de desculpas esfarrapadas, sobretudo quando você vive momento crítico na empresa.
Fonte - http://noticias.r7.com/blogs/julio-cardozo/2014/02/05/nada-de-desculpas-no-trabalho/

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

EMPREGO - Aberta vaga para Docente na área de Radiologia da Fatec de Botucatu - SP


Aberta vaga para Docente na área de Radiologia da Fatec de Botucatu - SP
Com o objetivo de prover uma vaga de Professor Assistente no curso superior de Tecnologia em Radiologia, a Faculdade de Tecnologia de Botucatu, São Paulo, do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, anunciou a abertura do concurso público 0348/2014 (processo CEETEPS nº. 7698/2013).

A vaga destina-se a atender as disciplinas de Fundamentos de Radiologia e Densitometria Óssea I da área de Radiologia, com jornada de seis horas-aula e contrato em regime celetista. O valor da hora-aula é de R$ 26,66.
Todos os interessados devem realizar inscrição até 15 de fevereiro de 2014 na sede da Faculdade (avenida José Ítalo Bacchi, s/nº., Jardim Aeroporto), das 14h às 21h, apenas em dias úteis, mediante entrega de documentos solicitados em edital e pagamento da taxa, no valor de R$ 40,00. O período começou no último dia 1º de fevereiro de 2014.
Haverá exames de conhecimentos específicos, didático e de memorial circunstanciado e o conteúdo programático está anexo aos editais.
A validade do concurso é de dois anos, a contar de sua homologação e pode ser prorrogada por igual período. Para mais detalhes consulte o edital em nosso site, logo abaixo, e em www.imprensaoficial.com.br.
Jornalista: Iara Valiente

FONTE  - http://www.planetaosasco.com/buscar-concursos/38323-aberta-vaga-para-docente-na-area-de-radiologia-da-fatec-de-botucatu-sp

Uberaba/ MG - Técnicos em radiologia buscam apoio para conseguir equipamento

O anexo onde estão os gabinetes dos vereadores de Uberaba abrigou reunião ontem entre técnicos de radiologia da Prefeitura, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPMU) e a Câmara para tratar de várias demandas da categoria. Na semana passada eles já haviam se reunido na sede da entidade sindical, que posteriormente remeteu ofício à Seção de Segurança do Trabalho solicitando o fornecimento urgente do dosímetro, aparelho para medir as doses de radiação a que são submetidos esses profissionais, bem como sua manutenção devida. 
 
Além do Equipamento de Proteção Individual (EPI), a Diretoria 2013-2016 requer o envio de relatório mensal, constando o nome do servidor, a dosagem diária e o “ciente” de sua exposição. Este EPI é considerado imprescindível para os técnicos de radiologia, pois configura a única forma de monitorar os níveis de radiação a que estão sendo expostos, explica o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos. Ele avalia que se o servidor coloca a própria saúde em risco em prol da saúde da população, nada mais correto do que o amparo necessário ao exercício da sua atividade. 
 
Mas a categoria, formada por 26 profissionais na rede, enfrenta outras dificuldades para atuar, conforme relatos à Diretoria do SSPMU e ao presidente da Comissão de Assistência ao Servidor da Câmara, vereador Marcelo Borjão (DEM). Faltam aparelhos de raios X na rede pública municipal, disseram os técnicos que se reuniram com o sindicato e o vereador, relatando situações de pacientes que tem ser transportados de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para outra em vans lotadas. O relato gerou ofício ao secretário municipal de Saúde, Fahim Sawan, com cópia ao prefeito Paulo Piau (PMDB), para que providenciem o conserto dos aparelhos. 
 
Ontem, os técnicos elencaram outros problemas, como pagamento retroativo das horas extras, situação que se arrasta desde maio do ano passado, como lembra o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos, apesar de compromisso do secretário de liberá-lo. Nova data foi firmada para março, ao que o vereador Marcelo Borjão irá reiterar a demanda através de requerimento que será lido em plenário na semana que vem, com o início das sessões de 2014.
 
Luís conta que enquanto os técnicos assinavam ponto por 20 horas trabalhadas, na prática trabalhavam 24 horas semanais. Outras questões também serão reiteradas através do requerimento assinado pelo vereador, tais como o pagamento do piso da categoria, manutenção do ar-condicionado em todas as unidades e mais envolvimento da gerência nas questões atinentes aos profissionais.

Hospital das Clínicas de Botucatu oferece 228 vagas em concurso público

O Departamento de Gestão de Pessoas (DGP) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFMB) informa que estão abertas e seguem até o próximo dia 26 de fevereiro, as inscrições para o concurso público de nível médio, superior e superior para médicos. A faixa salarial varia de R$ 967,50 a R$ 4.325,00.
As 228 vagas são destinadas aos cargos de: motoristas, agente de saúde (auxiliar de necropsia e auxiliar de farmácia); agente técnico de saúde (citotécnico, técnico de aparelhos eletrônicos médico-hospitalares, técnico de aparelho de precisão, técnico em química); oficial administrativo; oficial de saúde; oficial operacional (oficial de serviços em cine e foto, técnico de segurança do trabalho); técnico de laboratório (análises clínicas) e técnico de radiologia agente técnico de assistência à saúde (assistente social, biologista, psicólogo e terapeuta ocupacional) analista administrativo; analista sociocultural (bibliotecário e relações públicas); analista de tecnologia (tecnólogo em sistema de informação e tecnólogo em sistemas biomédicos); cirurgião dentista; contador; tecnólogo em radiologia; engenheiro civil; arquiteto; engenheiro de segurança do trabalho; médico I nas seguintes especialidades: alergia e imunologia; cirurgia pediátrica; clínica médica; dermatologia; infectologia; ginecologia e obstetrícia; medicina do trabalho; neurocirurgia; neurologia; oftalmologia; otorrinolaringologia; patologia; pediatria; psiquiatria; psiquiatria com área de atuação em psiquiatria da infância e adolescência; radiologia e diagnóstico por imagem e urologia; médico I para atuar na área de neurologia pediátrica.

Para os interessados, as inscrições devem ser feitas exclusivamente por meio do site: www.ibfc.org.br. Os valores das taxas de inscrição são de R$ 30 para os níveis de ensino médio, R$ 38,00 para ensino superior e R$ 45,00 para o ensino superior para médicos.

Navio Hospitalar leva atendimento a ribeirinhos do Vale do Juruá (AC)

De acordo com o capitão de corveta, Ewerton Rodrigues Calfa, comandante da embarcação, essa é a 14ª missão da Marinha do Brasil, em parceira com a Secretaria de Saúde do estado do Acre. A meta é atender ao menos 18 mil pessoas durante a permanência da equipe médica no Juruá.  Uma equipe de 69 pessoas integra a  embarcação que saiu de Manaus no dia 13, e deve retornar no início do mês de abril. Entre os profissionais estão clínicos gerais, obstetra,  enfermeiros, uma farmacêutica, uma técnica de enfermagem e duas técnicas em radiologia.
Comunidade recebe atendimento e medicamentos de graça (Foto: Francisco Rocha/G1)Comunidade recebe atendimento e medicamentos de graça (Foto: Francisco Rocha/G1)
O Dr. Montenegro faz parte da frota de Navios do Comando da Flotilha do Amazonas, subordinado ao 9º Distrito Naval da Marinha. É composto de dois consultórios médicos, dois odontológicos, centro cirúrgico, laboratório para exames básicos, mamógrafo, farmácia e salas de parto, traumas e Raio-X.  
Os primeiros atendimentos estão sendo feitos na área rural de Cruzeiro do Sul. Durante esta  semana os médicos irão atender moradores das vilas São Pedro e Santa Rosa, a cerca de 30 quilômetros da cidade.  A partir do dia 10, a embarcação segue com destino aos municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, na região de fronteira com o Peru.
Para conseguir passar pela ponte no Rio Juruá, que está cheio neste período do ano, o comandante explica que já foi desmontado o mastro do navio que mede cerca e 13 metros de altura.
“Estamos acompanhando diariamente a cheia do Rio Juruá e pelos nossos cálculos com a retirada do mastro é possível que o navio passe embaixo da ponte. No ano passado a equipe médica só conseguiu chegar a esses municípios através de lancha, porque o Navio Carlos Chagas, que estava substituindo o Dr. Montenegro, não conseguiu passar por conta cheia do Rio Juruá”, explica.
Além de consultas e exames, os colonos e ribeirinhos recebem medicamentos grátis.  Para o agricultor Cosmo de Souza Silva, de 38 anos, essa é uma oportunidade que não se pode perder.
“Vim com meus dois filhos e minha esposa para consultar, essa é uma oportunidade rara que não podemos perder. Quem mora na zona rural tem muita dificuldade para conseguir a atendimento nos postos de saúde e no hospital, então, quando aparece uma oportunidade dessas temos que aproveitar”, diz o agricultor.