O anexo onde estão os gabinetes dos vereadores de Uberaba abrigou reunião ontem entre técnicos de radiologia da Prefeitura, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPMU) e a Câmara para tratar de várias demandas da categoria. Na semana passada eles já haviam se reunido na sede da entidade sindical, que posteriormente remeteu ofício à Seção de Segurança do Trabalho solicitando o fornecimento urgente do dosímetro, aparelho para medir as doses de radiação a que são submetidos esses profissionais, bem como sua manutenção devida.
Além do Equipamento de Proteção Individual (EPI), a Diretoria 2013-2016 requer o envio de relatório mensal, constando o nome do servidor, a dosagem diária e o “ciente” de sua exposição. Este EPI é considerado imprescindível para os técnicos de radiologia, pois configura a única forma de monitorar os níveis de radiação a que estão sendo expostos, explica o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos. Ele avalia que se o servidor coloca a própria saúde em risco em prol da saúde da população, nada mais correto do que o amparo necessário ao exercício da sua atividade.
Mas a categoria, formada por 26 profissionais na rede, enfrenta outras dificuldades para atuar, conforme relatos à Diretoria do SSPMU e ao presidente da Comissão de Assistência ao Servidor da Câmara, vereador Marcelo Borjão (DEM). Faltam aparelhos de raios X na rede pública municipal, disseram os técnicos que se reuniram com o sindicato e o vereador, relatando situações de pacientes que tem ser transportados de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para outra em vans lotadas. O relato gerou ofício ao secretário municipal de Saúde, Fahim Sawan, com cópia ao prefeito Paulo Piau (PMDB), para que providenciem o conserto dos aparelhos.
Ontem, os técnicos elencaram outros problemas, como pagamento retroativo das horas extras, situação que se arrasta desde maio do ano passado, como lembra o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos, apesar de compromisso do secretário de liberá-lo. Nova data foi firmada para março, ao que o vereador Marcelo Borjão irá reiterar a demanda através de requerimento que será lido em plenário na semana que vem, com o início das sessões de 2014.
Luís conta que enquanto os técnicos assinavam ponto por 20 horas trabalhadas, na prática trabalhavam 24 horas semanais. Outras questões também serão reiteradas através do requerimento assinado pelo vereador, tais como o pagamento do piso da categoria, manutenção do ar-condicionado em todas as unidades e mais envolvimento da gerência nas questões atinentes aos profissionais.
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