De acordo com o capitão de corveta, Ewerton Rodrigues Calfa, comandante da embarcação, essa é a 14ª missão da Marinha do Brasil, em parceira com a Secretaria de Saúde do estado do Acre. A meta é atender ao menos 18 mil pessoas durante a permanência da equipe médica no Juruá. Uma equipe de 69 pessoas integra a embarcação que saiu de Manaus no dia 13, e deve retornar no início do mês de abril. Entre os profissionais estão clínicos gerais, obstetra, enfermeiros, uma farmacêutica, uma técnica de enfermagem e duas técnicas em radiologia.
O Dr. Montenegro faz parte da frota de Navios do Comando da Flotilha do Amazonas, subordinado ao 9º Distrito Naval da Marinha. É composto de dois consultórios médicos, dois odontológicos, centro cirúrgico, laboratório para exames básicos, mamógrafo, farmácia e salas de parto, traumas e Raio-X.
Os primeiros atendimentos estão sendo feitos na área rural de Cruzeiro do Sul. Durante esta semana os médicos irão atender moradores das vilas São Pedro e Santa Rosa, a cerca de 30 quilômetros da cidade. A partir do dia 10, a embarcação segue com destino aos municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, na região de fronteira com o Peru.
Para conseguir passar pela ponte no Rio Juruá, que está cheio neste período do ano, o comandante explica que já foi desmontado o mastro do navio que mede cerca e 13 metros de altura.
“Estamos acompanhando diariamente a cheia do Rio Juruá e pelos nossos cálculos com a retirada do mastro é possível que o navio passe embaixo da ponte. No ano passado a equipe médica só conseguiu chegar a esses municípios através de lancha, porque o Navio Carlos Chagas, que estava substituindo o Dr. Montenegro, não conseguiu passar por conta cheia do Rio Juruá”, explica.
Além de consultas e exames, os colonos e ribeirinhos recebem medicamentos grátis. Para o agricultor Cosmo de Souza Silva, de 38 anos, essa é uma oportunidade que não se pode perder.
“Vim com meus dois filhos e minha esposa para consultar, essa é uma oportunidade rara que não podemos perder. Quem mora na zona rural tem muita dificuldade para conseguir a atendimento nos postos de saúde e no hospital, então, quando aparece uma oportunidade dessas temos que aproveitar”, diz o agricultor.
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