sábado, 31 de março de 2012

Equipe de radiologia portuguesa distinguida por melhor artigo científico

 
Uma equipa de radiologia portuguesa, que aplica um método inovador de tratamento da hiperplasia benigna da próstata, foi distinguida internacionalmente pelo melhor artigo científico publicado em 2011 no Journal of Vascular Interventional Radiology (JVIR), anunciaram os promotores da iniciativa.
O trabalho distinguido reporta-se a um método de tratamento da hiperplasia benigna da próstata por cateterização desenvolvido pela equipa de radiologia de intervenção do Hospital de St Louis dirigida por João Martins Pisco.

De acordo com a informação divulgada pelo hospital, a equipa de João Pisco conta com a maior experiencia mundial na área, com mais de 240 doentes já tratados, recorrendo a um micro-catéter introduzido pela virilha nas artérias prostáticas, que obstrui a circulação sanguínea na próstata.


Trata-se de uma técnica pouco invasiva, quase sem efeitos secundários, que tem suscitado o interesse internacional e atraído doentes e médicos de todo o mundo.


O responsável, que esteve quarta-feira em São Francisco, nos Estados Unidos, para receber o prémio e participar como conferencista convidado no Congresso Americano de Radiologia de Intervenção mostrou-se muito satisfeito com o reconhecimento.


João Martins Pisco mostra-se simultaneamente surpreendido com o impacto que a técnica por si desenvolvida tem tido a nível internacional, não só pelo prémio agora atribuído, mas também pela procura crescente que tem tido por parte de doentes e médicos de todo o mundo, que vêm a Portugal, os primeiros, submeter-se ao tratamento, os segundos, aprender a técnica para desenvolver nos seus países.


A hiperplasia benigna é a doença mais frequente da próstata, muito comum nos homens a partir da meia-idade e que consiste num aumento do volume daquela glândula, obstruindo as vias urinárias e tornando difícil o ato de urinar.


Segundo João Pisco, as terapêuticas mais frequentes são os medicamentos, nem sempre eficazes e com consequências como a disfunção eréctil, ou a cirurgia, muitas vezes com “complicações muito graves”.


A técnica consiste na introdução, sob anestesia local, através de um orifício na virilha, de um cateter que é dirigido para as artérias prostáticas, monitorizado por um aparelho de raios x digital.


Através desses cateteres, são introduzidas pequenas partículas de plástico que vão entupir e cortar parte da circulação da próstata.


João Pisco destaca as vantagens em relação a outros métodos: Não há perda de sangue, não são necessárias transfusões, o doente leva anestesia local, fica em regime de ambulatório, vai para casa no mesmo dia, deixa de tomar os medicamentos e passa a fazer uma vida normal sem qualquer terapêutica.


A embolização é praticada por esta equipa desde março de 2009 com uma taxa de sucesso que ronda os 85% a 90%.


A hiperplasia benigna da próstata afeta cerca de 70% dos homens com mais de 65 anos, 80% entre os 70 e 80 anos, 90% com mais de 80 anos e a quase totalidade com mais de 90 anos. 

sexta-feira, 30 de março de 2012

Maternidade em Araraquara, SP abre nova seleção para 14 vagas


 O processo seletivo constará da análise do currículo e a contratação se dará por tempo determinado, conforme prevê a legislação municipal.

As vagas de nível superior são para contador (1), farmacêutico (1), fonoaudiólogo (1), nutricionista (1) e psicólogo (1) - o salário é de R$ 2,2 mil. Para os cargos de assistente social (1) e fisioterapeuta (1), o salário também é de 2,2 mil. Para analista administrativo (1), o salário é de R$ 1,7 mil.
Os cargos que exigem ensino médio ou curso técnico são para as vagas de auxiliar geral (1), auxiliar administrativo (1), operador de telefonia (1), reparador geral na área hospitalar (1), técnico em serviços de radiologia com especialização em mamografia (1) e técnico em serviços de farmácia (1), com salários que variam de R$ 850 a 1.350.
Inscrições
Os candidatos devem preencher a ficha de inscrição disponível no edital e entregá-la pessoalmente na FunGota (Rua Carlos Gomes, 1610, Centro), nesta sexta-feira (30) ou entre os dias 2 a 5 de abril, das 9h às 17h.
No ato da inscrição é preciso apresentar original e cópia da cédula de identidade, cópia do certificado ou diploma do curso, cópia do registro profissional de classe e currículo documentado.
O edital completo está disponível no site da Prefeitura e no Diário Oficial de Araraquara.
 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Hospital Regional de Santo Antônio do Descoberto (Goias) a um passo da solução

Um aditivo a um convênio entre o Ministério da Saúde e o município de Santo Antônio do Descoberto poderá por fim à paralisação das obras do hospital da cidade, que já dura seis anos. Com o aditivo, o Estado de Goiás passará a assumir a execução do hospital regional, sendo sugerido também que a administração estadual assuma a dívida do município com a União, ficando como titular da concessão de direito real de uso do hospital o Estado, por 20 anos, e do repasse de recursos federais para aplicação na unidade.
Essas sugestões foram acolhidas em reunião realizada na sexta-feira passada (16), no Ministério da Saúde, entre a coordenadora do Projeto do Entorno no MP, Patrícia Teixeira Guimarães Gimenes, com o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior e equipe, bem como o secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros.
Participaram da reunião também o prefeito de Santo Antônio do Descoberto, David Leite; o procurador do Estado Alerte Martins; o procurador da República Rafael Parreira e o promotor da comarca, Eusélio Tonhá dos Santos.
Conforme informa a coordenadora do projeto, parecer técnico será encaminhado ao Tribunal de Contas da União para suspensão das auditorias do município. Caberá aos Ministérios Públicos Estadual e Federal a elaboração do termo de ajustamento de conduta, que será assinado em breve.
A formalização das soluções será realizada na sede do Ministério Público, em Goiânia, no dia 26 de março, em reunião com representantes do Ministério da Saúde.
A paralisação das obras foi denunciada pelo CONTER no documentário 8 de Novembro Radioativo, em novembro de 2011. De lá para cá, emissoras de TV passaram a cobrar ações do poder público, que finalmente dá sinais de que fará um esforço conjunto para concluir a obra.
O hospital, estimado em mais de cem leitos, além de oferecer atendimento para uma comunidade desassistida pela saúde pública, depois de concluído, vai gerar trabalho para centenas de profissionais da saúde na região.
Fonte: Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO, com adaptações
20/03/2012 

Senac abre inscrições para bolsas de estudos no noroeste paulista Em Araçatuba são oferecidas 483 vagas para diversos cursos. Inscrições devem ser realizadas exclusivamente pela internet.

O Senac do noroeste paulista está com inscrições abertas para um programa de bolsas de estudo para cursos técnicos. Em todo o Estado, 70 mil bolsas de estudos estão sendo disponibilizadas. São 57 mil bolsas para o Programa Senac Gratuidade, com 100% de gratuidade e 13 mil bolsas parciais com pelo menos 50% de gratuidade.
Segundo o gerente do Senac de Araçatuba (SP), Emmanoel Flores de Andrade, na região estão sendo oferecidas 3.426 vagas. “Dessas vagas, 483 são em Araçatuba, 989 em Votuporanga e 1459 em São José do Rio Preto”, explica.
Os cursos oferecidos são para: assistente administrativo, técnico em enfermagem, técnico em informática, técnico em radiologia e técnico em segurança do trabalho.
Para se candidatar, Andrade explica que é necessário ter renda familiar de até dois salários mínimos per capital de R$ 1.244. “No caso desse cálculo é preciso somar a renda de todos os membros da família e dividir pelo número de membros. Vale ressaltar que o candidato não pode estar matriculado ou participando de outros processos de bolsas no Senac”, diz.

Os interessados serão contemplados por ordem de inscrição. Por isso o cadastro deve ser feito com antecedência pelo site.
 

Radiologia Industrial

Sintaresp cobra regularização de contratações na indústria com base em convenção coletiva

A direção do Sintaresp pediu reunião com a diretoria de 23 empresas metalúrgicas para discutir a adequação do quadro de funcionários dessas empresas à convenção coletiva assinada com a Fiesp, no final do ano passado. O objetivo da direção do sindicato é garantir que onde sejam exercidos funções de radiologia, o trabalho seja desenvolvido por profissional qualificado e registrado. Hoje em muitas empresas trabalhadores que não têm formação em radiologia operam equipamentos que emitem radiação, expondo a própria saúde e a da coletividade a riscos.Com essa iniciativa, o sindicato espera criar novas vagas de trabalho no setor industrial.
Além disso, o Sintaresp cobrará dessas empresas também o respeito a todas as cláusulas da convenção coletiva, especialmente a jornada de trabalho semanal de 24 horas, o pagamento do adicional de insalubridade (40%) e os benefícios sociais.
“Inicia-se o processo de organização nas indústrias. Sabemos que será um embate e que o caminho será longo, mas nossa proposta é gerar centenas de vagas com carteiras registradas na radiologia industrial. Ao fazer esse trabalho, o Sintaresp quer combater também a existência de situações quase análogas à escravidão, sobre as quais recorrentemente vemos denúncias nos meios de comunicação, mas não existe fiscalização efetiva. No que for possível, o sindicato cumprirá esse papel fiscalizador dos direitos dos trabalhadores da radiologia”, destaca Aristides Daniel (o Ari), presidente do Sintaresp.
O Sintaresp pretende verificar as condições de trabalho e discutir o respeito à convenção coletiva da categoria em todo o Estado.

Fonte - Sintaresp

UPA Zaíra, em Mauá, funciona há 3 meses sem aparelho de raios X

Texto de autoria da jornalista Maíra Sanches, do "Diário do Grande ABC"

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Zaíra, em Mauá, que foi inaugurada em dezembro, ainda não tem aparelho de radiologia em funcionamento. A Prefeitura, no entanto, prometeu que o equipamento finalmente será instalado na tarde de hoje. Em janeiro, o Diário publicou denuncia sobre o problema. Naquela época, a administração alegou que técnicos teriam de verificar se havia vazamento de radiação na sala. Desta vez, a explicação foi de que "o funcionamento exigiu readequações que atrasaram sua utilização."
Nesse período, os pacientes que precisaram tirar raio X foram encaminhados, principalmente, para o sobrecarregado Hospital Nardini. Só que a proposta das UPAs é justamente desafogar a rede de emergência. Nesta semana, a equipe do Diário voltou ao local e a própria atendente informou, na terça-feira, que a situação permanecia. A sala de espera estava lotada e apenas um clínico geral atendia aos pacientes.
O desempregado Marcelo Gomes, 26, levou a mulher em outros dois prontos-socorros antes de chegar à UPA. No PA (Pronto Atendimento) Central de Santo André e no Hospital Nardini. Ambos estavam cheios. A paciente reclamava de fortes dores Abdominais e aguardava a consulta há três horas. "Não sabemos quando será atendida. Mas se ela precisar de alguma radiografia, já sei que terei de procurar o quarto hospital. Todos sabem dessa situação no bairro (Zaíra)", desabafou Marcelo. 
A ex-funcionária da UBS (Unidade Básica de Saúde) Zaíra 2 Isabel Sales, 47, conhece a situação de perto. É líder comunitária do bairro e lida com as necessidades dos usuários da rede pública. Segundo ela, há insatisfação do corpo médico da unidade por conta do excesso de trabalho. "Eles não têm condição de trabalhar como querem. Vários pediram demissão. Por enquanto, a UPA é carcaça de enfeite", reclamou.
A Secretaria de Saúde informou que está firmando convênio com a Fundação do ABC para ampliar a equipe de profissionais da UPA. A unidade custou R$ 2 milhões e foi implementada em parceria com o governo federal. A capacidade de atendimento da UPA tipo 2 é de 300 pacientes por dia.
NOVAS UNIDADES
Essa foi a primeira UPA inaugurada na cidade. A cerimônia contou com a presença do ministro Alexandre Padilha, que volta a Mauá amanhã para entregar, na companhia do prefeito Osvaldo Dias (PT), a segunda unidade, na Vila Assis. 
A terceira UPA está prevista para ser entregue dia 31, na Vila Magini. A última será erguida no Jardim Maringá, ainda sem data definida.  Paulo Eugenio garante ter zerado fila para mamografia. A dificuldade para realização do exame de mamografia fez parte da vida de milhares de mulheres de Mauá por, pelo menos, um ano. Em janeiro, a fila tinha 3.000 pessoas e a Prefeitura assumiu o problema. Ontem, o vice-prefeito e secretário de Saúde Paulo, Eugenio Pereira, informou que, conforme previsão estipulada, a fila foi zerada neste mês. O diagnóstico por imagem é utilizado para identificar nódulos não palpáveis que podem resultar em câncer de mama.
Na época, o vice-prefeito alegou que o acúmulo foi causado por causa do período de cinco meses em 2011 em que Prefeitura ficou sem contrato com a empresa prestadora do serviço. Os testes são realizados na Imamed - Diagnóstico Médico, na Vila Bocaina. Por lá, cerca de 1.000 exames são feitos por mês.
No ano passado, 572 casos de câncer de mama foram diagnosticados em Santo André, São Bernardo e São Caetano.


Fonte: Maíra Sanches, do "Diário do Grande ABC"

terça-feira, 20 de março de 2012

Deputado quer critérios claros em exames de mamografia

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso estuda aprovar uma lei que define critérios para a certificação de controle de qualidade dos exames de mamografia nos hospitais públicos e particulares. A iniciativa, de autoria do deputado Nilson Santos (PMDB), prevê a obrigatoriedade para as os hospitais e as clínicas de radiodiagnóstico das redes privadas e públicas de Mato Grosso que realizam o exame de mamografia.
 
Com aprovação da lei, as empresas e o setor público terão que fornecer selo de qualidade emitidos pelo Colégio Brasileiro de Radiologia. A lei prevê também, que o médico responsável pelo laudo do exame de mamografia, obrigatoriamente, seja especialista em radiodiagnóstico ou possua titulação de especialista em mamografia expedida pela sociedade médica legalmente reconhecida.
 
No projeto de lei, Nilson Santos justifica que o exame de mamografia só poderá ser realizado por técnico em radiologia nas instituições hospitalares de referência no estado.
 
De acordo com o deputado, a proposição tem a finalidade de assegurar a qualidade dos exames de mamografia realizados pelos hospitais e pelas clínicas de radiodiagnóstico, possibilitando a detecção precoce do câncer de mama.
 
Nilson Santos afirma que o projeto se baseia no incontestável consenso médico de que a mamografia, atualmente, é o método mais eficaz para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
 
Um exame com alto padrão de qualidade pode visualizar, entre 85% e 90% dos casos, um tumor dois anos antes de ocorrer acometimento ganglionar, em mulheres com mais de 50 anos de idade.
 
Dados de pesquisas revelam que nos casos em que a detecção é feita precocemente, o índice de cura é alto e a qualidade de vida é garantida. Desde 2003 as neoplasias malignas foram a segunda causa de morte na população, representando quase 17% (140 mil) dos óbitos de causa conhecida.

Equipamentos radiológicos exigem cuidado no descarte

Aparelhos devem ser identificados e armazenados de forma correta para evitar contaminação
 
Enquanto a tecnologia proporciona avanços cada vez maiores no uso da imagem na medicina, a preocupação com o descarte desses equipamentos radiológicos também aumenta. O risco está em equipamentos que emitem radiação mesmo estando desligados e que descartados incorretamente podem gerar sérios prejuízos ao meio ambiente. Segundo o médico radiologista e vice-presidente da Associação Gaúcha de Radiologia, Dakir Duarte, existem dois tipos de aparelhos usados pela especialização. Um deles emite radiação em tempo integral e o outro pode ser descartado como sucata, pois não causa danos maiores à saúde.
 
-Equipamentos como os de raios-X emitem radiação somente quando são ligados e estão estabelecendo passagem de correntes de alta frequência. Esses podem ser descartados como qualquer outro objeto. Já aqueles que contêm princípios radioativos emitem radiação mesmo desligados. Esses sim são um problema para saúde e para o meio ambiente- assinala Dakir.
 
A exposição a materiais radioativos pode provocar lesões no sistema nervoso, nas funções gastrointestinais, na medula óssea, desencadear quadros de diversos tipos de câncer, podendo, inclusive, levar à morte. O procedimento correto de descarte conta com o armazenamento dos materiais radioativos em tanques de aço inoxidável recobertos por concreto. Esses blocos devem ser depositados em minas profundas sob solo, onde não haja contato com o meio ambiente ou seres vivos. 
 
Desde 2004 entrou em vigor uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa que fixa parâmetros para a destinação final dos resíduos de radiologia. A legislação determina que efluentes líquidos dos setores de geração de imagens de hospitais, clínicas e serviços de radiologia são obrigados a seguir um regulamento técnico.
 
O descarte correto de equipamentos radiológicos evita acidentes ambientais como o ocorrido em Goiânia, em 1987. O caso Césio-137 foi decorrente do contato humano com um antigo aparelho utilizado em radioterapias que continha o material Césio. Após quase 25 anos da fatalidade, o assunto ainda é lembrado quando se trata do armazenamento dos materiais atômicos e os riscos do contato com eles.
 
Associação Gaúcha de Radiologia
 
A Associação Gaúcha de Radiologia, filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia, é uma entidade científica que congrega médicos radiologistas do Rio Grande do Sul, que utilizam radiações ionizantes ou outras formas de energia, para fins de diagnóstico e tratamento. Seu objetivo principal é promover, aprovar e incentivar o aperfeiçoamento dos médicos radiologistas, nos campos científico, ético e social. A Associação Gaúcha de Radiologia é a representante maior no Estado do Rio Grande do Sul, dos médicos que trabalham com métodos de imagem. Sua área de abrangência engloba radiodiagnóstico, radioterapia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, medicina nuclear, ressonância magnética, desintometria, mamografia e radiologia vascular e intervencionista

segunda-feira, 19 de março de 2012

CBR alerta sobre técnicos em dupla jornada

O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) emitiu um comunicado recentemente alertando para os riscos na contratação de técnicos em radiologia já empregados em outros prestadores de serviços radiológicos.

De acordo com o texto na Lei no 7.394/85, que regulamentou a profissão dos técnicos em radiologia, a jornada de trabalho semanal desses profissionais deve limitar-se ao máximo de 24 horas (Art. 14). O objetivo da lei é claro: proteger este profissional da exposição continuada à radiação e deve ser respeitada.

Quando o funcionário trabalha para mais de um empregador poderá , na somatória geral , ultrapassar o limite recomendado pela lei e que garante a proteção à sua saúde.

Em caso de ocorrer alguma doença que possa ser classificada como funcional e que seja constatada ser em decorrência desta exposição,o técnico em radiologia poderá ajuizar uma demanda trabalhista contra qualquer um dos contratantes de seus serviços.

Uma vez ajuizada a ação trabalhista contra um desses empregadores, a contraprova a ser realizada por este empregador será muito difícil e desgastante. Além disso, o histórico de decisões da Justiça do Trabalho demonstra que a tendência é que o parecer concedido seja favorável ao empregado.

O CBR orienta que este risco deve ser evitado e esta conduta – de não contratar técnicos que atuam em jornada dupla – resguarda o empregador de eventual fiscalização e sanção imposta pelo Ministério do Trabalho e da Saúde , de órgãos estaduais e municipais , em razão da extrapolação da jornada de trabalho do técnico em radiologia.

Adaptado de matéria publicada no Boletim do CBR , fev 2012 – n 287.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Aprovada atualização da lei que regulamenta profissão de técnico em radiologia

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (14), por unanimidade e terminativamente, projeto para atualizar a Lei 7.394/1985, que regulamenta o exercício da profissão de técnico em radiologia. A proposta amplia o escopo da lei para incluir bacharéis em Ciências Radiológicas e tecnólogos em radiologia. A proposta ainda precisa ser votada em turno suplementar.
O texto acolhido é um substitutivo da relatora, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), elaborado a partir do PLS 26/2008, do senador Paulo Paim (PT-RS). Na justificação do projeto, Paim argumenta que a evolução de equipamentos e técnicas de radiologia exigiram a ampliação e diversificação da formação dos profissionais que atuam na área, levando à necessidade de atualização da legislação em vigor.
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) modificou o projeto original para aperfeiçoar alguns artigos, conforme sugestões recebidas das categorias envolvidas. O texto aprovado na CAS regulamenta a atuação profissional nas áreas de radiologia convencional, imageologia, medicina nuclear, radiologia e irradiação industrial e radioinspeção de segurança.
De acordo com o projeto, podem exercer atividades nessas áreas os portadores de diploma de ensino superior com grau de Bacharel em Ciências Radiológicas; de diploma de ensino superior com grau de Tecnólogo em Radiologia; e de certificado de conclusão do ensino médio, com formação mínima de Técnico em Radiologia com habilitação específica. Os profissionais devem estar inscritos no Conselho Regional de Técnicos em Radiologia.
A supervisão da proteção radiológica e da aplicação das técnicas previstas na lei, conforme o substitutivo, tanto é atribuição do bacharel em Ciências Radiológicas como do tecnólogo em Radiologia, sendo que ambos podem também exercer atividades nas áreas em que possuírem formação específica. Na inexistência desses profissionais, poderá o técnico em Radiologia supervisionar a aplicação das técnicas radiológicas.
Atividades de pesquisa e ensino, no entanto, são restritas aos bacharéis. E com relação a atribuições específicas dos técnicos em Radiologia, o texto prevê o exercício profissional nas habilitações obtidas nos cursos técnicos.
O substitutivo assegura o exercício da profissão àqueles que efetivamente atuavam na área antes de junho de 1986, mas prevê multa para a instituição que contratar profissional que não atenda ao conjunto de requisitos exigidos a partir do momento em que a lei for atualizada.
Iara Guimarães Altafin
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Instituto César Santos promove seminário sobre técnica em Mamografia em Manaus

Evento será realizado no final de março na capital do Amazonas.
A experiência no serviço de Radiologia do Rio Grande do Sul será tema de seminário em Manaus. O Instituto César Santos, em parceria com a clínica Sensumed Fundação do Câncer do Amazonas, realiza seminário sobre Técnica em Mamografia, de 22 a 25 de março.
A atividade conta com palestras da técnica em radiologia, application da Siemens e IBF, Maria da Graça Magalhães, reconhecida nacionalmente por seu trabalho na área de mamografia. Outro destaque é o doutor e mestre em física, Gerson Feldmann, que será ministrante do evento e fará suas considerações sobre o tema. O evento é destinado a técnicos, tecnólogos, médicos e residentes da área.
Inscrições e informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone (92) 2129-5600 ou site [www.cesarsantos.org.br]. O curso tem carga horária de 30 horas, dividido entre 20 horas teóricas e 10 horas práticas. As aulas serão realizadas no auditório da Clínica Sensumed, Rua São Luiz, 510 - Bairro Adrianópolis).
Perfil-O Instituto Cesar Santos foi criado em 2005 através da filha e dos netos do Dr. Cesar José dos Santos. Está voltado para a área de educação, como forma de prestigiar o trabalho desenvolvido durante vários anos pelo seu patrono. Tem o propósito de disseminar o estudo e a pesquisa científica, em todos os níveis de conhecimento, qualificando gerações de cidadãos, como forma de edificar sólidos pilares na construção de uma sociedade justa e fraterna. |.Jackeline Moraes /.Marcelo Matusiak

III Simpósio de Radioimaginologia da JAM Cursos em Saúde no Hospital Federal da Lagoa

Público Alvo: Técnicos, Tecnólogos e Estudantes de Radiologia
Certificado que Vale Título, Material de Apoio e Coffee-break
22 de Julho de 2012 (Domingo) - VAGAS LIMITADAS ***

Programação

8:30 às 9:00 hs – Cerimônia de Abertura

9:00 às 9:50 hs – Radiologia Digital x Qualidade
Dr. Antônio Biasoli Mendes Júnior - Responsável pelo Serviço de Radiologia do Hospital Barra D'Or

9:50 às 10:30 hs – A Evolução da Mamografia
Dr. Hilton Augusto Koch – Responsável pelo Serviço de Radiologia da Santa Casa da Misericórdia do RJ

10:30 às 10:50 hs – Coffee-break

10:50 às 11:30 hs – Humanização no Atendimento
Tr. Geraldo Gomes da Silveira - Conselheiro do CONTER

11:30 às 12:10 hs – Radiologia Ortopédica Comparada Entre as Diferentes Espécies: Humana e Veterinária
Dr. Nelson de Souza Pinto – Médico Veterinário e Prof. Radiologia Humana e Veterinária da UNESA

12:10 às 13:50 hs – Almoço Livre

13:50 às 14:30 hs – Radiologia Odontológica e sua Evolução
Tn. Marcelo Becquerel - Diretor do Sindicato dos Técnicos em Radiologia do RJ

14:30 às 15:10 hs - A Importância da Psicologia na Radiologia
Psicólogo Odenyr Filho - Gestor de RH e Prof. JAM Cursos em Saúde

15:10 às 15:30 hs – Intervalo e Sorteios

15:30 às 16:10 hs – Estudo da Espondilolistese na Tomografia Computadorizada
Tn. Rogério de Andrade - Mestrando em Proteção Radiológica e Prof. JAM Cursos em Saúde

16:10 às 16:50 hs – Incidências Complementares da Mamografia
Tn. Andréa Biggi – Profª Mamografia e Diretora da JAM Cursos em Saúde

17:00 hs – Encerramento e Entrega de Certificados

Informações Complementares

Local: Auditório do Hospital Federal da Lagoa
End.: Rua Jardim Botânico, 501 – Jardim Botânico – Rio de Janeiro - RJ
Informações: (21) 2518-5989, (21) 2283-5877
Inscrições abertas até 09 de Julho de 2012 ou esgotarem as vagas ***
Não serão realizadas inscrições no local
Investimento: R$ 85,00
Depósito em conta: Banco Itaú, Agência: 0093, C/C: 72900-2
Confirmar pelos telefones: (21) 2518-5989, (21) 2283-5877
*** Antes de efetuar o depósito entre em contato a fim de confirmar se há vagas disponíveis.
Imediatamente após realizar o depósito, envie comprovante de depósito, telefones e nome completo para o email talentos.radiologia@gmail.com
Em caso de desistência, não há devolução do valor

segunda-feira, 5 de março de 2012

Detecção de Nódulos Hepáticos por Métodos de Imagem

A detecção de nódulos hepáticos através dos métodos de imagem têm um impacto semelhante na década atual aos estudos relacionados à investigação de nódulo pulmonar solitário no final do século passado.A Dra. Carmem Silvia do Val nas considerações iniciais da sua tese destacou a evolução constante dos métodos de imagem “ o que têm levado ao aprimoramento da detecção dos nódulos de carcinoma hepatocelular em pacientes cirróticos”.
O trabalho voltou-se para análise específica de 20 pacientes que estavam na fila de espera de transplante hepático propôs comparar prospectivamente a sensibilidade e a especificidade dos diferentes métodos dos diferentes métodos de diagnóstico por imagem na detecção de nódulo hepáticos.
Os pacientes do referido grupo foram avaliados pela ultrassonografia ( por dois examinadores independentes US1 e US2), ressonância magnética (RM) e pela tomografia computadorizada (TC). Os resultados foram comparados com os explantes hepáticos para avaliar os nódulos quanto à localização e ao diâmetro e foram classificados como macronódulo regenerativo, nódulo displásico, carcinoma hepatocelular, hemangioma e hepatocolangiocarcinoma.
Os níveis de sensibilidade e especificidade foram calculadas através de tabelas 2 x 2 e o teorema de Bayes. O nível de significância adotado foi de 5%.

Resultados

O exame anatomopatológico classificou 50 nódulos: 27 (54%) como macronódulo regenerativo, 12 (24%) como carcinoma hepatocelular, 9 (18%) como nódulos displasicos, 1 (2,0%) como hemangioma, 1 (2,0%) como hepatocolangiocarcinoma.

A sensibilidade e a especificidade para detecção de nódulos em geral foram 20% (10/50) e 95% para US1; 18% (09/50) e 98% para US2; 24% (12/50) e 96% para RM;18% (10/50) e 96% para T, respectivamente.

A sensibilidade e a especificidade para detecção de carcinoma hepatocelular foram 42% ( 05/12) e 87% para US1; 42% (05/12) e 89% para US2; 58% ( 07/12 e 87% para RM; e 50% (06/12) e 92% para TC, respectivamente.

A autora conclui que os métodos diagnósticos por imagem avaliados apresentaram sensibilidade e especificidade semelhantes para detecção de nódulos no fígado cirrótico.

A banca examinadora, na foto com a dra. Carmen Silvia Cerqueira do Val Fausto, após sua aprovação foi constituída pelos profs;. Maria Cristina Chemmas, presidente e orientadora, David Carlos Sigueoka, Evandro Sobroza de Mello, Sergio Aron Ajzen e Ilka Regina Souza de Oliveira.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Cientistas querem tratar câncer com aceleradores de partículas

O desafio atual dos cientistas para melhorar os tratamentos contra o câncer é conseguir construir pequenos aceleradores de partículas para produzir feixes de prótons capazes de eliminar células cancerígenas de forma mais eficiente do que a radioterapia. O diretor do Centro Europeu de Física de Partículas (CERN), Rolf-Dieter Heuer, explicou nesta quarta-feira na Conferência Internacional de Pesquisa em Radiologia Oncológica que a meta dos cientistas é "saber o que a medicina precisa e o que pode ser desenvolvido".
Durante os últimos anos, os tratamentos contra o câncer que usavam raio X foram substituídos em alguns hospitais por outros que utilizam feixes de prótons, o mesmo tipo de partículas usadas nas colisões no Grande Acelerador de Hádrons (LHC) do CERN. Esses feixes de prótons se transformam em bisturi mais preciso e eficaz do que os raios X, embora tenham inconvenientes, já que ao entrarem no corpo, o percurso da radiação dessas partículas afeta tanto as células cancerígenas quanto as saudáveis.
O CERN está tentando desenvolver novos tratamentos usando antiprótons para minimizar o efeito da radiação sobre as células não afetadas. Se esses tratamentos forem validados para uso clínico contra o câncer, a primeira aplicação demorará ao menos uma década. "Agora o importante é construir aceleradores menores e baratos para que cada hospital possa tê-los em uma sala de tratamento. Nós podemos produzir os prótons, mas não vamos nos dedicar a gerar essas partículas para hospitais", acrescentou.
O diretor do CERN defendeu o trabalho desse laboratório na pesquisa fundamental e lembrou que algumas das experiências têm enfoque médico, apesar de destacar que esse tipo de pesquisa não pode transformá-lo "em um centro de pesquisa médica". Já o professor de Oncologia na Universidade de Wisconsin, Soren Bentzen, que também está participando da conferência, lamentou que muitos dos remédios usados para tratar o câncer são "excessivamente caros", o que faz com que em algumas ocasiões os pacientes não recebam o tratamento mais adequado.
Bentzen afirmou que uma pesquisa para produzir um remédio desse tipo pode custar cerca de US$ 1 bilhão e defendeu uma personalização do tratamento do câncer. "Contamos com mais parâmetros para descrever cada tumor do que anos atrás. Poderiam ser definidos outros subtipos de tumores para tratamento mais personalizado do que o que existe atualmente", concluiu.