Técnicos de radiologia interromperam os trabalhos nesta segunda-feira (30).
Categoria reivindica melhorias salariais e troca equipamentos na rede.
Técnicos de radiologia da rede pública de Campinas (SP) interromperam os trabalhos na manhã desta segunda-feira (30) e como ato de protesto penduraram chapas de raio-x em varais instalados na principal entrada da Prefeitura. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos, 70% dos 93 profissionais aderiram a paralisação. A Prefeitura não confirmou o número de profissionais parados, mas afirmou que das oito unidades de radiologia, cinco tiveram problemas operacionais. O balanço com o total de exames realizados diariamente também não foi divulgado.
A proposta dos manifestantes é cobrar melhorias nos salários, contratação de novos funcionários e solicitar a troca de equipamentos. Ao menos 20 pessoas participaram do ato. Elas instalaram em barbantes 80 resultados dos exames de radiografia e depois amarraram no corrimão da escadaria do Paço Municipal, o que dificultou o acesso dos pedestres ao prédio. A Guarda Municipal acompanhou o movimento e não houve registro de tumulto.
Reivindicação
O diretor de saúde do Sindicato dos Servidores Públicos, Adauto de Alencar, explicou que as solicitações que motivaram a paralisação foram feitas anteriormente dentro da data base em maio, mas como as demandas não foram acatadas a categoria resolveu em assembleia interromper os trabalhos.
Alencar disse que a rede tem a falta no quadro de efetivo de 35 funcionários. Além disso, o diretor afirma que desde julho foi retirado dos salários dos técnicos o valor de R$ 1,2 mil. A remuneração paga para exercer a função é de R$ 1,8 mil. A pauta da categoria inclui a aposentadoria especial após 25 anos de trabalho e a renovação dos equipamentos que são considerados pelos profissionais como obsoletos.
Os manifestantes também querem um diálogo com algum representante da secretaria, mas até as 12h não foram atendidos. Ainda de acordo com os participantes, a paralisação deve seguir até a próxima quarta-feira (2), caso não ocorra nenhum acordo com a administração municipal.
Reflexos no atendimento
A decisão de interrupção no setor de radiografia interfere no atendimento na rede pública. A Secretaria de Saúde informou por meio de nota que o movimento descumpre decisão judicial, pois deixa sem assistência as unidades de urgência e emergência. Em Campinas, o serviço é disponibilizado em oito unidades municipais de saúde, que são os Hospitais Mário Gatti, Ouro Verde e Celso Pierro, além dos pronto-atendimentos do São José, Campo Grande, Anchieta e duas policlínicas.
Além disso, a secretaria informou que a pauta sindical foi esgotada e a escala de radiologia está sendo debatido internamente e que outras reivindicações foram descartadas, como redução de carga horária de 24 horas para 20 horas e a ampliação de férias de 30 para 40 dias.
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