Para realizar uma série de exames radiológicos, muitas vezes é necessária a utilização de um contraste. Ocorre que a maioria das pessoas desconhece o que é e como reage no organismo.
Segundo o médico radiologista Luiz Antonio Nunes de Oliveira, coordenador da Comissão Nacional de Contrastes do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), os contrastes são substâncias capazes de salientar as densidades naturais entre os tecidos por meio de energias absorvidas e refletidas. Essa característica facilita a visualização de determinadas estruturas, a detecção e a caracterização de lesões nos diversos sistemas.
O médico elucida que há contrastes positivos (iodados e sulfato de bário) e há contrastes negativos (ar, O2, CO2). Os contrastes podem ser administrados por via endovenosa, especialmente os iodados em tomografia computadorizada (TC) e o gadolínio na ressonância magnética (RM); e por via oral ou retal, em geral, utilizando-se o sulfato de bário. Todavia, a administração dos contrastes deve ser supervisionada por médicos radiologistas e com critérios de segurança para os pacientes.
O radiologista informa ainda que a substância é excretada preferencialmente pela urina (99%), mas há também a eliminação pelo fígado, glândulas salivares, lágrima, pele, entre outras (1%). De acordo com o Dr. Luiz Antonio Nunes de Oliveira, há contrastes iodados, iônicos e não iônicos com diferentes propriedades físico-químicas que podem causar reações adversas, como todos os medicamentos.
Em relação à quantidade que pode ser administrada de meio de contraste, o Dr. Luiz Antonio Nunes de Oliveira afirma que, em geral, é utilizado 1 a 2 ml de contraste por kg/peso, quando aplicado endovenoso. “As indicações são clínicas e decididas pelo radiologista. É difícil estabelecer um valor máximo para a dose dos meios de contraste, mas há consenso de que se deva sempre utilizar a menor dose possível, considerando-se particularmente o contexto do exame, a condição clínica do paciente e a urgência do procedimento diagnóstico e/ou terapêutico. Outro aspecto importante é conhecer a função renal antes de administrar ambos os contrastes (iodado e gadolínio) por via endovenosa”, ressalta o médico.
O coordenador da Comissão Nacional de Contrastes do CBR aponta que não há substituto ao contraste para realizar determinados exames de imagem e faz questão de ressaltar que esta substância, quando corretamente aplicada, é imprescindível à prática clínica.
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