Dos quatro acusados, um foi absolvido e não será levado a Júri Popular.
'É um absurdo', diz esposa da vítima sobre decisão.
Dos quatro policiais militares acusados de espancar até a morte o técnico em radiologia Magdiel Wellington, de 28 anos, no dia 21 de abril deste ano, um foi absolvido e os outros três vão esperar o processo em liberdade, desde que sigam as determinações judiciais. Segundo a família da vítima, os quatro já estão em liberdade e devem voltar a trabalhar no município.
De acordo com a decisão, assinada no último dia 3, o Ministério Público, responsável pela denúncia, não conseguiu comprovar a participação do sargento José Lopes Pereira no crime. O documento diz que 'era seu dever como chefe da equipe impedir eventuais abusos, porém, a omissão não pode ser entendida como ação', mas na ausência de provas de que o sargento teria incentivado a conduta dos demais, apenas os outros três acusados vão ser levados ao Tribunal do Júri.
Todos os envolvidos estão em liberdade, desde que sejam cumpridas as determinações da Justiça, entre elas, é proibido o trabalho externo, no qual os réus tenham contato com o patrulhamento; é obrigatória a frequência a tratamento psicológico, enquanto durar a medida; é proibido ausentar-se do estado; entre outros.
A esposa da vítima, Gerusa Sarkis está revoltada com a decisão judicial. Para ela, o sargento tem responsabilidade pela morte do marido, já que era o comandante responsável durante a ação. "É um absurdo. Tudo ocorre porque ele não tomou nenhuma atitude cabível no momento. Ele não teve atitude nenhuma para que aquilo não chegasse a acontecer. Não sei de que forma a juíza tomou essa decisão, mas parece que não existe Justiça", diz. Ainda cabe recurso em relação a absolvição.
Entenda o caso
Quatro policiais militares são acusados de espancar até a morte o técnico em radiologia, Magdiel Wellington, no dia 21 de abril, em Capixaba, cidade distante 72 km de Rio Branco. De acordo com a esposa da vítima, Gerusa Sarkis, Magdiel bebia com um vizinho em frente a casa onde moravam, na cidade de Capixaba. A vítima saiu para consertar a bateria do carro e acabou sendo perseguido pela polícia, segundo ela, porque estava dirigindo o veículo com habilitação vencida.
A enfermeira saiu à procura do esposo e quando voltou, uma viatura estava em frente à garagem de sua residência e o esposo no chão sangrando. O técnico chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.
FONTE - http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/07/pms-acusados-por-morte-de-tecnico-respondem-processo-em-liberdade.html
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