Baleado no coração e no pulmão, o técnico em radiologia Rudi Paulo Santos do Nascimento, de 29 anos, agonizava na calçada quando a Polícia Militar chegou até o local onde ele e a noiva, Flávia Monique Brito Bau, de 26, sofreram uma tentativa de assalto no Campo Grande, Zona Sul. Atendendo aos apelos da jovem, que também foi ferida de raspão, os PMs desrespeitaram a recente resolução da Secretaria da Segurança Pública e levaram as vítimas até o hospital mais próximo.
O comandante-geral da PM, coronel Roberto Meira, já havia sinalizado que os policiais podem fazer o socorro quando não houver nenhuma viatura do Samu ou do resgate por perto. Mesmo com a chegada rápida ao hospital, Rudi não resistiu.
NÃO REAGIU/ Na noite de ontem, o clima na casa do técnico era de revolta. Momentos antes do velório dele no Cemitério dos Girassóis, Zona Sul, familiares estavam inconformados com a violência. “O farol tinha acabado de abrir quando ele foi abordado. Fez um gesto com a cabeça perguntando o que o outro motociclista queria, pensando que era alguém pedindo informações. Foi aí que o garupa atirou várias vezes”, conta Margarete da Silva, irmã da vítima.
No hospital, Flávia reconheceu um rapaz que passava por atendimento médico como o autor dos disparos. Ricardo de Oliveira Pinto, de 30 anos, foi preso em flagrante pelo crime. Segundo seu advogado, Sidney Cruz, a noiva da vítima estava nervosa e se confundiu. Segundo a defesa, o suspeito trabalha em uma farmácia e tinha caído de sua motocicleta quando também foi vítima de uma tentativa de assalto a poucos metros do local onde Rudi foi abordado
Nenhum comentário:
Postar um comentário