O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azárov, declarou nesta
segunda-feira que é possível recuperar os territórios e cidades afetados
pelo desastre da usina nuclear de Chernobyl, que completa 26 anos na
próxima quinta-feira.
"Existem todos os fundamentos para devolver a vida a esses povoados,
cidades e territórios", disse o chefe do governo ucraniano à imprensa
durante uma visita ao Centro de Radiologia Médica de Kiev.
Azárov ressaltou que essa tarefa ajuda na criação de postos de trabalho,
com o consequente aumento das receitas nos cofres do Estado. O
primeiro-ministro lembrou que atualmente restam 31 localidades povoadas
das mais de 2,5 mil que havia na área mais afetada pela catástrofe de
Chernobyl.
Segundo avaliações oficiais, a explosão ocorrida na madrugada do dia 26
de abril de 1986 no quarto reator da central de Chernobyl espalhou até
200 toneladas de material com radioatividade de 50 milhões de curies,
equivalente a 500 bombas atômicas como a lançada em Hiroshima.
A Ucrânia calculou em US$ 180 bilhões as perdas causadas pelo acidente
na planta, produto de erros de projeto e de uma cadeia de erros durante
testes no reator.
A explosão produziu uma nuvem radioativa que primeiro atingiu Belarus e
continuou rumo à Escandinávia, Europa Central (principalmente Áustria e
Alemanha) e Reino Unido, entre outros países.
Segundo cálculos de especialistas ucranianos, o acidente custou a vida
de mais de 100 mil pessoas, embora organizações ambientalistas tenham
elevado esse número para 200 mil.
A radiação continua afetando milhares de habitantes de Belarus, Ucrânia e
Rússia, onde estão 70% dos quase 200 mil quilômetros quadrados de
terrenos contaminados.
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