“Avaliação da faringe de pacientes
portadores de apnéia obstrutiva do sono, por meio de tomografia
computadorizada multislice”, obtida em vigília e durante o sono é o tema
de trabalho apresentado pela dra. Ula Passos, em concurso para obtenção
do titulo de doutor, área de Radiologia, na Faculdade de Medicina da
USP.
A autora esclarece, inicialmente, que a síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono – (SAOS) tem sido cada vez mais estudada devido a sua prevalência e relação com problemas graves de saúde, como o aumento do risco de patologias cardiovasculares. O padrão–ouro para diagnóstico é a polissonografia (PSG), mas - esclarece a autora – este método não permite avaliação anatômica adequada da faringe dos pacientes.
Ao definir os objetivos do trabalho, a dra.Ula Passos buscou avaliar, por meio de imagens de TC multi-slice(TCMS), o aspecto da faringe em indivíduos de um grupo de controle e do grupo com Síndrome da Apnéia Obstrutiva (SAOS) em vigília e durante o sono, observando as modificações sofridas nas estruturas faríngeas circunvizinhas e na coluna aérea; avaliando também o comportamento faríngeo durante o ciclo respiratório nos indivíduos em vigília.
A amostra compreendeu 11 pacientes com SAOS grave, índice apnéia/hipopnéia maior que trinta, confirmados por PSG, e 7 indivíduos sem SAOS, controles, confirmados por PSG por Stardust, todos do sexo masculino.
Os indivíduos, segundo a dra. Ula, foram submetidos a avaliação por TCMS com 16 canais (modelo Brilliance 16, Philips Medical Systems) e polissonografia simultânea. Os exames foram realizados com indivíduos acordados e dormindo, em sono espontâneo. Foram realizadas aquisições volumétricas em ambos os estados (acordando e dormindo) e, posteriormente, avaliação das formatações nos planos axiais, sagitais e das reconstruções em 3D.
Informa, também, que foram realizadas medidas lineares e volumétricas: diâmetro mínimo anteroposterior e laterolateral, área mínima na orofaringe, retropalatal (RP) e retrolingual (RL), diâmetro transverso da língua, espessura da parede faríngea na região retropalatal, distancia entre os ramos mandibulares, diâmetro anteroposterior da língua, comprimento e espessura do palato mole, espessura do tecido gorduroso subcutâneo na região sub-mentoniana, distancia MP-H (da borda superior do hióide ao plano mandibular); volume da coluna aérea, volume das paredes faríngeas laterais, volume da gordura do espaço parafaríngeo e o volume da língua.
Resultados e conclusões
Os resultados obtidos pela dra. Ula Passos mostraram que as medidas significativamente menores encontradas no grupo SAOS, na região retropalatal, foram o diâmetro laterolateral e área. Também houve diferença estatisticamente significativa nas medidas de espessura da língua, do palato, comprimento do palato, distancia MP-H e ângulo mandibular. Foi realizado estudo comparativo entre as medidas lineares e volumétricas da faringe do grupo SAOS em estado de vigília e sono.
Houve redução dos diâmetros retropalatal anteroposterior e laterolateral, da área e do volume da via aérea entre os estados acordado e dormindo.
No grupo controle foram realizados medidas lineares e volumétricas, porem não houve diferença significativas entre os diferentes estados. A variação da medida da área na região retropalatal foi significativa no grupo SAOS durante o estudo dinâmico.
Ao concluir, a autora observou que “em nossa amostra, as vias aéreas superiores de indivíduos do grupo SAOS diferem daquelas dos indivíduos do grupo controle. O grupo SAOS e o grupo controle sofrem modificações diferentes nas suas VAS, quando entram em estado de sono, de forma que as modificações do grupo SAOS são caracterizadas por mudanças significativas de medidas lineares e volumétricas, sugerindo mais suscetibilidade ao colapso faríngeo. O estudo dinâmico demonstrou que, na região retropalatal, indivíduos com SAOS são mais passiveis de colapso faríngeo.
A banca examinadora, presidida pela prof. Eloísa Maria M. Santiago Gebrim, contou com a participação dos seguintes professores: Manoel de Souza Rocha, Regiane Lucia Elia Gomes, Ítalo Roberto de Medeiros e Michel Burihan Cahali.
Fonte:Teses do INRAD 2012 Boletim do INRAD
A autora esclarece, inicialmente, que a síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono – (SAOS) tem sido cada vez mais estudada devido a sua prevalência e relação com problemas graves de saúde, como o aumento do risco de patologias cardiovasculares. O padrão–ouro para diagnóstico é a polissonografia (PSG), mas - esclarece a autora – este método não permite avaliação anatômica adequada da faringe dos pacientes.
Ao definir os objetivos do trabalho, a dra.Ula Passos buscou avaliar, por meio de imagens de TC multi-slice(TCMS), o aspecto da faringe em indivíduos de um grupo de controle e do grupo com Síndrome da Apnéia Obstrutiva (SAOS) em vigília e durante o sono, observando as modificações sofridas nas estruturas faríngeas circunvizinhas e na coluna aérea; avaliando também o comportamento faríngeo durante o ciclo respiratório nos indivíduos em vigília.
A amostra compreendeu 11 pacientes com SAOS grave, índice apnéia/hipopnéia maior que trinta, confirmados por PSG, e 7 indivíduos sem SAOS, controles, confirmados por PSG por Stardust, todos do sexo masculino.
Os indivíduos, segundo a dra. Ula, foram submetidos a avaliação por TCMS com 16 canais (modelo Brilliance 16, Philips Medical Systems) e polissonografia simultânea. Os exames foram realizados com indivíduos acordados e dormindo, em sono espontâneo. Foram realizadas aquisições volumétricas em ambos os estados (acordando e dormindo) e, posteriormente, avaliação das formatações nos planos axiais, sagitais e das reconstruções em 3D.
Informa, também, que foram realizadas medidas lineares e volumétricas: diâmetro mínimo anteroposterior e laterolateral, área mínima na orofaringe, retropalatal (RP) e retrolingual (RL), diâmetro transverso da língua, espessura da parede faríngea na região retropalatal, distancia entre os ramos mandibulares, diâmetro anteroposterior da língua, comprimento e espessura do palato mole, espessura do tecido gorduroso subcutâneo na região sub-mentoniana, distancia MP-H (da borda superior do hióide ao plano mandibular); volume da coluna aérea, volume das paredes faríngeas laterais, volume da gordura do espaço parafaríngeo e o volume da língua.
Resultados e conclusões
Os resultados obtidos pela dra. Ula Passos mostraram que as medidas significativamente menores encontradas no grupo SAOS, na região retropalatal, foram o diâmetro laterolateral e área. Também houve diferença estatisticamente significativa nas medidas de espessura da língua, do palato, comprimento do palato, distancia MP-H e ângulo mandibular. Foi realizado estudo comparativo entre as medidas lineares e volumétricas da faringe do grupo SAOS em estado de vigília e sono.
Houve redução dos diâmetros retropalatal anteroposterior e laterolateral, da área e do volume da via aérea entre os estados acordado e dormindo.
No grupo controle foram realizados medidas lineares e volumétricas, porem não houve diferença significativas entre os diferentes estados. A variação da medida da área na região retropalatal foi significativa no grupo SAOS durante o estudo dinâmico.
Ao concluir, a autora observou que “em nossa amostra, as vias aéreas superiores de indivíduos do grupo SAOS diferem daquelas dos indivíduos do grupo controle. O grupo SAOS e o grupo controle sofrem modificações diferentes nas suas VAS, quando entram em estado de sono, de forma que as modificações do grupo SAOS são caracterizadas por mudanças significativas de medidas lineares e volumétricas, sugerindo mais suscetibilidade ao colapso faríngeo. O estudo dinâmico demonstrou que, na região retropalatal, indivíduos com SAOS são mais passiveis de colapso faríngeo.
A banca examinadora, presidida pela prof. Eloísa Maria M. Santiago Gebrim, contou com a participação dos seguintes professores: Manoel de Souza Rocha, Regiane Lucia Elia Gomes, Ítalo Roberto de Medeiros e Michel Burihan Cahali.
Fonte:Teses do INRAD 2012 Boletim do INRAD
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