Uma pesquisa desenvolvida pela empresa de genoma pessoal 23andMe
revelou, pela primeira vez, uma relação entre tamanho da mama e risco de
câncer. O estudo, publicado na edição desta semana do periódico BMC
Medical Genetics, identificou sete variações genéticas associadas ao
crescimento normal da mama e descobriu que, entre elas, três também
estão diretamente ligadas à doença.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisarem os dados
de 16.175 mulheres que são clientes da empresa americana. Foram levados
em consideração o tamanho do sutiã que eles usavam e também suas
informações genéticas, além de outros fatores, como idade, histórico de
câncer de mama na família e histórico de gravidez. Os autores, então,
observaram os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs, na sigla em
inglês) relacionados ao crescimento normal da mama e ao câncer na
região. Os SNPs são as diferenças que o DNA de uma pessoa apresenta em
relação a uma amostra padrão de DNA.
O coordenador do estudo Nicholas Eriksson explica que outros
trabalhos já haviam associado um tamanho maior da mama entre mulheres
jovens e o risco de câncer, e que os achados dessa nova pesquisa podem
dar suporte genético para explicar evidências como essas. No entanto,
essas conclusões não estabelecem uma relação epidemiológica definida
(por exemplo, que mulheres com tamanho menor de mama têm menos câncer),
mas sim contribuem para uma melhor compreensão das interações entre as
características morfológicas da mama e as chances da doença.
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