Na
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da
USP, em Piracicaba, pesquisa da agrônoma Vanessa Neumann
Silva estudou a morfologia interna de sementes de tomate
e de berinjela por meio de análise de imagens de
raios X e com um sistema computadorizado de análise
de imagens de plântulas (embrião vegetal desenvolvido
dentro da semente), o Seed Vigour Image System (SVIS®).
As
análises mostram que danos nas sementes podem prejudicar
a germinação das duas espécies, que
tiveram o seu potencial fisiológico avaliado com
mais rapidez.
Segundo
a pesquisa, as análises de morfologia interna de
sementes com uso da técnica de raios X permitiram
verificar com eficiência a qualidade das sementes
de tomate e de berinjela, possibilitando identificar sementes
com danos e baixo potencial, que poderiam ser descartadas
dos lotes, evitando-se gastos desnecessários com
o beneficiamento destes materiais. “Além disso,
constatamos que a análise computadorizada de plântulas
é eficiente para avaliar a qualidade das sementes
das duas espécies, permitindo obtenção
de resultados em pouco tempo, com precisão, pois
elas são automatizadas, o que elimina o erro humano
inerente às avaliações manuais”,
avalia.
Como
principais resultados, a análise de raios X permitiu
a visualização clara das partes componentes
das sementes de tomate e de berinjela e, assim, possibilitou
o estudo da relação entre a morfologia interna
das sementes e a germinação. “Verificamos
que a presença de danos nas sementes pode afetar
a germinação, dependendo da extensão
destes e de sua localização”, destaca
Vanessa.
A análise
computadorizada de plântulas com o software SVIS®
mostrou-se eficiente para avaliar o potencial fisiológico
de sementes de tomate e de berinjela. “Foi possível
obter resultados consistentes com a avaliação
de plântulas de tomate e de berinjela após
4 e 5 dias da instalação do teste, respectivamente,
o que é relativamente rápido se comparado
ao teste de germinação, que leva 14 dias para
ser executado”, completa. De acordo com Vanessa, embora
o SVIS® seja patenteado, os resultados da sua pesquisa
podem incentivar pesquisadores brasileiros a desenvolverem
sistemas semelhantes.
Precisão
A obtenção de informações à respeito da qualidade de sementes de forma rápida e precisa é almejada por qualquer sistema de controle de qualidade de sementes. “Técnicas como a análise de imagens de sementes e de plântulas tem revelado grande potencial para avaliação da qualidade das sementes, entretanto não há referências na literatura quanto a possíveis metodologias para avaliação da qualidade de sementes de tomate e de berinjela, hortaliças que contribuem significativamente no segmento de horticultura brasileiro e mundial”, aponta Vanessa.
A obtenção de informações à respeito da qualidade de sementes de forma rápida e precisa é almejada por qualquer sistema de controle de qualidade de sementes. “Técnicas como a análise de imagens de sementes e de plântulas tem revelado grande potencial para avaliação da qualidade das sementes, entretanto não há referências na literatura quanto a possíveis metodologias para avaliação da qualidade de sementes de tomate e de berinjela, hortaliças que contribuem significativamente no segmento de horticultura brasileiro e mundial”, aponta Vanessa.
Sob
orientação do professor Silvio Moure Cicero,
do Departamento de Produção Vegetal (LPV)
da Esalq, a autora do estudo analisou as imagens de sementes
por meio do teste de raios X. A avaliação
computadorizada de plântulas com o software SVIS®
foi realizada no Laboratório de Análise de
Imagens, enquanto que os testes de germinação
e vigor foram realizados no laboratório de Análise
de Sementes. A pesquisadora ainda permaneceu, por um período,
na Ohio State University (Estados Unidos).
Vanessa
desenvolveu, com auxílio do professor Mark Bennett,
no Laboratório de Análise de Sementes da Ohio
State University, o estudo da morfologia de sementes e germinação,
por meio de análises das imagens de sementes e de
plântulas. “A permanência em Ohio proporcionou
grande crescimento profissional e oportunidade de novas
parcerias para futuros projetos de pesquisa interinstitucionais.
Além das etapas da minha pesquisa, desenvolvi, em
parceria com o pesquisador e professor Pablo Jourdan, outros
estudos com sementes de espécies de plantas ornamentais
no Centro de Germoplasma de Plantas Ornamentais (OPGC),
do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)”,
complementa.
A pesquisa
de Vanessa foi desenvolvida no Programa de Pós-graduação
em Fitotecnia da Esalq. O projeto teve auxílio do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) e da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Nenhum comentário:
Postar um comentário