Análise de maturação óssea por meio da radiografia do punho e mão
Alguns autores duvidam do valor comprobatório da análise de ambos os
punhos e mãos para determinar o índice de crescimento de qualquer outra
parte do corpo, partindo do principio da existência de assimetria no
desenvolvimento ósseo desta região. Afirma-se que o lado esquerdo possui
uma maior velocidade de maturação, devido, a esse fator muitos autores
utilizam somente radiografias da mão e punho esquerdo. Em contrapartida a
essa idéia, alguns autores explicam que a assimetria encontrada é tão
ínfima que não convém ser lavada em consideração.A grande quantidade de centros de ossificações aglomerados em uma única região (30 centros de ossificações), a baixa dose de radiação aplicada, e a facilidade no posicionamento, fazem das radiografias de mão e punho as mais usadas para avaliação da idade óssea.
A
técnica de avaliação através do punho e da mão não é aplicada aos
recém-nascidos, dado que o primeiro núcleo carpal é visualizado a partir
do 3° mês. SÉNÉCAL ET AL desenvolveu um trabalho de análise no período
neonatal utilizando o núcleo distal do fêmur, proximal da tíbia,
cubóide, calcâneo e tálus.
No
método de Eklof & Ringertz a avaliação é feita através de uma
mensuração do comprimento e largura dos centros de ossificações,
abarcando idade de 1 a 15 anos.
No método de Greulich & Pyle é realizada uma inspeção visual, partindo do principio de comparação entre a imagem radiográfica e imagens padrões do atlas do desenvolvimento ósseo.
O método Grave – Brown ganha destaque entre os métodos utilizados para determinar a maturação óssea, sendo tomado como padrão de ouro por alguns autores, este método analisa 14 centros de ossificações observando-os antes, durante e depois do pico de velocidade do crescimento puberal. Cada mudança corresponde a um determinado estágio que determina o grau de maturidade óssea.
Estágio 1(A) – falange proximal do 2° dedo – a epífise apresenta a mesma largura que a diáfise;
Estágio 2 (B) – falange média do 3° dedo – a epífise apresenta a mesma largura que a diáfise;
Estágio 3 (C) – gancho do hamato – estágio 1;
Estágio 4 (D) – surgimento do pisiforme;
Estágio 5 (E) – rádio – epífise apresenta a mesma largura que a diáfise.
Os estágios acima citados ocorrem antes do pico de velocidade de crescimento puberal.
No método de Greulich & Pyle é realizada uma inspeção visual, partindo do principio de comparação entre a imagem radiográfica e imagens padrões do atlas do desenvolvimento ósseo.
O método Grave – Brown ganha destaque entre os métodos utilizados para determinar a maturação óssea, sendo tomado como padrão de ouro por alguns autores, este método analisa 14 centros de ossificações observando-os antes, durante e depois do pico de velocidade do crescimento puberal. Cada mudança corresponde a um determinado estágio que determina o grau de maturidade óssea.
Estágio 1(A) – falange proximal do 2° dedo – a epífise apresenta a mesma largura que a diáfise;
Estágio 2 (B) – falange média do 3° dedo – a epífise apresenta a mesma largura que a diáfise;
Estágio 3 (C) – gancho do hamato – estágio 1;
Estágio 4 (D) – surgimento do pisiforme;
Estágio 5 (E) – rádio – epífise apresenta a mesma largura que a diáfise.
Os estágios acima citados ocorrem antes do pico de velocidade de crescimento puberal.
Estágio 6 (A) – aparecimento do sesamóide ulnar na articulação metacarpofalangeana;
Estágio 7 (B) – gancho do hamato – estágio 2;
Estágio 8 (C) – falange média do 3° dedo – capeamento epifisário;
Estágio 9 (D) – falange proximal do 1° dedo – capeamento epifisário;
Estágio 10 (E) – rádio – capeamento epifisário.
Os estágios acima citados ocorrem durante o pico de velocidade de crescimento puberal.
Estágio 7 (B) – gancho do hamato – estágio 2;
Estágio 8 (C) – falange média do 3° dedo – capeamento epifisário;
Estágio 9 (D) – falange proximal do 1° dedo – capeamento epifisário;
Estágio 10 (E) – rádio – capeamento epifisário.
Os estágios acima citados ocorrem durante o pico de velocidade de crescimento puberal.
Estágio 11 (A) – falange distal do 3° dedo – completada a união epifisária;
Estágio 12 (B) – falange proximal do 3° dedo – completada a união epifisária;
Estágio 13 (C) – falange média do 3° dedo – completada a união epifisária;
Estágio 14 (D) – rádio – completada a união epifisária.
Os estágios acima citados ocorrem após o pico de velocidade de crescimento puberal.
Embora a radiografia de mão e punho tenha sido um padrão áureo na
análise do desenvolvimento ósseo, outros métodos vêm sendo explorados
com a mesma finalidade, uma das estruturas ósseas que antigamente era
ignorada e que vem sendo estudada no intuito de estimar a maturação
óssea, são as vértebras cervicais.Estágio 12 (B) – falange proximal do 3° dedo – completada a união epifisária;
Estágio 13 (C) – falange média do 3° dedo – completada a união epifisária;
Estágio 14 (D) – rádio – completada a união epifisária.
Os estágios acima citados ocorrem após o pico de velocidade de crescimento puberal.
Esse é um método alternativo, classificado como um método confiável e muito utilizado na ortodontia e ortopedia facial, pois, consequentemente reduz a dose de radiação no paciente, já que a radiografia cefalométrica lateral é rotina nesse ramo.
Segundo Lamparski a maturação óssea das vértebras cervicais é compatível com a idade óssea avaliada pela radiografia carpal. O autor desenvolveu seis estágios de maturação óssea para as vértebras cervicais, tendo como parâmetros as alterações estruturais das vértebras:
No 1° estágio, classificado como iniciação, é possível visualizar um afunilamento ântero-posterior das bordas superiores de C3 e C4; as bordas inferiores de C2, C3 e C4 estão planas; a expectativa de crescimento puberal é de 80 a 100%;
O 2°estágio é denominado de aceleração, onde se dá o início do desenvolvimento de concavidade nas bordas inferiores de C2 e C3; borda inferior de C4 plana; C3 e C4 com formatos tendendo a retangulares; a expectativa de crescimento puberal é de 65 a 85%;
O 3°estágio é o estágio de transição, onde se tornam presentes as concavidades distintas nas bordas inferiores de C2 e C3; início de desenvolvimento de concavidade na borda inferior de C4; C3 e C4 apresentam formatos retangulares; a expectativa de crescimento puberal é de 25 a 65%;
O 4°estágio corresponde à desaceleração, agora há presença de concavidades distintas nas bordas inferiores de C2, C3 e C4; formato de C3 e C4 aproxima-se de um quadrado; a expectativa de crescimento puberal é de 10 a 25%;
No 5° estágio ocorre o processo de maturação, onde as bordas inferiores de C2, C3 e C4 se apresentam com concavidades acentuadas; formato quadrado de C3 e C4; a expectativa de crescimento puberal é de 5 a 10%;
O 6° e último estágio é o estágio de finalização, nesta fase C2 e C4 possuem concavidades profundas na região inferior; altura de C3 e C4 ultrapassa sua largura, crescimento puberal completo.
Método de Seedat e Forsberg
Neste método a análise é realizada apenas na vértebra C3, devido à facilidade de visualização da mesma. O crescimento puberal ativo é indicado pelo formato de “S” no bordo superior da vértebra que se desenvolve nos estágios de iniciação e aceleração (fig. 5). O formato de lábio no bordo inferior se desenvolve no estágio de transição e aceleração (fig. 6), a forma de lábio é correlacionada com o aparecimento do osso sesamóide no adutor do polegar. O arredondamento dos cantos inferiores de C3 indica que o crescimento que está ocorrendo é pouco ou nenhum (fig. 7).
Referências Bibliográficas
EDUARDO MARCONDES, Idade óssea em Pediatria. http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/648.pdf
LUCI MARA FACHARDO JAQUEIRA, Estudo Radiográfico comparativo da maturidade óssea das vértebras cervicais utilizando ter métodos inspecionais, UNINCOR.
http://www.unincor.br/pos/Cursos/MestreOdonto/arquivos/dissertacoes/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Luci.pdfEDUARDO MARCONDES, Idade óssea em Pediatria. http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/648.pdf
LUCI MARA FACHARDO JAQUEIRA, Estudo Radiográfico comparativo da maturidade óssea das vértebras cervicais utilizando ter métodos inspecionais, UNINCOR.
MARCIA REGINA MARTINS FERREIRA MARQUES, Estudo comparativo da idade óssea em Radiografias carpais e maturação das vértebras cervicais em Telerradiografias em norma lateral.
http://www.unimar.br/pos/trabalhos/arquivos/1b165a3683b0cb80c3158da21a994cc8.pdf
Marcia Spinelli Casanova, Ana Isabel Ortega, Francisco Haiter-Neto, Solange Maria de Almeida, Analise comparativa da maturação óssea determinada pelo método de Grave-Brown entre imagens convencionais e digitalizadas; SCIELO.
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v11n5/a11v11n5.pdf
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