Equipe se mobiliza para descobrir uma maneira de curar criança contaminada por radiação durante tratamento contra o câncer
POR Clarissa Mello
Rio -
Médicos estão mobilizados para descobrir como tratar o caso de Maria
Eduarda, 7 anos. A menina teve lesões gravíssimas após ser submetida a
sessões de radioterapia para se curar de um tipo raro de leucemia no
Centro Radioterápico San Peregrino, na Tijuca. Como não se sabe as doses
de radiação utilizadas no procedimento — na clínica não há registro em
documentos, nem no aparelho de radiologia — não é possível prever que
riscos a menina ainda corre.
Como O DIA publicou ontem, desde 23 de setembro, quando foi submetida à última sessão de radioterapia, Maria Eduarda vem desenvolvendo lesões relacionadas à exposição à alta radiação. Hoje ela vive praticamente em estado vegetativo: teve queimaduras de 3º grau na cabeça e no pescoço, está com parte do crânio exposto, perdeu as orelhas e tem lesões neurológicas que comprometem fala e movimento.
Como O DIA publicou ontem, desde 23 de setembro, quando foi submetida à última sessão de radioterapia, Maria Eduarda vem desenvolvendo lesões relacionadas à exposição à alta radiação. Hoje ela vive praticamente em estado vegetativo: teve queimaduras de 3º grau na cabeça e no pescoço, está com parte do crânio exposto, perdeu as orelhas e tem lesões neurológicas que comprometem fala e movimento.
Flávia e Ronaldo com a filha, quando ela ainda não estava ferida | Foto: Álbum de família
Atualmente, a menina é tratada no Hospital Prontobaby, na Tijuca.
Segundo a equipe, este é o único caso do tipo no Brasil. Até ontem à
noite, os especialistas também não haviam encontrado na literatura
médica mundial nenhum relato semelhante. Eles também estão entrando em
contato com médicos que atuaram no caso de contaminação por césio em
Goiânia, em 1987, quando quatro pessoas morreram, 129 desenvolveram
sintomas relacionados à radiação e 113 mil foram contaminadas.
“Minha filha era esperta, inteligente. Aprendeu a ler e escrever quando fazia quimioterapia, tinha aulas em casa. Agora não consegue segurar um lápis”, contou o pai da menina, Ronaldo Rosa, 31. Maria Eduarda trocou os estudos pelo hospital. Dia sim, dia não, ela precisa ir ao Prontobaby trocar os curativos cirúrgicos, o que só pode ser feito com anestesia geral. Além de entrar com ação na Justiça, a família registrou o caso na Polícia Civil.
Em nota, o Centro Radioterápico disse que não foram identificadas irregularidades no equipamento usado e que aguarda a solicitação de documentação pela Justiça para apresentá-la.
“Minha filha era esperta, inteligente. Aprendeu a ler e escrever quando fazia quimioterapia, tinha aulas em casa. Agora não consegue segurar um lápis”, contou o pai da menina, Ronaldo Rosa, 31. Maria Eduarda trocou os estudos pelo hospital. Dia sim, dia não, ela precisa ir ao Prontobaby trocar os curativos cirúrgicos, o que só pode ser feito com anestesia geral. Além de entrar com ação na Justiça, a família registrou o caso na Polícia Civil.
Em nota, o Centro Radioterápico disse que não foram identificadas irregularidades no equipamento usado e que aguarda a solicitação de documentação pela Justiça para apresentá-la.
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