A radiografia é um método usado para inspeção
não destrutiva que baseia-se na absorção diferenciada da radiação penetrante
pela peça que está sendo inspecionada. Devido às diferenças na densidade e
variações na espessura do material, ou mesmo diferenças nas características de
absorção causadas por variações na composição do material, diferentes regiões de
uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante. Essa absorção
diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de
um tubo de imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de radiação. Essa
variação na quantidade de radiação absorvida, detectada através de um meio, irá
nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito
no material.
A radiografia industrial é então usada para
detectar variação de uma região de um determinado material que apresenta uma
diferença em espessura ou densidade comparada com uma região vizinha, em outras
palavras, a radiografia é um método capaz de detectar com boas sensibilidade
defeitos volumétricos. Isto quer dizer que a capacidade do processo de detectar
defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como trinca
dependerá da técnica de ensaio realizado. Defeitos volumétricos como vazios e
inclusões que apresentam uma espessura variável em todas direções, serão
facilmente detectadas desde que não sejam muito pequenos em relação à espessura
da peça.
Equipamentos de raios X
Os Raios X são produzidos em ampolas
especiais. Os tamanhos das ampolas ou tubos são em função da tensão máxima de
operação do aparelho.
Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora.
Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora.
O painel de controle consiste em uma caixa
onde estão alojados todos os controles, indicadores, chaves e medidores, além de
conter todo o equipamento do circuito gerador de alta voltagem. E através do
painel de controle que se fazem os ajustes de voltagem e amperagem, além de
comando de acionamento do aparelho.
No cabeçote está alojada a ampola e os
dispositivos de refrigeração. A conexão entre o painel de controle e o cabeçote
se faz através de cabos especiais de alta tensão.
Os equipamentos considerados portáteis, com
voltagens até 400 kV, possuem peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo.
Os modelos de tubos refrigerados a gás são mais leves ao contrário dos
refrigerados a óleo.
Equipamentos de raios gama
A As fontes usadas em gamagrafia (radiografia
com raios gama), requerem cuidados especiais de segurança pois, uma vez
ativadas, emitem radiação, constantemente.
Deste modo, é necessário um equipamento que
forneça uma blindagem, contra as radiações emitidas da fonte quando a mesma não
está sendo usada. De mesma forma é necessário dotar essa blindagem de um sistema
que permita retirar a fonte de seu interior, para que a radiografia seja feita.
Esse equipamento denomina-se Irradiador.
Os irradiadores compõe-se, basicamente, de
três componentes fundamentais: Uma blindagem, uma fonte radioativa e um
dispositivo para expor a fonte.
As blindagens podem ser construídas com
diversos tipos de materiais. Geralmente são construídos com a blindagem, feita
com um elemento (chumbo ou urânio exaurido), sendo contida dentro de um
recipiente externo de aço, que tem a finalidade de proteger a blindagem contra
choques mecânicos.
Uma característica importante dos
irradiadores, que diz respeito à blindagem, é a sua capacidade. Como sabemos, as
fontes de radiação podem ser fornecidas com diversas atividades e cada elemento
radioativo possui uma energia de radiação própria. Assim cada blindagem é
dimensionada para conter um elemento radioativo específico, com uma certa
atividade máxima determinada.
Portanto, é sempre desaconselhável usar um
irradiador projetado para determinado radioisótopo, com fontes radioativas de
elementos diferentes e com outras atividades.
Esse tipo de operação só pode ser feita por
profissionais especializados e nunca pelo pessoal que opera o equipamento.
Características físicas e
tipos de fontes gama
As fontes radioativas para uso industrial, são
encapsuladas em material austenítico, de maneira tal que não há dispersão ou
fuga do material radioativo para o exterior.
Um dispositivo de contenção, transporte e
fixação por meio do qual a cápsula que contém a fonte selada, está solidamente
fixada em uma ponta de uma cabo de aço flexível, e na outra ponta um engate, que
permite o uso e manipulação da fonte, é denominado de “porta fonte”. Devido a
uma grande variedade de fabricantes e fornecedores existem diversos tipos de
engates de porta-fontes.
Embora apenas poucas fontes radiativas seladas
sejam atualmente utilizadas pela indústria moderna, daremos a seguir as
principais que podem ser utilizadas assim como as suas características
físico-químicas.
(a) Cobalto - 60 (Co-60, Z=27)
(b) Irídio - 192 (Ir-192, Z=77)
(c) Túlio - 170 (Tu-170, Z=69)
(d) Césio - 137 (Cs-137, Z=55)*
(e) Selênio - 75 (Se-75)**
*É uma fonte de radiação quase sem utilidade
no momento, em razão das dificuldades de obtenção e da má qualidade do filme
radiográfico.
**É um radioisótopo de uso recente na
indústria, proporcionando uma qualidade muito boa de imagem, assemelhando-se à
qualidade dos Raios-X.
Características físicas dos
irradiadores gama
Os irradiadores gama são equipamentos dotados
de partes mecânicas que permitem expor com segurança a fonte radioativa. A
principal parte do irradiador é a blindagem interna , que permite proteção ao
operador a níveis aceitáveis para o trabalho, porém com risco de exposição
radiológica se armazenado em locais não adequados ou protegidos.
O que mais diferencia um tipo de irradiador
de outro são os dispositivos usados para se expor a fonte. Esses dispositivos
podem ser mecânicos, com acionamento manual ou elétrico, ou pneumático. A única
característica que apresentam em comum é o fato de permitirem ao operador
trabalhar sempre a uma distância segura da fonte, sem se expor ao feixe direto
de radiação.
Os irradiadores gama são construídos através
de rígidos controles e testes estabelecidos por normas internacionais, pois o
mesmo deve suportar choques mecânicos, incêndio e inundação sem que a sua
estrutura e blindagem sofram rupturas capazes de deixar vazar radiação em
qualquer ponto mais do que os máximos exigidos.
Fonte: Radiologia
Industrial - Ricardo Andreucci
Edição:Julho/2003
Nenhum comentário:
Postar um comentário