Raios X podem ser produzidos quando elétrons são acelerados em
direção a um alvo metálico. O choque do feixe elétrons com o
anodo (alvo) produz dois tipos de raios X. Um deles constitui o
espectro contínuo, ou bremsstrahlung em alemão, e
resulta da desaceleração do elétron durante a penetração no
anodo. O outro tipo é o raio X característico do material
do anodo. Assim, cada espectro de raios X é a superposição de um
espectro contínuo e de uma série de linhas espectrais
características do anodo.
O espectro contínuo é uma curva de contagens por segundo,
versus comprimento de onda do raio X. Um fóton de radiação,
com freqüência f, transporta uma energia hf=hc/l,
onde l é o comprimento de onda da
radiação. Portanto, o raio X emitido deverá ter energia máxima
igual à energia do elétron incidente. Assim, o espectro contínuo
é limitado por este valor. Na Fig. RX1 (extraída de
http://www.tulane.edu/~sanelson/geol211/x-ray.htm),
tem-se vários espectros contínuos em função do potencial
acelerador. Essas curvas foram obtidas com um alvo de
tungstênio. É fácil compreender, a partir das relações
E=hf=hc/l,
que o comprimento de onda (ou a freqüência) inferior (ou
superior) deve diminuir (ou aumentar) com o potencial
acelerador. Mostre que o comprimento de onda mínimo é dado por
lmin=1.24 x 104/V
Å,
onde V é o potencial acelerador.
Substituindo-se o alvo de tungstênio (Z=74) por um de molibdênio
(Z=42), e mantendo-se as outras condições experimentais
constantes, obtém-se o resultado ilustrado na Fig. RX2 (extraída
de Tipler, Cap. 3).
Observe que as principais diferenças entre as figuras RX1 e RX2
são os picos existentes na Fig. RX2, em torno de 0.6 Å e 0.7 Å.
Tendo em conta que a única diferença entre uma medida e outra
foi a substituição do alvo, é razoável admitir que os picos são
devidos ao anodo de molibdênio. Estes picos constituem o
espectro de raios X característico do molibdênio.
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