“Antigamente os médicos diagnosticavam doenças
interrogando os pacientes sobre os sintomas que estavam sentindo, as
doenças que sofreram no passado e como funcionavam todos os seus órgãos.
O exame físico era feito cuidadosamente com inspeção, palpação,
percussão e ausculta e davam uma idéia do estado físico do paciente,
apenas com o uso dos sentidos. Somente a partir de 1816, com a invenção
do estetoscópio pelo clínico francês René Theophile Hyacinthe Laènnec,
os médicos passaram a usar aparelhos destinados a perceber melhor os
sinais clínicos de doença.
Sem os métodos auxiliares de diagnóstico atualmente à
disposição de qualquer médico, os conhecimentos daquela época eram
limitados. As dúvidas eram freqüentes, e os esculápios sonhavam enxergar
diretamente o interior do corpo humano para conhecer o estado dos
órgãos, escondidos sob a pele.
Ao descobrir os raios X em 1895, o cientista alemão
Wilhem Conrad Rõentgen, professor de física da Universidade de Würzburg,
previu que esses raios poderiam ser usados a fim de tornar
"transparente" o corpo humano para que suas partes internas fossem
reveladas. A previsão do professor Röentgen se cumpriu e revolucionou a
ciência médica. O uso dos raios Röentgen se difundiu rapidamente pelo
mundo todo e ampliou consideravelmente a possibilidade de diagnosticar
doenças. Foi criada uma nova especialidade dedicada ao diagnóstico - a
Radiologia - que rapidamente se aperfeiçoou durante as décadas que se
seguiram. Denominada atualmente radiologia •convenciona”, ela permanece
ao lado de outros métodos de imagem surgidos a partir de 1970, que
formam um conjunto denominado imagenologia.
Depois de tantos decênios, em que foi o único método
de imagem, a radiologia convencional passou a constituir uma das
especialidades dentro da imaginologia, pois restaram muitos exames ainda
não superados pelas inovações que surgiram. Alguns deles, por serem mais
práticos e de menor custo, e outros por ainda não poderem ser
substituídos. A radiologia convencional atravessa uma fase de transição
entre as antigas e as modernas técnicas de engenharia mecânica e
eletrônica; Programas de informática e o aperfeiçoamento dos receptores
de imagem deram origem à radiologia digital, que simplifica e aperfeiçoa
a recepção das imagens sem, entretanto, reduzir as responsabilidades dos
técnicos de seguir corretamente os princípios de técnica radiográfica,
dedicar esmero a seu trabalho e a boa atenção para com os pacientes.”1
“A Medicina do final do século passado passou por
importantes mudanças. A partir da década de 1970, na área do diagnóstico
por imagem, surgiram a ultra-sonografia, a tomografia computadorizada e
a ressonância magnética, uma verdadeira e indiscutível revolução no
diagnóstico médico.
A contribuição dos novos métodos propiciou um índice de acerto diagnóstico e uma nova abordagem das patologias nunca dantes imaginada. Nem Röentgen, o descobridor dos raios-X, poderia imaginar.
A contribuição dos novos métodos propiciou um índice de acerto diagnóstico e uma nova abordagem das patologias nunca dantes imaginada. Nem Röentgen, o descobridor dos raios-X, poderia imaginar.
Mas, não se pode negar que a radiologia tradicional
foi precursora de tudo isso, tendo ainda hoje, em pleno século XXI,
importância capital no raciocínio diagnóstico e nas técnicas
desenvolvidas. Temos a certeza de que, nos próximos anos, a radiologia
convencional agregar-se-á a tecnologia digital, porém todos os conceitos
de física da radiação, posicionamento, técnicas e abordagens serão, nada
mais, nada menos, que o aprimoramento das técnicas desenvolvidas na
época da radiologia convencional analógica.”
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