sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Radiologia Convencional - Introdução

“Antigamente os médicos diagnosticavam doenças interrogando os pacientes sobre os sintomas que estavam sentindo, as doenças que sofreram no passado e como funcionavam todos os seus órgãos. O exame físico era feito cuidadosamente com inspeção, palpação, percussão e ausculta e davam uma idéia do estado físico do paciente, apenas com o uso dos sentidos. Somente a partir de 1816, com a invenção do estetoscópio pelo clínico francês René Theophile Hyacinthe Laènnec, os médicos passaram a usar aparelhos destinados a perceber melhor os sinais clínicos de doença.
Sem os métodos auxiliares de diagnóstico atualmente à disposição de qualquer médico, os conhecimentos daquela época eram limitados. As dúvidas eram freqüentes, e os esculápios sonhavam enxergar diretamente o interior do corpo humano para conhecer o estado dos órgãos, escondidos sob a pele.
Ao descobrir os raios X em 1895, o cientista alemão Wilhem Conrad Rõentgen, professor de física da Universidade de Würzburg, previu que esses raios poderiam ser usados a fim de tornar "transparente" o corpo humano para que suas partes internas fossem reveladas. A previsão do professor Röentgen se cumpriu e revolucionou a ciência médica. O uso dos raios Röentgen se difundiu rapidamente pelo mundo todo e ampliou consideravelmente a possibilidade de diagnosticar doenças. Foi criada uma nova especialidade dedicada ao diagnóstico - a Radiologia - que rapidamente se aperfeiçoou durante as décadas que se seguiram. Denominada atualmente radiologia •convenciona”, ela permanece ao lado de outros métodos de imagem surgidos a partir de 1970, que formam um conjunto denominado imagenologia.
Depois de tantos decênios, em que foi o único método de imagem, a radiologia convencional passou a constituir uma das especialidades dentro da imaginologia, pois restaram muitos exames ainda não superados pelas inovações que surgiram. Alguns deles, por serem mais práticos e de menor custo, e outros por ainda não poderem ser substituídos. A radiologia convencional atravessa uma fase de transição entre as antigas e as modernas técnicas de engenharia mecânica e eletrônica; Programas de informática e o aperfeiçoamento dos receptores de imagem deram origem à radiologia digital, que simplifica e aperfeiçoa a recepção das imagens sem, entretanto, reduzir as responsabilidades dos técnicos de seguir corretamente os princípios de técnica radiográfica, dedicar esmero a seu trabalho e a boa atenção para com os pacientes.”1
“A Medicina do final do século passado passou por importantes mudanças. A partir da década de 1970, na área do diagnóstico por imagem, surgiram a ultra-sonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, uma verdadeira e indiscutível revolução no diagnóstico médico.
A contribuição dos novos métodos propiciou um índice de acerto diagnóstico e uma nova abordagem das patologias nunca dantes imaginada. Nem Röentgen, o descobridor dos raios-X, poderia imaginar.
Mas, não se pode negar que a radiologia tradicional foi precursora de tudo isso, tendo ainda hoje, em pleno século XXI, importância capital no raciocínio diagnóstico e nas técnicas desenvolvidas. Temos a certeza de que, nos próximos anos, a radiologia convencional agregar-se-á a tecnologia digital, porém todos os conceitos de física da radiação, posicionamento, técnicas e abordagens serão, nada mais, nada menos, que o aprimoramento das técnicas desenvolvidas na época da radiologia convencional analógica.”

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