Mamografia tridimensional no IPO

 O serviço de radiologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, Francisco Gentil inaugurou recentemente uma unidade de radiologia mamária, totalmente renovada e reequipada com os aparelhos e tecnologias mais modernas, sendo o primeiro organismo público a nível nacional a disponibilizar a tecnologia tomossíntese. O sistema em causa foi desenvolvido e instalado pela Siemens Healthcare, que garante que a sua solução reduzirá para metade a exposição a raios X.

A tomossíntese permite realizar o diagnóstico através de uma imagem tridimensional da mama. Ao contrário da tradicional mamografia, esta tecnologia possibilita a navegação e a análise de cortes de um milímetro de espessura, eliminando o maior problema do diagnóstico mamográfico, que é a sobreposição das diferentes estruturas. Esta técnica inovadora permite adquirir uma mamografia em planos (25 projecções), que se reconstroem ao milímetro. As imagens de alta resolução obtidas podem ser visualizadas individualmente ou em forma de filme.

Enquanto inovação na área do diagnóstico, a tomossíntese é considerada o maior marco tecnológico na área do diagnóstico mamário por mamografia desde a invenção da mamografia, havendo estudos que a apontam como uma técnica com mais-valias, principalmente para as mamas mais densas, nas quais poderá existir uma maior dificuldade na detecção das lesões.